Começaria por ser um praticante do mais ecléctico possível. Em boa parte por culpa do pai, dirigente em diversas colectividades, jogaria voleibol e basquetebol. Hóquei no gelo e andebol também fariam parte das modalidades arroladas à sua juventude. No entanto, a sua grande paixão era o futebol. No HJK Helsinki daria os primeiros passos de uma longa carreira. Já após terminada a formação, seria ainda no emblema da capital finlandesa que Jari “Jallu” Rantanen, no final da década de 1970, faria a transição para o patamar sénior. Com um físico impressionante, alto e espadaúdo, tinha na atitude, aguerrida e frenética, uma das suas grandes armas. Com tais predicados, acabaria feito numa das figuras centrais das conquistas do clube e a “dobradinha” de 1981, com as vitórias no Campeonato e na Taça, tornar-se-ia no primeiro grande marco da sua, ainda curta, carreira.
Ao destacar-se no clube, a selecção entraria no seu quotidiano competitivo de uma forma natural. A 4 de Maio de 1983, chamado a jogo por Martti Kuusela, chegaria a oportunidade de fazer a estreia pelo principal conjunto da federação de futebol suómi. Com essa partida frente à Polónia, Rantanen encetaria uma caminhada que, ao longo de quase meia dúzia de anos, daria ao atleta 36 internacionalizações “A”. Curiosamente, seria ao serviço dos sub-21 do seu país que veria surgir a ocasião para a primeira grande aventura estrangeira do seu trajecto – “(…) nós fomos a Portugal onde ganhámos 2-0. Alguém do Estoril estava a ver aquele jogo e um par de meses depois eu juntei-me ao Estoril”*.
Com os “Canarinhos”, o ponta-de-lança participaria no desenrolar de 2 temporadas. Depois da entrada na campanha de 1983/84, o regresso do avançado à Finlândia, serviria de curto interlúdio para a participação na época de 1984/85, mas, dessa feita, já com o emblema da Linha de Cascais a militar no 2º escalão. Do cômputo, mesmo com números não tão faustosos quanto os de alguns colegas, Rantanen não deixaria de alimentar a memória colectiva e, para a quase generalidade dos adeptos, ficaria registado como uma verdadeira força da natureza.
Seguir-se-iam, como novas experiências no estrangeiro, os belgas do Beerschot e o IFK Göteborg. Na agremiação escandinava viveria, talvez, o período mais rico do seu percurso futebolístico. Ao ajudar também à vitória na edição de 1987 do Campeonato da Suécia, seria a presença nas competições europeias que serviria de pináculo às conquistas do avançado. Mesmo sem sair do banco de suplentes, nas duas mãos da final da Taça UEFA de 1986/87, os 5 golos marcados durante as eliminatórias a preceder o embate frente aos escoceses do Dundee United, não só seriam de extrema importância para a vitória colectiva na competição, como elevariam Rantanen, ao lado de Wim Kieft, Peter Houtman e Paulinho Cascavel, ao lugar de Melhor Marcador da prova.
As boas prestações de Rantanen, mormente no panorama das provas europeias, abrir-lhe-iam a possibilidade de experimentar a Liga Inglesa. Com o Leicester City a militar no escalão secundário, a transferência do avançado aconteceria na temporada de 1987/88. Os primeiros tempos a jogar pelo emblema sediado nas Midlands correriam de feição, com o ponta-de-lança a assumir-se como um dos principais intérpretes das manobras ofensivas. No entanto, aquilo que parecia uma boa aposta, com a saída de Bryan Hamilton e a contratação para o comando técnico de David Pleat, acabaria por tornar-se numa grande desilusão.
Falhada, ainda a meio da temporada britânica, a mudança para a Bundesliga e para o FC Köln, a saída de Rantanen do emblema inglês dar-se-ia com o jogador a voltar ao país natal. Numa senda em que levaria o atleta a alternar passagens no HJK Helsinki, FinnPa e outros emblemas de menor dimensão, destaque para os títulos ganhos pelo emblema da capital que, a juntar aos troféus já referidos durante esta peça, deixaria o seu palmarés com um total vencido de 3 Campeonatos e 3 Taças da Finlândia.
