1113 - PAULA FREITAS

É um facto inegável que o futebol feminino em Portugal tem, de há uns anos para cá, crescido em quantidade e, acima de tudo, em qualidade. Apesar das provas nacionais já existirem desde o início dos anos 80, a verdade é que só na última década, sublinhado pela presença da selecção portuguesa no Euro 2017, é que a modalidade tem granjeado da atenção que a sua dimensão já merecia. Por essa razão, pouco sentido fazia o facto de no “Cromo Sem Caderneta” ainda não termos dado qualquer destaque àquelas que, cada vez mais, têm vindo a afirmar-se como exímias praticantes… Hoje é o dia!
Paula Freitas é, sem qualquer hesitação, um dos nomes icónicos do nosso futebol. Ao ser uma das pioneiras na afirmação das mulheres num universo que, tirando a espaços, estava designado aos homens, a antiga defesa em muito contribuiu para o crescimento da modalidade.
Clubisticamente ligada ao Boavista, também para a selecção nacional Paula Freitas é um elemento histórico. Com o primeiro encontro internacional a acontecer a 24 de Outubro de 1981, a presença do seu nome na lista de atletas arroladas por Hélder Pereira para o compromisso inicial da equipa portuguesa, só por si já dava à jogadora o direito de entrar para os anais do desporto luso. No entanto, muito mais do que a sua presença nesse empate a zero frente à congénere francesa, o seu percurso, trilhado ao longo de muitos anos, acabaria por cimentá-la, com aqui já foi sublinhado, como uma figura exemplar. Para tal, é impossível de desassociar da sua carreira, as 34 partidas feitas com a “camisola das quinas”. Numa altura em que os desafios internacionais femininos não eram pautados por uma enorme frequência ou coloridos pelos grandes torneios, o mérito de conseguir alcançar o referido número de participações ainda mais destacam a excelência da atleta.
Voltando à sua caminhada com o Boavista, o facto do emblema portuense ter conseguido destacar-se como uma das primeiras grandes potências no seio do futebol feminino, também ajudaria a catapultar Paula Freitas como uma das atletas mais afamadas nesse universo. Para tal, muito contribuiriam os títulos colectivos ganhos pelas “Panteras”. Com o domínio absoluto naquela que viria a ser a primeira competição oficial portuguesa, a Taça Nacional, a transição para o Campeonato Nacional prolongaria a veia vencedora do conjunto “axadrezado”. Sempre com a defesa a destacar-se pela regular presença em campo, as suas qualidades técnicas e tácticas tornar-se-iam num dos esteios de tantas vitórias.

2 comentários:

Vítor Fiqueli disse...

Como posso comprar

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Bom dia

Lamento, mas este não é um blog de vendas, compras ou troca de cromos, nem qualquer outro tipo de artigos.

Abraço

Bruno Vitória