Produto das "escolas" do Vitória de Setúbal, Cabumba acabaria promovido à equipa principal em meados da década de 70. Com Fernando Vaz a lançá-lo no patamar sénior, a verdade é que o extremo nunca conseguiria impor-se como um dos indiscutíveis do conjunto sadino. Durante 4 temporadas, sempre a disputar o patamar máximo do futebol nacional, as campanhas do atacante, sem que conseguisse fixar-se na titularidade, iriam variar entre a utilização regular e anos de um penoso ocaso. Talvez por essa razão, o final da época de 1981/82 ditaria a separação entre o jogador e o emblema onde havia cumprido grande parte da sua formação desportiva. O Rio Ave tornar-se-ia na solução para intermitência vivida nessa fase inicial da sua carreira e a mudança para o Norte do país concretizar-se-ia no Verão de 1982.
Já com "morada" no Estádio da Avenida, a regularidade com que passaria a ser chamado a jogo levá-lo-ia a cimentar-se como um atleta de cariz primodivisionário. Mourinho Félix, figura histórica setubalense, seria de fulcral importância na sua evolução. A confiança depositada pelo treinador no esquerdino, seria correspondida pelas boas exibições do avançado. Cabumba, à custa do trabalho apresentado em campo, conseguiria sublinhar-se como um dos principais pilares na estratégia da equipa vilacondense. Porém, outros factores, um misto deles, também contribuiriam para esse sucesso – “Nessa equipa reinava a simpatia, a vontade e o querer (…), nós dávamos tudo o que tínhamos e ainda íamos buscar mais o bocadinho que não tínhamos(…). Cada viagem que fazíamos era uma festa. Tínhamos o massagista, que acho que era o senhor Manel, e o motorista, que também era outra figura. Cada vez que parava nas viagens, para beber café, nós púnhamos uma toalha no espelho e o gajo passava-se dos carretos. Era uma figura engraçada”*.
O seu sucesso, e o do colectivo, segundo as palavras do próprio assentariam nesse viver de família. A união que o grupo mostraria durante as 3 temporadas de Cabumba em Vila do Conde, culminaria com um dos episódios mais importantes da carreira do avançado. Com Mourinho Félix de volta ao banco do Rio Ave, o clube atingiria a final da Taça de Portugal de 1983/84. Curiosamente, naquela que seria a temporada mais modesta do extremo com o emblema da caravela, o seu nome apareceria na ficha de jogo como um dos titulares. No Jamor, o desenrolar da partida tornar-se-ia desfavorável para si e para o conjunto rioavista. Tendo sido substituído ainda no decorrer da 1ª metade, o extremo veria o “placard” a avolumar-se e a aferir o FC Porto como vencedor do troféu.
O resto do seu percurso profissional passá-lo-ia já longe dos holofotes primodivisionários. A União de Leiria, o Farense e, por fim, o Mirense seriam os emblemas que acabariam por colorir o resto do seu currículo. Na colectividade sediada em Mira de Aire, já em 1993, Cabumba decidir-se-ia pelo fim da caminhada competitiva. Antes, tempo ainda para experimentar, como treinador-jogador, as tarefas de técnico.
*adaptado do artigo publicado em https://bancada.pt, a 23/08/2017
Já com "morada" no Estádio da Avenida, a regularidade com que passaria a ser chamado a jogo levá-lo-ia a cimentar-se como um atleta de cariz primodivisionário. Mourinho Félix, figura histórica setubalense, seria de fulcral importância na sua evolução. A confiança depositada pelo treinador no esquerdino, seria correspondida pelas boas exibições do avançado. Cabumba, à custa do trabalho apresentado em campo, conseguiria sublinhar-se como um dos principais pilares na estratégia da equipa vilacondense. Porém, outros factores, um misto deles, também contribuiriam para esse sucesso – “Nessa equipa reinava a simpatia, a vontade e o querer (…), nós dávamos tudo o que tínhamos e ainda íamos buscar mais o bocadinho que não tínhamos(…). Cada viagem que fazíamos era uma festa. Tínhamos o massagista, que acho que era o senhor Manel, e o motorista, que também era outra figura. Cada vez que parava nas viagens, para beber café, nós púnhamos uma toalha no espelho e o gajo passava-se dos carretos. Era uma figura engraçada”*.
O seu sucesso, e o do colectivo, segundo as palavras do próprio assentariam nesse viver de família. A união que o grupo mostraria durante as 3 temporadas de Cabumba em Vila do Conde, culminaria com um dos episódios mais importantes da carreira do avançado. Com Mourinho Félix de volta ao banco do Rio Ave, o clube atingiria a final da Taça de Portugal de 1983/84. Curiosamente, naquela que seria a temporada mais modesta do extremo com o emblema da caravela, o seu nome apareceria na ficha de jogo como um dos titulares. No Jamor, o desenrolar da partida tornar-se-ia desfavorável para si e para o conjunto rioavista. Tendo sido substituído ainda no decorrer da 1ª metade, o extremo veria o “placard” a avolumar-se e a aferir o FC Porto como vencedor do troféu.
O resto do seu percurso profissional passá-lo-ia já longe dos holofotes primodivisionários. A União de Leiria, o Farense e, por fim, o Mirense seriam os emblemas que acabariam por colorir o resto do seu currículo. Na colectividade sediada em Mira de Aire, já em 1993, Cabumba decidir-se-ia pelo fim da caminhada competitiva. Antes, tempo ainda para experimentar, como treinador-jogador, as tarefas de técnico.
*adaptado do artigo publicado em https://bancada.pt, a 23/08/2017
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