Natural de Chaves, com apenas 2 anos de idade, emigraria para o Canadá, juntamente com a família. No país de acolhimento, por certo influenciado pela cultura desportiva local, começaria por praticar hóquei no gelo. No entanto, apesar de revelar boas qualidades para a modalidade, um curioso convite levá-lo-ia a mudar de rumo – “Com nove anos, o meu primo Mitchell apareceu em minha casa e perguntou-me se o queria substituir numa equipa de futebol, já que ele vinha de férias para Portugal. Respondi-lhe que sim. Treinei-me, o treinador elogiou-me e passei a ser o ponta-de-lança do Scarborough Blizzard. Fiquei seis anos, até aos 15. Depois transferi-me para o Wexford e para o Oshawa, onde fui campeão canadiano já como trinco. Finalmente, passei para o Toronto Blizzard”*.
Já com a carreira bem lançada no Canadá, Fernando Aguiar teria a oportunidade de prestar provas no Marítimo. Mais uma vez conseguiria convencer os responsáveis técnicos da sua utilidade para o plantel e, desse modo, mesmo sem ser muitas vezes chamado ao "onze" “verde-rubro”, o médio encontraria na temporada de 1994/95 a campanha de estreia nas provas portuguesas.
Já a meio da época de chegada à Madeira, surgiria a convocatória para a equipa nacional canadiana. Fernando Aguiar, que já tinha representado, noutras categorias, o país de acolhimento, faria a estreia pela selecção principal. A partida, agendada a 26 de Janeiro de 1995, curiosamente seria disputada frente a Portugal. Na SkyDome Cup, o “trinco” alinharia ao lado de outro colega nos “Leões do Almirante Reis” e seria do ponta-de-lança Alex Bunbury o golo que viria a selar o resultado final em 1-1.
Depois da falta de sucesso com a camisola maritimista, os anos seguintes passá-los-ia a militar nas divisões secundárias portuguesas, mormente ao serviço do Nacional da Madeira e do Maia. Contudo, a sua atitude lutadora mantê-lo-ia sempre em destaque nos planteis por onde passaria e o médio-defensivo, com a entrada no Beira-Mar de 1999/00 veria recompensada a sua perseverança. Logo para começar a referida campanha, o jogador disputaria dois momentos de enorme importância para a colectividade aveirense. Nesse contexto histórico, Fernando Aguiar, orientado por António Sousa, jogaria a Supertaça e, principalmente, faria parte do lote de atletas que, ao entrarem em campo frente ao Vitesse, participariam na estreia do emblema luso nas competições de índole continental.
No final dessa temporada de 1999/00, o Beira-Mar conseguiria a promoção ao escalão máximo do futebol luso. Fernando Aguiar, de regresso aos principais palcos, sublinhar-se-ia como um praticante, apesar de pouco elegante a tratar a bola, essencial nas recuperações defensivas. As suas características, agressividade, abnegação, poderio físico e capacidade de desarme, fariam com que o Benfica começasse a interessar-se na sua contratação. Adepto dos “Encarnados” desde pequeno, o “trinco”, cuja mãe chegaria a ser Presidente da Casa do Benfica de Toronto, entraria na “Luz” a meio da campanha de 2001/02 e numa fase de transição na história do clube. Porém, apesar de jogar com uma boa frequência, o atleta não convenceria categoricamente Jesualdo Ferreira e na época seguinte viria a ser emprestado à União de Leiria.
De volta à Luz na temporada de 2003/04, Fernando Aguiar encontraria José António Camacho no comando técnico da agremiação lisboeta. Sob a batuta do treinador espanhol, o médio-defensivo tornar-se-ia numa das principais figuras da temporada “encarnada” e contribuiria para a conquista de mais um título. Como um dos nomes habituais na ficha de jogo, o jogador também seria chamado a disputar a final da Taça de Portugal. No Estádio Nacional, frente ao FC Porto campeão europeu, o “trinco” começaria no banco de suplentes. Entraria em campo aos 55 minutos e, ao dar um novo “pulmão” ao sector intermediário das “Águias”, transformar-se-ia numa das peças fundamentais da reviravolta e da consequente vitória do Benfica na “Prova Rainha”.
Essa partida disputada no Jamor marcaria o fim da ligação de Fernando Aguiar com o Benfica. Seguir-se-ia a Suécia, mas uma grave lesão no menisco, faria com a sua passagem pelo Landskrona fosse pouco mais do que um episódio insignificante. Com o retorno a Portugal a acontecer na campanha de 2004/05, o médio ainda representaria o primodivisionário Penafiel, para na temporada de 2005/06 passar a envergar a camisola do Gondomar.
