Ainda em tenra idade, Zagorakis consegue ser chamado à equipa principal do Kavala. A jogar pelo emblema da sua terra natal, o médio, durante aqueles que seriam os primeiros anos da sua carreira, acabaria por disputar os escalões secundários do campeonato grego. Mesmo assim, e afastado da ribalta, o jovem atleta conseguiria despertar a curiosidade de um dos clubes com maior tradição na Grécia. O PAOK acabaria por não resistir às suas qualidades e a transferência consumar-se-ia a meio da temporada de 1992/93.
Apesar de estreante na alta-roda do futebol, a sua adaptação ao escalão máximo acabaria por ser célere. Incapaz de virar as costas a uma disputa, o trinco, com o seu estilo guerreiro, rapidamente conquistaria um lugar no seio do plantel. Titular no sector intermediário do PAOK, rapidamente se percebeu que o seu horizonte estava muito para além do clube sediado em Salónica. A prova dessa evolução, ficaria registada com a sua primeira chamada à selecção principal. Depois, já como capitão de equipa e um dos grandes ídolos da massa adepta, veio o interesse de outros campeonatos.
A mudança para Inglaterra aconteceria pela mão do “manager” Martin O’Neill. No Leicester desde a segunda metade de 1997/98, Zagorakis acabaria por não ser tão influente quanto o esperado. Mesmo sem conseguir impor o seu futebol, o internacional grego haveria de dar contributo para algumas das metas alcançadas pelo emblema. As finais granjeadas, em duas edições consecutivas da Taça da Liga, seriam exemplo disso mesmo. Na primeira, em 1998/99, o Leicester, ao defrontar o Tottenham, acabaria por perder o derradeiro desafio. Já no ano seguinte, numa vitória frente ao Tranmere Rovers, Zagorakis conseguiria o primeiro grande título da sua vida.
Por falar em troféus, a maior distinção que o atleta alcançaria, haveria de ser obtida com a camisola do seu país. Muito para além das 120 internacionalizações, recorde entretanto batido por Karagounis, Zagorakis ficará na história por ter participado num dos maiores feitos desportivos do seu povo. Ora, em 2004, haveria de ser ele que, no Europeu disputado em Portugal, capitanearia os seus companheiros. Reconhecido líder, o médio guiaria a Grécia num caminho que, de surpresa em surpresa, findaria com o troféu de campeão nas suas mãos – “Em vez de estarmos cansados, começámos a crescer no relvado e ficou claro que queríamos muito a vitória. Fomos pressionados, principalmente nos últimos minutos. Mas mantivemos a calma, nunca nos rendemos. E depois, quando o árbitro apitou para o final, foi como se a luz se apagasse... mais uma branca na minha memória... o sorriso tolo constantemente no meu rosto, nem sei por quanto tempo... momentos incríveis”*.
Após a final vencida frente a Portugal, a UEFA elegê-lo-ia como o “Melhor Jogador do Europeu”. Nessas conquistas, Zagorakis conseguiria um novo fôlego para o seu trajecto profissional. Com a barreira dos 30 anos já bem ultrapassada, o centrocampista transferir-se-ia para o “Calcio”. Saindo do AEK de Atenas, emblema pelo qual tinha vencido a Taça da Grécia, o jogador acabaria por assinar pelo Bologna.
A sua passagem por Itália apenas duraria um ano. Findo o mesmo, o médio, perante a aclamação de milhares de fãs, voltaria ao seu país. No entanto, nesse regresso ao PAOK, encontraria o emblema perante um contexto periclitante. Reconhecendo a seriedade da situação, Zagorakis, após completar uma derradeira época em 2006/07, decide pôr um ponto final na sua vida de desportista. Logo de seguida, abraça novo desígnio e candidata-se à liderança do clube.
Seria já como Presidente que, entre outras resoluções, contrataria Fernando Santos para treinador. As medidas que, entretanto, foi pondo em prática, começariam a encaminhar o PAOK para um cenário menos cinzento. Ainda assim, a venda de Vieirinha para o Wolfsburg a meio da temporada de 2011/12, seria vista pelos adeptos como algo de descabido. Após os mais variados protestos, Zagorakis, entendo ser essa a melhor decisão, acabaria por apresentar a demissão.
