Depois de alguns anos nas “escolas” do Atlético, seria a partir dos escalões de formação do Amora que Jaime ou, se preferirem, Jaime Mercês faria a transição para o futebol sénior. Ao contrário de tantos colegas seus, que demoram algum tempo até conseguirem habituar-se à nova realidade competitiva, o impacto que médio haveria de ter no conjunto da Margem Sul, torná-lo-ia numa das boas surpresas dessa temporada de 1981/82. Nem mesmo a disputa da 1ª divisão assustaria o jovem jogador e a qualidade do seu futebol levaria o treinador José Moniz a entregar-lhe a titularidade.
A preponderância que assumiria no seio do seu clube levaria a que, da Federação Portuguesa de Futebol, olhassem para Jaime como um nome seleccionável. Começaria, em 1981, pela equipa de sub-18. No ano seguinte, ainda no mesmo escalão e ao lado de atletas como Paulo Futre ou Morato, disputaria o Europeu da categoria. Porém, e apesar de uma caminhada rica nas camadas jovens da “Equipa das Quinas”, o atleta não ficaria por aí. Ainda na Fase de Qualificação para o Mundial de 1986, numa partida frente a Malta, o médio jogaria a primeira partida pelo principal conjunto de Portugal. Depois do Campeonato do Mundo disputado no México, voltaria a ser chamado e acabaria por colorir o seu currículo com um total de 9 internacionalizações “A”.
A segunda metade da década de 80, enriquecida pelo percurso com as cores da selecção, acabaria também por estar intimamente relacionada com outro emblema. Ao ser impossível de dissociar o sucesso da sua carreira ao tempo que o médio partilhou com o Belenenses, a passagem do jogador pelo Restelo não pode ser esquecida. Nesse sentido, no prolongar da sua estadia na 1ª divisão, os “Azuis” ajudariam o atleta a cimentar-se como um ilustre elemento do futebol luso. Titular indiscutível e dono de uma qualidade que, no centro ou na direita, faziam dele um futebolista de qualidade superior, Jaime tornar-se-ia numa das figuras icónicas das provas lusas. Para tal, muito contribuiriam os méritos alcançados colectivamente. Os mais mediáticos acabariam por ser a presença na final do Jamor de 1985/86, a conquista da Taça de Portugal de 1988/89, o 3º lugar no pódio de 1987/88 e as presenças nas competições sob a alçada da UEFA.
Numa carreira que não esteve muito longe de chegar aos 40 anos de idade, os últimos anos da mesma seriam passados longe dos palcos principais. Depois de, na condição de “capitão”, ter abraçado a descida do Belenenses à divisão de Honra, seria nesse escalão, e noutros mais abaixo, que daria continuidade à sua actividade profissional. Vitória Futebol Clube, Ovarense, Amora, Desportivo de Beja e Atlético preencheriam essa derradeira etapa. Curiosamente, as últimas épocas no “futebol 11” seriam feitas em paralelo com as suas participações na variante de praia. Nos areais, Jaime vestiria as camisolas do Amora, Belenenses e, com a passagem pelo Mundial e Mundialito, representaria também a selecção de Portugal.
No rescaldo de um percurso indiscutivelmente rico, talvez tenha faltado a Jaime materializar uma pequena história – “Quando estava no Belenenses cheguei a assinar um contrato por três épocas com o Benfica, mas depois não me deixaram sair. Antes, no Amora, aconteceu uma situação idêntica. Mas não me queixo”*.
*retirado do artigo de José Manuel Paulino, publicado em www.record.pt, a 09/03/2000
A preponderância que assumiria no seio do seu clube levaria a que, da Federação Portuguesa de Futebol, olhassem para Jaime como um nome seleccionável. Começaria, em 1981, pela equipa de sub-18. No ano seguinte, ainda no mesmo escalão e ao lado de atletas como Paulo Futre ou Morato, disputaria o Europeu da categoria. Porém, e apesar de uma caminhada rica nas camadas jovens da “Equipa das Quinas”, o atleta não ficaria por aí. Ainda na Fase de Qualificação para o Mundial de 1986, numa partida frente a Malta, o médio jogaria a primeira partida pelo principal conjunto de Portugal. Depois do Campeonato do Mundo disputado no México, voltaria a ser chamado e acabaria por colorir o seu currículo com um total de 9 internacionalizações “A”.
A segunda metade da década de 80, enriquecida pelo percurso com as cores da selecção, acabaria também por estar intimamente relacionada com outro emblema. Ao ser impossível de dissociar o sucesso da sua carreira ao tempo que o médio partilhou com o Belenenses, a passagem do jogador pelo Restelo não pode ser esquecida. Nesse sentido, no prolongar da sua estadia na 1ª divisão, os “Azuis” ajudariam o atleta a cimentar-se como um ilustre elemento do futebol luso. Titular indiscutível e dono de uma qualidade que, no centro ou na direita, faziam dele um futebolista de qualidade superior, Jaime tornar-se-ia numa das figuras icónicas das provas lusas. Para tal, muito contribuiriam os méritos alcançados colectivamente. Os mais mediáticos acabariam por ser a presença na final do Jamor de 1985/86, a conquista da Taça de Portugal de 1988/89, o 3º lugar no pódio de 1987/88 e as presenças nas competições sob a alçada da UEFA.
Numa carreira que não esteve muito longe de chegar aos 40 anos de idade, os últimos anos da mesma seriam passados longe dos palcos principais. Depois de, na condição de “capitão”, ter abraçado a descida do Belenenses à divisão de Honra, seria nesse escalão, e noutros mais abaixo, que daria continuidade à sua actividade profissional. Vitória Futebol Clube, Ovarense, Amora, Desportivo de Beja e Atlético preencheriam essa derradeira etapa. Curiosamente, as últimas épocas no “futebol 11” seriam feitas em paralelo com as suas participações na variante de praia. Nos areais, Jaime vestiria as camisolas do Amora, Belenenses e, com a passagem pelo Mundial e Mundialito, representaria também a selecção de Portugal.
No rescaldo de um percurso indiscutivelmente rico, talvez tenha faltado a Jaime materializar uma pequena história – “Quando estava no Belenenses cheguei a assinar um contrato por três épocas com o Benfica, mas depois não me deixaram sair. Antes, no Amora, aconteceu uma situação idêntica. Mas não me queixo”*.
*retirado do artigo de José Manuel Paulino, publicado em www.record.pt, a 09/03/2000
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