Afastado do futebol, abraçaria uma actividade completamente diferente e, juntamente com a esposa, é proprietário de um salão de cabeleireiro.
*retirado da entrevista publicada a 10/12/2001, em www.record.pt
Já com a carreira bem lançada no Canadá, Fernando Aguiar teria a oportunidade de prestar provas no Marítimo. Mais uma vez conseguiria convencer os responsáveis técnicos da sua utilidade para o plantel e, desse modo, mesmo sem ser muitas vezes chamado ao "onze" “verde-rubro”, o médio encontraria na temporada de 1994/95 a campanha de estreia nas provas portuguesas.
Já a meio da época de chegada à Madeira, surgiria a convocatória para a equipa nacional canadiana. Fernando Aguiar, que já tinha representado, noutras categorias, o país de acolhimento, faria a estreia pela selecção principal. A partida, agendada a 26 de Janeiro de 1995, curiosamente seria disputada frente a Portugal. Na SkyDome Cup, o “trinco” alinharia ao lado de outro colega nos “Leões do Almirante Reis” e seria do ponta-de-lança Alex Bunbury o golo que viria a selar o resultado final em 1-1.
Depois da falta de sucesso com a camisola maritimista, os anos seguintes passá-los-ia a militar nas divisões secundárias portuguesas, mormente ao serviço do Nacional da Madeira e do Maia. Contudo, a sua atitude lutadora mantê-lo-ia sempre em destaque nos planteis por onde passaria e o médio-defensivo, com a entrada no Beira-Mar de 1999/00 veria recompensada a sua perseverança. Logo para começar a referida campanha, o jogador disputaria dois momentos de enorme importância para a colectividade aveirense. Nesse contexto histórico, Fernando Aguiar, orientado por António Sousa, jogaria a Supertaça e, principalmente, faria parte do lote de atletas que, ao entrarem em campo frente ao Vitesse, participariam na estreia do emblema luso nas competições de índole continental.
No final dessa temporada de 1999/00, o Beira-Mar conseguiria a promoção ao escalão máximo do futebol luso. Fernando Aguiar, de regresso aos principais palcos, sublinhar-se-ia como um praticante, apesar de pouco elegante a tratar a bola, essencial nas recuperações defensivas. As suas características, agressividade, abnegação, poderio físico e capacidade de desarme, fariam com que o Benfica começasse a interessar-se na sua contratação. Adepto dos “Encarnados” desde pequeno, o “trinco”, cuja mãe chegaria a ser Presidente da Casa do Benfica de Toronto, entraria na “Luz” a meio da campanha de 2001/02 e numa fase de transição na história do clube. Porém, apesar de jogar com uma boa frequência, o atleta não convenceria categoricamente Jesualdo Ferreira e na época seguinte viria a ser emprestado à União de Leiria.
De volta à Luz na temporada de 2003/04, Fernando Aguiar encontraria José António Camacho no comando técnico da agremiação lisboeta. Sob a batuta do treinador espanhol, o médio-defensivo tornar-se-ia numa das principais figuras da temporada “encarnada” e contribuiria para a conquista de mais um título. Como um dos nomes habituais na ficha de jogo, o jogador também seria chamado a disputar a final da Taça de Portugal. No Estádio Nacional, frente ao FC Porto campeão europeu, o “trinco” começaria no banco de suplentes. Entraria em campo aos 55 minutos e, ao dar um novo “pulmão” ao sector intermediário das “Águias”, transformar-se-ia numa das peças fundamentais da reviravolta e da consequente vitória do Benfica na “Prova Rainha”.
Essa partida disputada no Jamor marcaria o fim da ligação de Fernando Aguiar com o Benfica. Seguir-se-ia a Suécia, mas uma grave lesão no menisco, faria com a sua passagem pelo Landskrona fosse pouco mais do que um episódio insignificante. Com o retorno a Portugal a acontecer na campanha de 2004/05, o médio ainda representaria o primodivisionário Penafiel, para na temporada de 2005/06 passar a envergar a camisola do Gondomar.
Afastado do futebol, abraçaria uma actividade completamente diferente e, juntamente com a esposa, é proprietário de um salão de cabeleireiro.
*retirado da entrevista publicada a 10/12/2001, em www.record.pt
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