1151 - DUDA

Com a derradeira parte do trajecto formativo a ser cumprido ao serviço do Vitória de Guimarães, seria também por essa altura que Duda começaria a ser chamado aos patamares jovens da selecção nacional. Com entrada nos sub-17, para, de seguida, representar os sub-18 lusos, seria nessa caminhada que venceria o primeiro grande título de uma carreira ainda a dar os passos iniciais. Com o triunfo de Portugal na edição de 1999 do Campeonato Europeu da última categoria referida, também a sua cotação subiria. No entanto, a decisão tomada de seguida, faria emergir o seu futuro em aparente contraciclo.
Na altura de fazer a transição para o universo sénior, a escolha de Duda recairia num emblema do 3º escalão espanhol. Atleta do Cádiz a partir da temporada de 1999/00, a aposta que inicialmente poderia parecer pouco ambiciosa, não tardaria a dar resultados. Depois de uma primeira campanha algo discreta, a época seguinte revelá-lo-ia como um elemento basilar na estratégia do conjunto andaluz. A preponderância assumida, levaria os responsáveis do Málaga a olhar para o esquerdino como um bom reforço. Nesse sentido, a troca de emblemas acabaria por dar ao atleta a oportunidade para conseguir estrear-se no principal patamar da “La Liga”.
Após a temporada de 2001/02 com os “Boquerones” e, depois de ajudar à conquista da Taça Intertoto de 2002/03, já no decorrer da última temporada aludida seguir-se-ia um empréstimo ao Levante. Após um ano de cedência, de volta ao La Rosaleda, Duda aproveitaria o regresso para assumir a titularidade. Como elemento fulcral do “onze”, a regularidade das presenças em campo dar-lhe-ia a estaleca suficiente para voos mais ambiciosos. Surgiria então o Sevilla e mesmo com uma ligeira perda de protagonismo em relação aos seus tempos no Málaga, a verdade é que a presença num plantel com ambições de outra monta, enriqueceria a caminhada profissional do atleta.
Com a transferência o jogador conseguiria acrescentar mais troféus ao seu palmarés. Por outro, para além das conquistas da Copa del Rey e da Taça UEFA de 2006/07 e, por fim, da Supercopa do ano seguinte, as 2 campanhas passadas com os “Blanquirrojos”, cimentadas por um trajecto crescente nos diferentes escalões da selecção, dar-lhe-iam o primeiro desafio com a principal “camisola das quinas”. Daí em diante, Duda passaria a ser um nome recorrente nas convocatórias de Portugal. Com a estreia a acontecer ainda na Fase de Qualificação para o Euro 2008, a chamada de Luiz Felipe Scolari ao embate frente à Bélgica encetaria uma caminhada que acumularia 18 internacionalizações e, já sob a alçada do seleccionador Carlos Queiroz, ficaria também marcada pela presença no Mundial de 2010.
Voltando ao seu percurso clubístico, Duda, depois da experiência sevilhana, mais uma vez envergaria o listado azul e branco do Málaga. Com mais 9 temporadas a somar às passagens anteriores, o médio, que também podia jogar em posições defensivas, tornar-se-ia no atleta com o maior número de partidas realizadas na história do clube. Naquele que, provavelmente, terá sido um dos períodos mais ilustres da existência da colectividade, a participação na Liga dos Campeões e a chegada, na campanha de 2012/13, aos quartos-de-final da competição, registar-se-ia como outro dos marcos do trajecto do futebolista português.
Ao pôr um ponto final na carreira em 2017, Duda acabaria por manter-se ligado ao emblema andaluz. Convidado para integrar os quadros técnicos, o antigo jogador passaria a desempenhar as funções de Observador das camadas jovens.

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