Marcados esses últimos anos por algumas lesões bem graves, o final da carreira de Rantanen não o empurraria para longe da modalidade. Ao assumir as funções de treinador, começaria pelo FinnPa. De seguida, teria uma passagem pelos Estados Unidos da América, onde também desempenharia as funções de jornalista. Finalmente, de novo na Finlândia, tem abraçado diferentes projectos, nomeadamente à frente de emblemas como o AC Vantaa, EIF ou o FC Kotkan Työväen Palloilijat.Ao mesmo tempo, não tem descurado outra faceta da sua vida e foi eleito em 2017 como vereador do Município de Myrskylä.
*retirado do artigo de John Hutchinson, publicado a 10/02/2018, em https://www.lcfc.com
Ao destacar-se no clube, a selecção entraria no seu quotidiano competitivo de uma forma natural. A 4 de Maio de 1983, chamado a jogo por Martti Kuusela, chegaria a oportunidade de fazer a estreia pelo principal conjunto da federação de futebol suómi. Com essa partida frente à Polónia, Rantanen encetaria uma caminhada que, ao longo de quase meia dúzia de anos, daria ao atleta 36 internacionalizações “A”. Curiosamente, seria ao serviço dos sub-21 do seu país que veria surgir a ocasião para a primeira grande aventura estrangeira do seu trajecto – “(…) nós fomos a Portugal onde ganhámos 2-0. Alguém do Estoril estava a ver aquele jogo e um par de meses depois eu juntei-me ao Estoril”*.
Com os “Canarinhos”, o ponta-de-lança participaria no desenrolar de 2 temporadas. Depois da entrada na campanha de 1983/84, o regresso do avançado à Finlândia, serviria de curto interlúdio para a participação na época de 1984/85, mas, dessa feita, já com o emblema da Linha de Cascais a militar no 2º escalão. Do cômputo, mesmo com números não tão faustosos quanto os de alguns colegas, Rantanen não deixaria de alimentar a memória colectiva e, para a quase generalidade dos adeptos, ficaria registado como uma verdadeira força da natureza.
Seguir-se-iam, como novas experiências no estrangeiro, os belgas do Beerschot e o IFK Göteborg. Na agremiação escandinava viveria, talvez, o período mais rico do seu percurso futebolístico. Ao ajudar também à vitória na edição de 1987 do Campeonato da Suécia, seria a presença nas competições europeias que serviria de pináculo às conquistas do avançado. Mesmo sem sair do banco de suplentes, nas duas mãos da final da Taça UEFA de 1986/87, os 5 golos marcados durante as eliminatórias a preceder o embate frente aos escoceses do Dundee United, não só seriam de extrema importância para a vitória colectiva na competição, como elevariam Rantanen, ao lado de Wim Kieft, Peter Houtman e Paulinho Cascavel, ao lugar de Melhor Marcador da prova.
As boas prestações de Rantanen, mormente no panorama das provas europeias, abrir-lhe-iam a possibilidade de experimentar a Liga Inglesa. Com o Leicester City a militar no escalão secundário, a transferência do avançado aconteceria na temporada de 1987/88. Os primeiros tempos a jogar pelo emblema sediado nas Midlands correriam de feição, com o ponta-de-lança a assumir-se como um dos principais intérpretes das manobras ofensivas. No entanto, aquilo que parecia uma boa aposta, com a saída de Bryan Hamilton e a contratação para o comando técnico de David Pleat, acabaria por tornar-se numa grande desilusão.
Falhada, ainda a meio da temporada britânica, a mudança para a Bundesliga e para o FC Köln, a saída de Rantanen do emblema inglês dar-se-ia com o jogador a voltar ao país natal. Numa senda em que levaria o atleta a alternar passagens no HJK Helsinki, FinnPa e outros emblemas de menor dimensão, destaque para os títulos ganhos pelo emblema da capital que, a juntar aos troféus já referidos durante esta peça, deixaria o seu palmarés com um total vencido de 3 Campeonatos e 3 Taças da Finlândia.
Marcados esses últimos anos por algumas lesões bem graves, o final da carreira de Rantanen não o empurraria para longe da modalidade. Ao assumir as funções de treinador, começaria pelo FinnPa. De seguida, teria uma passagem pelos Estados Unidos da América, onde também desempenharia as funções de jornalista. Finalmente, de novo na Finlândia, tem abraçado diferentes projectos, nomeadamente à frente de emblemas como o AC Vantaa, EIF ou o FC Kotkan Työväen Palloilijat.Ao mesmo tempo, não tem descurado outra faceta da sua vida e foi eleito em 2017 como vereador do Município de Myrskylä.
*retirado do artigo de John Hutchinson, publicado a 10/02/2018, em https://www.lcfc.com
Sem comentários:
Enviar um comentário