1227 - MANUEL DUARTE

Ao emergir das “escolas” da Académica, Manuel Duarte, atleta nascido na Beira Alta, surgiria na equipa principal do conjunto conimbricense na temporada de 1962/63. Lançado nos seniores da “Briosa” pelo treinador José Maria Pedroto, o atacante abrilhantaria a estreia no Campeonato Nacional com um golo marcado frente ao Vitória de Setúbal. Aliás, 3 das 4 partidas disputadas por si durante a referida campanha, seriam brindadas por remates certeiros. Porém, o jogador, que ao longo da carreira ganharia destaque por conseguir posicionar-se na esquerda ou no centro do sector mais ofensivo, acabaria por nunca conseguir afirmar-se no “onze” inicial e, ao fim de 2 anos, viria a abandonar o clube.
Sem deixar de competir na 1ª divisão, a transferência do avançado para outro emblema, acabaria por ajudar a catapultar a sua carreira. Após representar os “Estudantes”, a campanha de 1964/65 marcaria, na sua caminhada desportiva, o início da ligação ao Leixões. A chegada ao emblema de Matosinhos, onde voltaria a trabalhar sob a alçada de José Maria Pedroto, serviria para sublinhá-lo, não só como uma promessa do futebol luso, mas como um intérprete com grandes qualidades. Depois de, na época de arranque, ter apenas conseguido destacar-se na metade final da temporada, a época de 1965/66 mostraria Manuel Duarte como um futebolista capaz de exibições exuberantes. Essa valorização empurrá-lo-ia para um patamar superior e, mesmo sem ter participado na campanha de qualificação para o Mundial de 1966, o atacante passaria a ser visto pelos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol como um possível elemento a juntar à comitiva com destino a Inglaterra.
Chamado por Manuel da Luz Afonso aos trabalhos da selecção, antes ainda da partida para o certame aludido no parágrafo anterior, Manuel Duarte, com 2 presenças na equipa “B” e outras 2 pelo conjunto principal das “quinas”, conseguiria, nessas pelejas de preparação, as internacionalizações que acabariam por colorir a sua carreira. Integrado no grupo que partiria para a “Albion”, o avançado também celebraria o 3º lugar conquistado por Portugal. Mesmo sem contar com qualquer minuto em campo, a sua valorização, resultado da presença no Campeonato do Mundo, levaria emblemas de outra monta a olhar para si como um bom reforço para os respectivos planteis. Nesse sentido, seria o Sporting a convencer o atleta e a mudança para Alvalade dar-se-ia no prelúdio da temporada de 1966/67.
Trabalharia com os “Leões” durante 4 temporadas e ajudaria a agremiação lisboeta a vencer a edição de 1967/68 da Taça Intertoto. Nessa caminhada, a primeira campanha findaria com Manuel Duarte, para além de cimentado no “onze” sportinguista, como o melhor marcador da equipa. Todavia, nas épocas seguintes, muito mais do que perder a titularidade, o avançado, progressivamente, começaria a desaparecer das fichas de jogo. Com poucas presenças em campo no resto da sua ligação ao clube, a saída do Sporting levá-lo-ia até ao plantel de 1970/71 de um FC Porto orientado por António Teixeira. Contudo, a mudança não traria à carreira do futebolista os resultados esperados e, um ano após a entrada no Estádio das Antas, com apenas 2 presenças em partidas oficiais, o trajecto do atleta sofreria nova mudança.
A época com os “Azuis e Brancos” marcaria para o avançado a sua última passagem pelo escalão maior do futebol luso. Seguir-se-ia o Varzim e, naquela que viria a tornar-se na sua maior ligação enquanto sénior, as 6 temporadas ao serviço da AD Fafe. Depois viriam ainda as experiências em clubes mais modestos, com destaque para o Felgueiras, onde, como treinador-jogador, subiria o emblema aos “nacionais”.

1 comentário:

Armando Pinto disse...

Faleceu a 02 de setembro de 2022. Conf. http://longrahistorico.blogspot.com/2022/09/falecimento-de-manuel-duarte-antigo.html