Produto das “escolas” do Estrela da Amadora, para onde entraria ao lado do irmão gémeo Jorge, Rui Neves acabaria promovido à equipa principal numa das mais importantes temporadas da história da colectividade. Ao coincidir o começo da sua caminhada sénior com o ano de estreia dos “Tricolores” na 1ª divisão, o defesa-lateral, lançado nessa época de 1988/89 pelo técnico João Alves, rapidamente conseguiria assegurar um lugar no “onze”. Partiria como titular para a campanha seguinte, durante a qual o emblema da “Linha de Sintra” disputaria a final e a finalíssima da Taça de Portugal e, frente ao Farense, conquistaria o referido troféu – “Foi o ponto mais alto da minha careira. Por isso, as recordações que guardo são as melhores (…). Tudo aquilo ficou gravado na memória, uma vez que aquele ambiente é simplesmente fantástico. O Jamor estava muito bonito, repleto de público (…). Para o clube foi um marco muito importante (…). Lembro-me com alegria dos meus colegas e treinadores. Era um conjunto fantástico”*.
À terceira época no patamar sénior, já Rui Neves, lateral ambidestro, andava nas andanças europeias. Antes ainda da participação na Taça dos Vencedores das Taças, as boas prestações naquele que é o principal patamar luso, dar-lhe-iam outro prémio. Da Federação Portuguesa de Futebol, pela mão do seleccionador Agostinho de Oliveira, seria chamado aos trabalhos dos sub-21 de Portugal. Frente à Alemanha Federal, num particular agendado a 28 de Agosto de 1990, o defesa, ao ocupar um lugar no alinhamento inicial, conseguiria a única internacionalização da sua carreira. Ao lado de outras promessas como Paulo Madeira, Paulo Sousa, João Vieira Pinto, Jorge Couto ou Pedro Barbosa, integraria o grupo que, com um resultado de 1 a 1, empataria o encontro de cariz “amigável”.
Voltando às competições continentais, o defesa participaria em 3 das 4 partidas do Estrela da Amadora na edição de 1990/91 da Taça dos Vencedores das Taças. Na mesma temporada em que, por razão da vitória na Taça de Portugal, o clube, com Rui Neves a entrar em campo nas duas mãos da prova, também disputaria a Supertaça Cândido de Oliveira, o Neuchâtel Xamax emergiria como a primeira colectividade a enfrentar os portugueses nas jornadas fora de fronteiras. Depois de jogar as 2 partidas frente aos helvéticos, seguir-se-ia o RFC Liège. Nessa eliminatória, o lateral apenas seria chamado por Manuel Fernandes a participar numa das pelejas relativas à 2ª eliminatória da prova. Ao lado dos seus colegas, não evitaria o afastamento do conjunto “estrelista”. No entanto, a sucessão de eventos até agora relatados seriam mais que suficientes para inscrever o seu nome na memória colectiva da agremiação.
Ao fazer coincidir os primeiros anos da carreira com os momentos mais emocionantes dessa caminhada, o que restaria do seu trajecto competitivo seria passado, com um pequena excepção, com as cores do Estrela da Amadora. Acompanharia o grupo, depois da despromoção no final da temporada de 1990/91, até ao patamar secundário. Manter-se-ia no clube durante essa passagem de 2 anos e ajudaria à nova subida. Todavia, seria com o regresso dos “Tricolores” ao convívio dos “grandes” que Rui Neves decidiria mudar de rumo e, em 1993/94, assinar pelo Gil Vicente. Curto o passo dado no Minho, pois, ao fim da aludida campanha, o defesa regressaria ao Estádio José Gomes. Daí em diante, não mais mudaria de camisola. Mesmo sem o “glamour” experimentado no arranque da marcha profissional, ainda assim, o lateral ajudaria à edificação de bons momentos. Nesse sentido, há que fazer referência ao 7º lugar, igualando a melhor classificação de sempre na prova, conseguido no Campeonato Nacional de 1997/98 ou participação na Taça Intertoto de 1998/99.
