361 - BRYAN ROBSON

Ao cotar-se, ao longo da carreira, como um médio muito completo, é admirável como o West Bromwich Albion, emblema onde terminou a formação e fez a estreia como sénior, conseguiu mantê-lo durante um pouco mais de 7 anos no plantel principal…
A pôr cobro à longa ligação referida no parágrafo anterior e, acima de tudo, a dar valor ao seu passe certeiro, à extraordinária colocação em campo, a um singular espírito batalhador e à boa apetência para marcar golos, acabou por surgir o Manchester United. Ao aceitar o convite dos “Red Devils”, que, ao pagarem 1,5 milhões de libras pela aquisição do seu passe, estabeleceram um novo recorde para uma transferência em Inglaterra, Bryan Robson, confesso fã do Newcastle, veio a mudar-se para Old Trafford, já com a época de 1981/82 em andamento. No emblema do condado de Lancashire, o centrocampista tornou-se numa das grandes lendas do clube. Para tal, muito para além das 13 temporadas a vestir a camisola vermelha, ficaram na memória dos adeptos a braçadeira de capitão por si envergada (recorde da colectividade nessas funções) e a habilidade para, dentro de campo, conduzir os companheiros de equipa na busca do sucesso colectivo. Ora, no que respeita a troféus, o jogador, para além de ter ajudado à conquista de 2 Campeonatos, 4 Taças de Inglaterra e 1 Taça da Liga, pôde orgulhar-se de ter sido ele a erguer a Taça dos Vencedores das Taças de 1990/91, numa final onde a equipa britânica derrotou o FC Barcelona
Outra das camisolas que, como ninguém, soube honrar, foi a da selecção inglesa. Com os “3 Lions” ao peito participou no Euro 88 e ainda nos Mundiais de 1982, 1986 e 1990. Aliás, foi nesse último certame, disputado em Itália, que viveu um dos momentos mais inusitados da carreira. Diz-se que, numa brincadeira com Paul Gascoine, o "Captain Marvel", alcunha pela qual ficou conhecido, decidiu levantar a cama onde o mencionado colega de equipa estava deitado. O pior é que Bryan Robson não contou que os seus braços falhassem, e que, para piorar a situação, a cama caísse em cima do seu pé. O desfecho foi bem pior do que planeada tropelia e a lesão daí resultante veio a impedir o médio de disputar as restantes partidas do torneio.
Já numa fase descendente da carreira, a sua última etapa como futebolista profissional viveu-a, a partir da temporada de 1994/95, ao serviço do Middlesbrough, mas com uma função um pouco diferente da habitual, ou seja, como treinador-jogador. Mesmo como alguém novo na tarefa, Bryan Robson conseguiu resultados bem surpreendentes, como o apuramento para as competições sob a intendência da UEFA ou as presenças na final, as primeiras na história do clube, da Taça de Inglaterra e da Taça da Liga. Como técnico, carreira da qual, ultimamente, tem estado um pouco distante, o antigo médio passou ainda pelo Bradford, West Bromwich Albion, Sheffield United ou, naquela que deve ter sido sua aventura mais exótica, pelo comando da equipa nacional da Tailândia.

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