167 - BERNI

Foi com frases como, “Tenho uma fome de jogar e provar o meu valor”* ou “Quero é ir para o relvado e provar a toda a gente que venho para aqui para jogar”*, que o novo guarda-redes bracarense revelou a sua vontade aos associados. É bem fácil compreender essa ansiedade, pois qualquer elemento gosta de poder dar o seu contributo em campo. Até aqui tudo bem. Ainda assim, se analisarmos o que tem sido a carreira de Tommaso Berni, então, o seu estado de espírito torna-se ainda mais compreensível.
Vejamos. Depois de terminar a formação no Inter de Milão, onde nunca chegou a "calçar as luvas", passou a representar o moribundo Wimbledon. Nem o estado deplorável em que encontrou o emblema britânico, fez com que conseguisse uma única chamada ao “onze” e, ao fim de dois anos, acabou por regressar a Itália. De volta ao país natal decidiu apostar no Ternana, clube da "Serie B" do "Calcio". Aí, finda a primeira época, quando já estava certo da sua sorte de suplente, finalmente conseguiu conquistar a titularidade. Com tal brilharete, pouco mais de 80 jogos no campeonato, a Lazio contratou-o. Para sua infelicidade, esse resgate do emblema primodivisionário tornou-se numa ambição desmedida e, nas 5 épocas em Roma, poucas foram as oportunidades que agarrou.
Agora em Braga, a fazer fé nas suas declarações, o intuito é o de recuperar a alegria de jogar. A verdade é que um regressado Quim não tem dado ao italiano muitas chances para sorrir e o guardião, que até foi várias vezes internacional pelas camadas jovens da "Squadra Azzurra", continua a "aquecer o banco"!

*retirado do artigo de Bruno Filipe Monteiro, publicado a 30/06/2011, em www.ojogo.pt

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