1063 - FERNANDO


Depois de experimentar o futebol de salão e também a variante de praia, seria a disputar o Torneio Universitário que Fernando acabaria por ser descoberto pelo treinador Luiz Mariano. Agradado com os seus atributos, o técnico convidá-lo-ia a juntar-se ao plantel de 1975 da Portuguesa do Rio de Janeiro. Logo nessa época, a primeira do defesa como profissional, o bom desempenho revelado no Campeonato “Carioca”, faria com que emblemas de outra monta fossem no seu encalço. O Flamengo venceria a corrida. Porém, a sua passagem pela Gávea duraria pouco tempo. Seguir-se-ia o Fluminense e, apesar de não muito utilizado, a vitória no “estadual” de 1976 serviria para colorir o seu currículo.
Já o traquejo ganho com as cores do Figueirense, daria a Fernando a possibilidade de consolidar a sua carreira. Tido como um bom jogador, o Vasco da Gama, depois da sua passagem pela colectividade de Santa Catarina, ainda tentaria a sua contratação. Ao mesmo tempo surgiria o desafio lançado pelo Boavista. A preferência do defesa, aliciado pela aventura europeia, recairia no emblema português. Todavia, a sua integração no conjunto “axadrezado” não seria fácil. Ao chegar para a temporada de 1979/80, o central não conseguiria conquistar muitas oportunidades. O Académico de Viseu, sem que tivesse de abandonar o patamar maior do futebol português, emergiria como uma boa solução para prosseguir a sua caminhada. Finalmente, e com o desenrolar da campanha de 1980/81, o atleta conseguiria provar a sua qualidade e, com isso, fortalecer o seu estatuto primodivisionário.
No que a clubes portugueses diz respeito, o maior destaque merecê-lo-ia nos 4 anos vividos ao serviço do Penafiel. Com as épocas passadas na colectividade duriense, ao ser utilizado com bastante frequência, Fernando acabaria por atingir honrosas metas. Nesse sentido, e num cômputo de 5 temporadas na 1ª divisão, divididas pelos 3 emblemas já referidos, o defesa ultrapassaria a marca das 100 partidas disputadas no escalão máximo.
Em Portugal, o atleta teria tempo para ainda envergar as camisolas de Leixões e Beira-Mar. Curiosamente, seria no emblema sediado em Matosinhos que daria os primeiros passos nas funções de treinador. Friburguense, Nacional da Madeira, Fluminense e o Ras Al Khaimah Sports & Cultural Club dos Emirados Árabes Unidos, preencheriam também esse seu percurso. No entanto, seria como técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que o antigo defesa viveria um dos episódios mais importantes da sua vida desportiva. Ao comando da selecção feminina do Brasil, Fernando Pires assumiria a responsabilidade pela equipa naquela que haveria de ser, em 1991, a primeira edição do Campeonato do Mundo da categoria.
Nos dias de hoje, é também conhecido pelo seu trabalho como dirigente. Ao ocupar, em 2013, um lugar na estrutura da Associação Brasileira de Treinadores de Futebol, Fernando tem mostrado trabalho na defesa dos direitos da classe.

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