1204 - ARTUR


Incluído no conjunto principal do Sporting de Braga, numa altura em que a equipa militava na 2ª divisão, o primeiro grande feito vivido pelo jovem defesa seria a subida de patamar. Depois da estreia sénior de Artur na temporada de 1973/74, a referida promoção aconteceria cumpridas duas campanhas. Por essa altura, ainda sem ser um dos titulares da equipa, já a sua presença em campo começava a ser notada. No entanto, não tardaria muito até que o lateral-direito conseguisse cimentar-se como um dos esteios nas acções tácticas do combinado minhoto e a época de 1976/77 acabaria por sublinhar essa aludida importância.
Paralelamente à progressiva afirmação no “onze” do Sporting de Braga, Artur também adicionaria à sua experiência competitiva outros episódios marcantes. Logo na temporada de 1976/77, faria parte do grupo que venceria aquela que é a única edição da Taça da Federação Portuguesa de Futebol. Ainda nessa campanha, chamado ao alinhamento inicial pelo treinador Mário Lino, participaria na final da Taça de Portugal. Já na época seguinte, resultado do 4º posto alcançado no Campeonato Nacional do ano anterior, entraria em campo nas quatro partidas disputadas pelo clube na Taça UEFA.
Daí em diante, Artur passaria a ser visto como um dos nomes incontornáveis nas concepções tácticas do sector defensivo dos “Arsenalistas”. Ao tornar-se num dos indiscutíveis desses desenhos colectivos, também os responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol começariam a olhar para si como um elemento válido para integrar os trabalhos das equipas nacionais. A estreia com a “camisola das quinas” aconteceria pelo conjunto “B”, numa partida frente à Áustria, em Novembro de 1978. Nem um ano passado sobre esse jogo, o defesa acabaria mesmo convocado para a equipa principal. Num “particular” jogado frente à Espanha em Setembro de 1979, o treinador Mário Wilson faria entrar em campo o lateral-direito e, com essa participação, daria ao atleta a primeira internacionalização “A”.
Voltando aos capítulos vividos com as cores do Sporting de Braga, a lógica de uma titularidade assegurada por boas exibições, mantê-lo-ia como um pilar da equipa. Mais uma vez surgiriam na caminhada do jogador momentos inolvidáveis. Mesmo sem vitórias a abrilhantarem esses episódios, seria injusto não referir certos instantes como marcantes. Dois deles aconteceriam depois da entrada na década de 80. O primeiro viria com outra participação, mais uma vez como titular, no derradeiro jogo da edição de 1981/82 da Taça de Portugal. Na sequência dessa presença no Estádio do Jamor, outra final e, dessa feita, a disputa da Supertaça de 1982/83.
As 14 temporadas ao serviço da equipa sénior dos “Guerreiros”, como é fácil de deduzir, torná-lo-iam numa figura icónica na história do emblema minhoto. Contudo, e numa altura em que já começava a perder alguma preponderância no alinhamento táctico, o fim da ligação entre o clube e o atleta conheceria o seu fim. Pelo Sporting de Espinho, a disputar a 1ª divisão, faria mais uma época e cumprida essa campanha de 1987/88, Artur decidir-se-ia pelo fim do seu trajecto enquanto futebolista. Todavia, o antigo defesa manter-se-ia ligado à modalidade. Com uma longa e respeitável carreira como treinador, tem exercido essas funções nos escalões secundários. Entre o comando de várias equipas seniores, destaque também para a sua passagem pelos escalões de formação do Sporting de Braga.

Sem comentários: