1326 - JOSÉ CARLOS

Ao contrário do pai Marinho, antiga estrela da selecção nacional e leonina, e de Mário Tito, de quem é irmão gémeo, José Carlos faria a sua formação não no Atlético, mas no Sporting Clube de Portugal. Tal facto, muito provavelmente, terá contribuído para que o jogador fosse chamado aos trabalhos das jovens equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Nesse âmbito, depois da estreia pelos sub-18 lusos a 24 de Setembro de 1985, pela mão do “Magriço” José Augusto e num particular frente à antiga Checoslováquia, o atleta ainda conseguiria adicionar ao currículo outras 3 partidas com a “camisola das quinas”, somando 4 internacionalizações no referido escalão.
Apesar de projectado como um elemento com um futuro promissor, a verdade é que José Carlos, na altura de fazer a transição para o patamar sénior, acabaria por sair de Alvalade para, a partir da temporada de 1987/88, passar a envergar as cores do Estoril Praia. No emblema da Linha de Cascais, depois das 4 primeiras campanhas a disputar o escalão secundário, a época de 1991/92 levá-lo-ia à estreia no degrau máximo do futebol luso. Já como um dos elementos regulares no lado direito do sector mais recuado, o jogador, daí em diante, manteria o estatuto de titular no esquema táctico idealizado por Fernando Santos. Por essa razão, depressa conseguiria afirmar-se como um dos nomes históricos dos “Canarinhos” e os 8 anos passados com a camisola do clube, muitos deles a partilhar o balneário com o irmão Mário Tito, ainda mais contribuiriam para alimentar essa posição.
Com Fernando Santos a orientar o Estrela da Amadora e com o Estoril Praia na disputa da divisão de Honra, José Carlos seria convidado a vestir as cores do emblema sediado no bairro da Reboleira. Apresentado no Estádio José Gomes como reforço para a temporada de 1995/96, tal como tinha acontecido na maior parte do seu percurso profissional, o defesa, que também podia subir um pouco mais até ao meio-campo, manteria o estatuto de titular. Nos anos sob a alçada do aludido treinador e também com os técnicos seguintes, a situação do atleta, no que ao “onze” inicial concerne, conservar-se-ia. Essa situação, mais uma vez, encaminhá-lo-ia para os anais da colectividade. Muito mais do que contribuir para o 7º lugar na edição de 1997/98 do Campeonato Nacional da 1ª divisão, a melhor classificação da agremiação a par da conseguida em 1993/94, o jogador tornar-se-ia num dos nomes com mais partidas disputadas pelo emblema da Linha de Sintra no escalão máximo, mais concretamente, 167 jogos.
Com a saída dos “Tricolores” a acontecer com o termo da época de 2001/02, o atleta, já na fase descendente da carreira, teria ainda tempo para disputar mais algumas temporadas. Com o Torreense e o Atlético da Malveira a preencherem as últimas etapas da sua caminhada competitiva, José Carlos, ao “pendurar as chuteiras”, haveria de manter a ligação à modalidade. Praticamente de seguida, o antigo futebolista aceitaria o desafio lançado pelo Estrela da Amadora e regressaria à Reboleira para abraçar as tarefas de técnico nas camadas jovens do clube. Ainda nos patamares formativos, destaque para a sua passagem pelo Futebol Benfica.

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