Para concluir, há que sublinhar as 15 temporadas como sénior a defender o emblema estrelista e os 379 jogos partilhados entre os Campeonatos Nacionais da 1ª e 2ª divisão. Tais números, somados aos das restantes provas, fazem de Rui Neves, que “penduraria as chuteiras” no final de 2003/04, num dos atletas que mais vezes envergou a camisola do Estrela da Amadora. Já depois de assumido o fim da caminhada como futebolista, o antigo lateral manteria a sua ligação ao clube e à modalidade, nomeadamente como treinador das camadas jovens.
*retirado do artigo publicado em www.record.pt, a 02/03/2005
À terceira época no patamar sénior, já Rui Neves, lateral ambidestro, andava nas andanças europeias. Antes ainda da participação na Taça dos Vencedores das Taças, as boas prestações naquele que é o principal patamar luso, dar-lhe-iam outro prémio. Da Federação Portuguesa de Futebol, pela mão do seleccionador Agostinho de Oliveira, seria chamado aos trabalhos dos sub-21 de Portugal. Frente à Alemanha Federal, num particular agendado a 28 de Agosto de 1990, o defesa, ao ocupar um lugar no alinhamento inicial, conseguiria a única internacionalização da sua carreira. Ao lado de outras promessas como Paulo Madeira, Paulo Sousa, João Vieira Pinto, Jorge Couto ou Pedro Barbosa, integraria o grupo que, com um resultado de 1 a 1, empataria o encontro de cariz “amigável”.
Voltando às competições continentais, o defesa participaria em 3 das 4 partidas do Estrela da Amadora na edição de 1990/91 da Taça dos Vencedores das Taças. Na mesma temporada em que, por razão da vitória na Taça de Portugal, o clube, com Rui Neves a entrar em campo nas duas mãos da prova, também disputaria a Supertaça Cândido de Oliveira, o Neuchâtel Xamax emergiria como a primeira colectividade a enfrentar os portugueses nas jornadas fora de fronteiras. Depois de jogar as 2 partidas frente aos helvéticos, seguir-se-ia o RFC Liège. Nessa eliminatória, o lateral apenas seria chamado por Manuel Fernandes a participar numa das pelejas relativas à 2ª eliminatória da prova. Ao lado dos seus colegas, não evitaria o afastamento do conjunto “estrelista”. No entanto, a sucessão de eventos até agora relatados seriam mais que suficientes para inscrever o seu nome na memória colectiva da agremiação.
Ao fazer coincidir os primeiros anos da carreira com os momentos mais emocionantes dessa caminhada, o que restaria do seu trajecto competitivo seria passado, com um pequena excepção, com as cores do Estrela da Amadora. Acompanharia o grupo, depois da despromoção no final da temporada de 1990/91, até ao patamar secundário. Manter-se-ia no clube durante essa passagem de 2 anos e ajudaria à nova subida. Todavia, seria com o regresso dos “Tricolores” ao convívio dos “grandes” que Rui Neves decidiria mudar de rumo e, em 1993/94, assinar pelo Gil Vicente. Curto o passo dado no Minho, pois, ao fim da aludida campanha, o defesa regressaria ao Estádio José Gomes. Daí em diante, não mais mudaria de camisola. Mesmo sem o “glamour” experimentado no arranque da marcha profissional, ainda assim, o lateral ajudaria à edificação de bons momentos. Nesse sentido, há que fazer referência ao 7º lugar, igualando a melhor classificação de sempre na prova, conseguido no Campeonato Nacional de 1997/98 ou participação na Taça Intertoto de 1998/99.
Para concluir, há que sublinhar as 15 temporadas como sénior a defender o emblema estrelista e os 379 jogos partilhados entre os Campeonatos Nacionais da 1ª e 2ª divisão. Tais números, somados aos das restantes provas, fazem de Rui Neves, que “penduraria as chuteiras” no final de 2003/04, num dos atletas que mais vezes envergou a camisola do Estrela da Amadora. Já depois de assumido o fim da caminhada como futebolista, o antigo lateral manteria a sua ligação ao clube e à modalidade, nomeadamente como treinador das camadas jovens.
*retirado do artigo publicado em www.record.pt, a 02/03/2005
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