Antes ainda de aparecer na equipa principal do Boavista, já Luz brilhava nos patamares de formação dos “Axadrezados”. Igualmente avaliado pelos responsáveis técnicos da Federação como uma grande promessa, o guardião seria integrado no grupo que, com as cores de Portugal, conseguiria qualificar-se para a edição de 1969 do Torneio Internacional de Juniores da UEFA. Sob a alçada da dupla David Sequerra (seleccionador) e Francisco Polido (treinador), depois da estreia frente à Itália ainda nas partidas de apuramento, o jovem futebolista seria arrolado à comitiva com destino à República Democrática da Alemanha e, ao lado de nomes bem conhecidos do futebol português, casos de Laranjeira, Carlos Simões, Carolino ou Barbosa, disputaria a Fase Final do referido certame.
Com o empurrão dado pelas internacionalizações somadas com a “camisola das quinas”, o guarda-redes, na temporada de 1969/70, emergiria no conjunto sénior do Boavista. Com as “Panteras” recém-regressadas à 1ª divisão, Luz, ligeiramente atrás na luta pela titularidade, acabaria por quase dividir o lugar à baliza com Quim. Todavia, apesar dos bons números apresentados, a frequência das suas presenças na ficha de jogo não teriam continuidade na campanha seguinte. Aliás, daí em diante o jogador disputaria poucas partidas pelos “Axadrezados” e, por razão da falta de oportunidades, a relação entre o atleta e o clube terminaria com o fim da campanha de 1971/72.
Com a saída do Bessa, o jogador encetaria um longo caminho longe dos palcos principais do futebol nacional. Sporting de Espinho, Salgueiros e Paços de Ferreira também fariam parte dessa etapa, cumprida durante 8 temporadas consecutivas. Seguir-se-ia, ainda na 2ª divisão, a entrada no plantel de 1979/80 do Penafiel. A chegada ao conjunto rubro-negro daria a oportunidade ao guardião de inscrever o seu nome numa das mais importantes páginas da história da colectividade sediada no Vale do Sousa. Já como um guarda-redes experimentado, Luz daria ao último reduto penafidelense a força necessária para a inédita subida ao escalão principal. Com a estreia do clube no patamar maior do futebol português a acontecer na época de 1980/81, essa campanha serviria igualmente para devolver o atleta ao convívio dos “grandes” e, de alguma forma, dar outra justiça aos números do seu currículo.
Como um dos pilares das duas primeiras campanhas primodivisionárias do Penafiel, seria com a despromoção do clube ao escalão secundário que daria início a um novo périplo. Nessa senda, depois de uma curta passagem pela Sanjoanense, Luz teria ainda a oportunidade de, na temporada de 1983/84 e ao serviço do Recreio de Águeda, voltar às pelejas da 1ª divisão. O guardião regressaria também ao Paços de Ferreira que, com mais 4 temporadas cumpridas com a camisola dos “Castores”, tornar-se-ia no emblema mais representativo de toda a sua caminhada desportiva.
Após “pendurar as luvas” no final da temporada de 1987/88, o antigo guarda-redes manter-se-ia ligado ao futebol. No Paços de Ferreira, onde em épocas idas e em paralelo aos deveres de jogador, já tinha experimentado as tarefas de treinador, António Luz passaria a dedicar-se à vida de técnico. Numa carreira que durante os primeiros anos fá-lo-ia cirandar por emblemas do norte do país, o grande destaque terá de ir para às ligações erguidas no arquipélago do Açores, nomeadamente ao serviço de agremiações como o Vitória do Pico, o Fayal Sport Club, o Lajense ou o Flamengos.
1293 - LUZ
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