Nos últimos anos, o antigo capitão da equipa nacional grega tem-se mantido afastado do futebol. Contudo, ingressaria na política pela mão do Partido “Nea Dimokratia” (Nova Democracia). Em 2014, o seu nome faria parte das listas candidatas a um lugar no Parlamento Europeu. Eleito, o ex-futebolista é hoje um dos deputados com assento em Estrasburgo.
*retirado do artigo em www.uefa.com, a 15/05/2012
Apesar de estreante na alta-roda do futebol, a sua adaptação ao escalão máximo acabaria por ser célere. Incapaz de virar as costas a uma disputa, o trinco, com o seu estilo guerreiro, rapidamente conquistaria um lugar no seio do plantel. Titular no sector intermediário do PAOK, rapidamente se percebeu que o seu horizonte estava muito para além do clube sediado em Salónica. A prova dessa evolução, ficaria registada com a sua primeira chamada à selecção principal. Depois, já como capitão de equipa e um dos grandes ídolos da massa adepta, veio o interesse de outros campeonatos.
A mudança para Inglaterra aconteceria pela mão do “manager” Martin O’Neill. No Leicester desde a segunda metade de 1997/98, Zagorakis acabaria por não ser tão influente quanto o esperado. Mesmo sem conseguir impor o seu futebol, o internacional grego haveria de dar contributo para algumas das metas alcançadas pelo emblema. As finais granjeadas, em duas edições consecutivas da Taça da Liga, seriam exemplo disso mesmo. Na primeira, em 1998/99, o Leicester, ao defrontar o Tottenham, acabaria por perder o derradeiro desafio. Já no ano seguinte, numa vitória frente ao Tranmere Rovers, Zagorakis conseguiria o primeiro grande título da sua vida.
Por falar em troféus, a maior distinção que o atleta alcançaria, haveria de ser obtida com a camisola do seu país. Muito para além das 120 internacionalizações, recorde entretanto batido por Karagounis, Zagorakis ficará na história por ter participado num dos maiores feitos desportivos do seu povo. Ora, em 2004, haveria de ser ele que, no Europeu disputado em Portugal, capitanearia os seus companheiros. Reconhecido líder, o médio guiaria a Grécia num caminho que, de surpresa em surpresa, findaria com o troféu de campeão nas suas mãos – “Em vez de estarmos cansados, começámos a crescer no relvado e ficou claro que queríamos muito a vitória. Fomos pressionados, principalmente nos últimos minutos. Mas mantivemos a calma, nunca nos rendemos. E depois, quando o árbitro apitou para o final, foi como se a luz se apagasse... mais uma branca na minha memória... o sorriso tolo constantemente no meu rosto, nem sei por quanto tempo... momentos incríveis”*.
Após a final vencida frente a Portugal, a UEFA elegê-lo-ia como o “Melhor Jogador do Europeu”. Nessas conquistas, Zagorakis conseguiria um novo fôlego para o seu trajecto profissional. Com a barreira dos 30 anos já bem ultrapassada, o centrocampista transferir-se-ia para o “Calcio”. Saindo do AEK de Atenas, emblema pelo qual tinha vencido a Taça da Grécia, o jogador acabaria por assinar pelo Bologna.
A sua passagem por Itália apenas duraria um ano. Findo o mesmo, o médio, perante a aclamação de milhares de fãs, voltaria ao seu país. No entanto, nesse regresso ao PAOK, encontraria o emblema perante um contexto periclitante. Reconhecendo a seriedade da situação, Zagorakis, após completar uma derradeira época em 2006/07, decide pôr um ponto final na sua vida de desportista. Logo de seguida, abraça novo desígnio e candidata-se à liderança do clube.
Seria já como Presidente que, entre outras resoluções, contrataria Fernando Santos para treinador. As medidas que, entretanto, foi pondo em prática, começariam a encaminhar o PAOK para um cenário menos cinzento. Ainda assim, a venda de Vieirinha para o Wolfsburg a meio da temporada de 2011/12, seria vista pelos adeptos como algo de descabido. Após os mais variados protestos, Zagorakis, entendo ser essa a melhor decisão, acabaria por apresentar a demissão.
Nos últimos anos, o antigo capitão da equipa nacional grega tem-se mantido afastado do futebol. Contudo, ingressaria na política pela mão do Partido “Nea Dimokratia” (Nova Democracia). Em 2014, o seu nome faria parte das listas candidatas a um lugar no Parlamento Europeu. Eleito, o ex-futebolista é hoje um dos deputados com assento em Estrasburgo.
*retirado do artigo em www.uefa.com, a 15/05/2012
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