1136 - JORGE LUÍS

Apesar preferir focar-me nos aspectos desportivos das carreiras aqui relatadas, há uma curiosidade que, ao ter acontecido na primeira metade da caminhada futebolística de Jorge Luís, não poderia deixar passar sem fazer referência… Falo de descidas!
Tudo começaria em 1995, com a profissionalização do atleta ao serviço do Fluminense. Logo na temporada de 1996, o lateral-esquerdo veria o conjunto “tricolor” a ser despromovido ao 2º patamar do “Brasileirão”. No entanto, uma decisão de “secretária” acabaria por reverter o destino da equipa e o emblema “carioca” manter-se-ia na Serie A do Campeonato brasileiro. “Sol de pouca dura”, pois logo no ano seguinte, o mesmo fado e, dessa feita, sem volta a dar. Pior viria ainda a acontecer na campanha subsequente e, com o 19º lugar na classificação geral, a inevitável queda para o 3º escalão nacional.
O regresso ao principal escalão da agremiação sediada no Bairro das Laranjeiras aconteceria em 2000 e por razão de uma edição especial do “Brasileirão” que, com o intuito de homenagear João Havelange, faria com que a CBF juntasse numa única prova, todos os emblemas de todos os diferentes patamares. Já o ano de 2001 levaria Jorge Luís de novo às sendas das descidas e logo em dose dupla! A mudança e curta experiência no Guarani, terminaria com a despromoção do emblema paulista no "estadual". De seguida, ainda no decorrer da mesma temporada, a transferência para o Santa Cruz que, com uma pobre campanha na Serie A, pouco mais traria ao currículo do jogador do que outro tropeção Campeonato nacional abaixo!
Talvez com o intuito de pôr termo ao azar, o defesa, na temporada de 2002/03, tomaria a decisão de dar continuidade ao trajecto profissional no Varzim. Contudo, a mudança para Portugal voltaria a alimentar a tal “malapata” e o emblema poveiro, no final da referida campanha, acabaria por descer ao 2º escalão. Ainda assim, os desempenhos individuais do atleta, mesmo com as 6 despromoções a enegrecer-lhe a senda, mantê-lo-iam bem estimado. Tido como um futebolista de bons índices físicos e com uma técnica superior, o Sporting de Braga vê-lo-ia como um elemento válido para reforçar o sector mais recuado. No Minho a partir de 2003/04 e ao tornar-se num dos nomes mais chamado à ficha de jogo, Jorge Luís passaria a ser aferido como um dos melhores laterais a jogar no nosso país. Sob a alçada do Professor Jesualdo Ferreira, as exibições feitas pelos “Guerreiros” fariam catapultar o valor do seu “passe” e, já com a cotação em alta, seria do Dínamo de Moscovo que surgiria nova oportunidade.
Numa altura em que o emblema da capital russa investia muito no mercado nacional, o defesa acabaria por partilhar o balneário dos moscovitas com nomes como Nuno Espírito Santo, Enakarhire, Costinha, Derlei, Danny, Seitaridis, Almani Moreira ou com o antigo colega nos bracarenses, o atacante Cícero. Porém, nem a companhia faria com que a experiência fosse mais agradável para o esquerdino. Após a temporada de 2006, em que pouco teria para contar, a abertura das transferências de Inverno nos países ocidentais, descerraria as portas ao atleta para um regresso a Portugal e, por empréstimo, novamente ao Sporting de Braga.
No final da época de 2006/07 e com a venda dos direitos desportivos ao Internacional de Porto Alegre, o defesa voltaria ao Brasil. Já numa fase descendente do seu percurso desportivo, destaque ainda para a passagem pelo CRB Alagoas. Por fim, como derradeiro capítulo, uma última experiência em Portugal e a disputa dos escalões inferiores com as cores do Trofense.

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