1258 - OLAVO


Nascido no seio de uma família com fortes tradições no futebol, com destaque para o avô Alexandre Rodrigues – antigo futebolista, treinador e dirigente do Marítimo –, a Olavo pouco restaria senão dar seguimento ao legado desportivo dos seus antepassados.
No início da carreira sénior, ele que já tinha a estaleca de jogar com as cores dos juvenis e juniores da selecção de Portugal, logo faria parte de um dos mais importantes episódios da história maritimista. Com o emblema insular há muito a tentar estrear-se no escalão máximo do Campeonato Nacional, seria a temporada de 1976/77, com Olavo bem integrado na equipa principal verde-rubra, a selar esse objectivo.
Ao contar 18 anos apenas, a idade não seria impeditiva de, aos olhos do treinador Pedro Gomes, dar ao jovem atleta a responsabilidade de entrar nas partidas mais decisivas dessa gloriosa campanha. Ao lado dos seus ídolos Eduardinho e Noémio, também eles figuras marcantes da colectividade madeirense, as exibições do defesa mereceriam rasgados elogios e como prova do seu valor, acabaria escalonado para o “onze” inicial que, após uma vitória caseira frente ao Olhanense, confirmaria a tão almejada promoção.
A estreia do lateral na 1ª divisão, apesar de mais tarde conseguir afirmar-se como titular, não aconteceria logo no começo da campanha de 1977/78. Ainda assim, da 8ª jornada em diante, tirando algumas excepções, Olavo garantiria o posto na direita do sector mais recuado. Aliás, a regularidade de presenças na equipa do Marítimo, estendida à época seguinte, empurrá-lo-ia novamente para os trabalhos dos colectivos sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol. Após ter jogado, como aqui já foi feita referência, pelos agora designados sub-16 e sub-18, seriam as chamadas aos “esperanças” que adicionariam ao seu currículo outras partidas com a “camisola das quinas”. Nessa caminhada, com o arranque nos sub-21 a ocorrer em Outubro de 1978 numa partida referente ao apuramento para o Europeu da categoria, o contexto de selecções, num cômputo feito pelos diferentes escalões lusos, levá-lo-ia a acumular um total de 7 internacionalizações.
Com o Marítimo ainda a procurar estabilizar-se como um emblema indubitavelmente primodivisionário, as descidas de escalão ainda fariam Olavo retornar às lides dos patamares inferiores. Contudo, numa carreira exclusivamente dedicada à agremiação sediada na cidade do Funchal, o defesa conseguiria disputar várias temporadas no patamar maior. Com a curiosidade de, numa dessas despromoções, ter acrescentado ao palmarés pessoal a vitória na edição de 1981/82 do Campeonato Nacional da 2ª divisão, a carreira do lateral-direito ficaria colorida pela meia-dúzia de campanhas na montra principal do futebol português.
Seria também no degrau máximo que, de forma precoce, viria a despedir-se dos campos da bola. Ao contar 27 anos apenas e depois de integrar o plantel dos “Verde-rubros” durante uma dezena de épocas, o atleta, no final da temporada de 1985/86, decidir-se-ia a “pendurar as chuteiras”.

Sem comentários: