1327 - ARAÚJO


Seria ainda como elemento das camadas de formação da CUF que José Araújo começaria a demonstrar dotes futebolísticos de alto gabarito. Tal facto levaria os responsáveis técnicos pelas jovens equipas da Federação Portuguesa de Futebol a convocá-lo aos, hoje em dia, denominados sub-16. Depois da estreia no referido escalão, partida disputada no âmbito do Torneio Internacional de St. Malo, a 30 de Março de 1975, o médio-ofensivo, que nesse jogo também marcaria um golo, continuaria a ser chamado a envergar as cores lusas. Nesse sentido e nos anos vindouros, o atleta, entre o patamar já aludido, os sub-18 e os sub-21, somaria um total de 15 internacionalizações.
Já a estreia no patamar sénior, ainda com as cores da CUF, ocorreria na temporada de 1975/76. Como elemento da equipa do Lavradio, Araújo, sob a alçada de Mário João e, após o despedimento deste, orientado por Francisco Abalroado, logo conquistaria um lugar de destaque no plantel. Infelizmente para o atleta, o clube não conseguiria evitar a despromoção ao segundo escalão. Aliás, o regresso do médio ao convívio com os “grandes” dar-se-ia somente passados alguns anos e com o jogador a envergar a camisola do rival Barreirense. Curiosamente, essa campanha de 1978/79, em termos colectivos, terminaria também com a descida do seu emblema, o que o forçaria a nova travessia pelos cenários secundários.
Ainda que na disputa da 2ª divisão, os desempenhos de Araújo acabariam por merecer a atenção de emblemas de outra monta. No entanto, a transferência para o Benfica na temporada de 1981/82, asseverando-o como uma das grandes promessas do desporto luso, resultaria numa enorme desilusão. Com o jogador assolado por uma grave lesão, o melhor que haveria de conseguir nos 3 anos de ligação às “Águias” seria a passagem pelas “reservas” do emblema da Luz.
Já recuperado, regressaria ao Barreiro e, mais uma vez, para envergar as cores da CUF, à altura já denominada Quimigal. No que diz respeito ao resto do seu caminho competitivo, a verdade é que o médio-ofensivo não mais voltaria às exibições de outrora e que tinham feito dele um dos bons intérpretes do futebol português. Pescadores da Costa da Caparica, Sesimbra e Estrela de Vendas Novas transformar-se-iam nas colectividades que acabariam por preencher os derradeiros passos de uma caminhada competitiva que conheceria o fim na transição da década de 1980 para a de 1990.

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