977 - PETER BARRY

Veiculam-nos alguns sítios na “internet”, sem que tenha conseguido corroborar tal informação, que Peter Stuart Barry terá chegado ao Marítimo vindo do Manchester City. Se assim foi, também é fácil atestar que o avançado só poderá ter vestido a camisola do clube inglês nas categorias inferiores e nunca no conjunto principal. Outra verdade que contam é que, quando aterrou na Madeira para integrar o plantel de 1977/78, já o atleta tinha 22 anos. O que terá acontecido antes dessa transferência, anos de formação incluídos, é, pelo menos para mim, outro mistério*.
Já no que à sua passagem por Portugal diz respeito, as passadas são fáceis de seguir. No Marítimo acabaria por viver uma das páginas históricas do conjunto insular. Nessa 1ª temporada na 1ª divisão, estreia para o clube e para o jogador, à adaptação a uma realidade competitiva diferente faria com que poucas vezes fosse escolhido para entrar em campo. Já no regresso aos “Verde-rubro”, depois de uma temporada no Nacional da Madeira, as coisas acabariam por melhorar um pouco. Mais de duas dezenas e meia de partidas disputadas e uma mão cheia de golos fariam com que Peter Barry conseguisse destacar-se dos seus colegas.
Esse protagonismo abrir-lhe-ia as portas para uma das equipas que, na passagem para os anos 80, começaria a crescer. O Portimonense seria o clube seguinte na carreira do ponta-de-lança. Orientado por Manuel de Oliveira, um dos seus treinadores na segunda passagem pelo Marítimo, a época de 1980/81 voltaria a correr positivamente. No que aos números diz respeito, e com a equipa a terminar ligeiramente abaixo do meio da tabela classificativa, Peter Barry cotar-se-ia como um dos atletas mais utilizados. No entanto, e quando a lógica parecia alimentar o prolongamento da ligação entre jogador e clube, a separação dá-se.
Curiosamente, na nova aventura, Peter Barry voltaria a cruzar-se com dois dos seus antigos treinadores. Na União de Leiria seria, mais uma vez, conduzido por Pedro Gomes (1º técnico no Marítimo) e, a partir da 10ª jornada desse Campeonato de 1981/82, por Manuel de Oliveira. Porém, e ao contrário do que começava a ser a norma da sua carreira, a temporada no conjunto da “Cidade do Lis” acabaria por não correr como esperado. Para além de pouco jogar, o inglês vê também o clube a terminar a referida campanha no último lugar da classificação.
No que restaria da sua passagem por Portugal, o avançado ainda teria tempo para escrever o seu nome na história de outro emblema nacional. No Desportivo de Chaves, após uma passagem de 2 anos pelo Leixões, Peter Barry faria parte dos grupos de trabalho que levariam o emblema transmontano à promoção e, já na temporada de 1985/86, à estreia na 1ª divisão.
Essa temporada de regresso ao escalão máximo do futebol português, coincidiria com os últimos registos da sua presença no nosso país. A idade que tinha à altura do “divórcio” com a colectividade flaviense, deixa adivinhar que o atacante até poderá ter dado seguimento à sua carreira desportiva. No entanto, o rumo que o jogador deu à sua vida depois dos 31 anos é, mais uma vez, uma incógnita. Resta-me apelar aos nossos leitores que, encarecidamente, preencham as lacunas nesta pequena biografia*.
 
*ver nos comentários as adendas enviadas pelo próprio atleta e que, de forma precisa, põem fim às dúvidas aqui lançadas.

2 comentários:

Peter Stuart Barry disse...

A minha estoria esta mal contada! a verdade e o seguinte. Eu comencei nos junior’s do Manchester City e a poucas semanas de assignar contract professional tive uma leasao grave no meu jouelho esquerdo .a equipa medica do clube nao me consigio curar a leasao e deixai de jogar a bola !! Depois de tir passado um ano tive a sorte de encontrar ins colegas com quem eu andava na escola! Eles preguntarem me se eu ainda jogava no City e quando eu espliqei o que acontecio eles convidaram- me para o clube local onde eles jogavem Rugby profisionalmente. Com a ajuda do clube e os meus amigos seis semanas depois voltei a jogar!! embora so como amador,e ai comencei a minha comencou a minha verdadeira estoria!! Dois anos depois em Marso 1977 eu e dois amigos decidemos embalar numa aventura que comencou na linda ilha de Jersey . Comencei a jogar na equipa Portuguesa da jersey. Depois de eu tir feito meia dozia de jogos fui convidado para ir treinar no Maritimo onde Eu assinei um contracto ate a final da epoca 77/78.A certas factos que foram escritos na minha estoria que sao incorrectos.Antes de chegar Madeira eu nunca tinha jogado a ponta de lanca , eu sempre jogei a medio centro e como eu jogava egual com os dois pes acabei de jogar em todas as posicoes .No Nacional marcai 14 golos!! Naquile que vem escrito nao menciona as graves lesoes que-me fizeram para meia epoca duias vezes, fua para essa rezao que desei de jogar a bola com 31 anos !! Brevemente estara tudo escrito sobre na minha bela aventura Portuguesa num livre que eu estou a pencar escrevir.

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Peter Stuart Barry:

Deixe-me agradecer-lhe a sua gentil participação e as necessárias adendas.
Em abono da verdade, tal como fiz referência em vários parágrafos, encontrei inúmeras dificuldades para desvendar informações sobre a sua carreira. Com a sua ajuda já conseguimos responder às várias questões que deixei aquando da publicação deste "post".
Vou deixar uma nota de rodapé, para que os nossos leitores possam vir ler o seu comentário.
Mais uma vez, um enorme bem-haja.

Grande abraço,

Bruno Vitória

PS: Quando lançar o seu livro, deixe-nos aqui a notícia para que possa divulgar a sua história.

Muito obrigado.