1202 - KATSOURANIS

Depois da estreia, contava apenas 16 anos de idade, na equipa principal do Panachaiki, Kostas Katsouranis, fruto de uma normal inexperiência, demoraria ainda um par de anos até conseguir afirmar-se no conjunto da cidade de Patras. Todavia, a qualidade demonstrada durante esses primeiros anos a disputar o escalão máximo grego, daria logo a entender um futuro auspicioso para o médio. Para confirmar essa projecção, a temporada de 1998/99, a terceira do jovem atleta como sénior, revelá-lo-ia como titular. Com o lugar no “onze” a permitir uma maior visibilidade, a avaliação feita às suas exibições divulgariam um atleta muito completo.
Multifacetado, o seu posicionamento no miolo do terreno de jogo permitir-lhe-ia, não só cumprir na perfeição todas as tarefas defensivas, como mostrá-lo como um futebolista de fino recorte técnico, enorme visão de jogo e até com uma capacidade bem acima da média para aparecer em zonas de finalização. Essas características, após cumpridas 6 temporadas a envergar as cores do Panachaiki, levariam os maiores clubes da Grécia a irem no seu encalço. Com o Panathinaikos e o Olympiacos a tomarem a dianteira, seria, no entanto, o AEK a conseguir convencer o centrocampista a rubricar um contrato.
A mudança para a capital Atenas na temporada de 2002/03, para além de manter Katsouranis como titular, traria para a sua carreira outros reconhecimentos. O primeiro chegaria com a estreia do jogador pela principal selecção helénica. Chamado aos trabalhos da equipa nacional pelo alemão Otto Rehhagel, o particular frente à Suécia, disputado em Norrköping a 20 de Agosto de 2003, marcaria o começo de uma caminhada que terminaria com 116 internacionalizações. Pelo meio, disputaria 2 Mundiais, 1 Taça das Confederações e 3 Europeus. Como é óbvio, no meio de tão importantes torneios, o destaque iria para o Euro 2004 e, com o médio a marcar presença no “onze” inicial, para a vitória da Grécia na final frente a Portugal.
Em 2006/07, depois de ter sido premiado com o título de Melhor Jogador da Liga Grega em 2005/06, o jogador arriscar-se-ia na primeira aventura no estrangeiro. Em 3 anos pelo Benfica ganharia apenas a edição de 2008/09 da Taça da Liga. Ainda assim, o médio deixaria a sua marca no clube. De “Águia” ao peito, o grego pautar-se-ia por valores exibicionais excepcionais e por uma constante presença na equipa. Todavia, os passos iniciais dados com os “Encarnados” fariam emergir um episódio bem caricato. Com a equipa da Luz a marcar presença no Torneio do Guadiana, a primeira pré-temporada do médio ficaria marcada por um remate certeiro, no mínimo, espectacular. Ao disputar uma bola bem longe de qualquer baliza, Katsouranis conseguiria a proeza de marcar um autogolo praticamente do meio-campo!
Com alguns problemas familiares a atormentar o atleta, a sua decisão de regressar à Grécia dar-se-ia no Verão de 2009. No Panathinaikos, voltaria a pautar-se como um futebolista de grandes qualidades e ajudaria a vencer o Campeonato e a Taça de 2009/10. Contudo, seria ao serviço do PAOK, para onde iria depois do arranque da temporada de 2012/13, que, nesse mesmo fim de época, voltaria a arrecadar o prémio de Jogador do Ano da “Superleague”. Já numa fase descendente da sua caminhada competitiva, Katsouranis tentaria nova sorte no estrangeiro. Passaria pelos indianos do Pune City, viveria um interlúdio no Atromitos e, pondo fim à carreira depois da próxima experiência, em 2015 ainda vestiria a camisola dos australianos do Heidelberg United.
Concluído o trajecto nos relvados, o antigo médio passaria a dedicar-se às actividades desenvolvidas nos bastidores da modalidade. Começaria como Coordenador Técnico do Panachaiki, para, mais recentemente, abraçar as funções de Director Desportivo do Niki Volos.

Sem comentários: