Tendo feito a temporada de 1971/72 entre os juniores e as “reservas”, António Egídio Fernandes, conhecido no mundo do futebol como Tininho, passaria a campanha seguinte já na equipa principal do Marítimo. Com o conjunto insular apenas na disputa das provas regionais, a época de 1972/73 tornar-se-ia num marco para o clube sediado na cidade do Funchal. Autorizados a discutir as competições de cariz nacional, os “verde-rubros” participariam na Liguilha de acesso à 2ª divisão e, depois de alguns “faits-divers” burocráticos, lá conseguiriam o tão almejado lugar.
Naquele que viria a ser o jogo de estreia do Marítimo no escalão secundário do Campeonato Nacional, Tininho seria escolhido pelo técnico Alberto Sachse para, frente à União de Leiria, incorporar o “onze” funchalense. Daí em diante, como um praticante de índole ofensiva que, no terreno de jogo, podia colocar-se tanto a extremo como a interior, o jogador passaria a assumir-se como um elemento preponderante nas manobras tácticas do conjunto madeirense. Nesse sentido, já com o fim da temporada de 1976/77 à vista, o atleta também seria escolhido para aquela que viria a tornar-se na partida a selar a primeira subida do clube ao escalão principal do futebol português. Frente ao Olhanense, numa ronda disputada no Estádio dos Barreiros, o treinador Pedro Gomes haveria de chamá-lo o ao “onze” inicial e, com o encontro a terminar num 4-0 favorável aos da casa, Tininho daria o seu contributo para a concretização da subida dos “Leões do Almirante Reis” – “Sempre que me lembro desse momento vem-me sempre à cabeça a enchente do Estádio dos Barreiros, quase 30 mil pessoas. Havia gente por todos os lados de pé a apoiar o Marítimo. Só de me lembrar começo a ficar todo arrepiado”*.
Com o início da caminhada de Tininho na 1ª divisão a acontecer na temporada de 1977/78, a mencionada campanha, em termos individuais e também colectivos, corresponderiam às projectadas expectativas. Curiosamente, mesmo ao manter-se como um dos titulares e de ver a sua equipa conseguir a manutenção, o jogador decidir-se-ia pela mudança de emblema e, num regresso ao patamar secundário, assinaria por um emblema do continente. No Rio Ave a partir de 1978/79, a época de estreia pelos vilacondenses daria ao currículo do atacante nova promoção. Porém, ao contrário do ano vivido com o Marítimo no convívio com os “grandes”, o atleta já não conseguiria alcançar números tão faustosos. Talvez por essa razão, a sua preferência para o passo seguinte acabaria por levá-lo de volta à ilha da Madeira, opção que haveria de pôr um fim ao seu trajecto primodivisionário.
Daí em diante, Tininho passaria a alterar períodos a representar emblemas madeirenses, com novas passagens por colectividades do continente. Nacional da Madeira, União de Leiria, União da Madeira, Torreense e Câmara de Lobos preencheriam o resto da sua carreira. Numa senda um pouco errante, mas que ainda prolongaria o seu trajecto no futebol por quase uma década, o jogador decidiria “pendurar as chuteiras” com o termo da campanha de 1988/89.
*retirado do artigo escrito por João Sá, publicado a 15/05/2021 em www.csmaritimo.org.pt
Naquele que viria a ser o jogo de estreia do Marítimo no escalão secundário do Campeonato Nacional, Tininho seria escolhido pelo técnico Alberto Sachse para, frente à União de Leiria, incorporar o “onze” funchalense. Daí em diante, como um praticante de índole ofensiva que, no terreno de jogo, podia colocar-se tanto a extremo como a interior, o jogador passaria a assumir-se como um elemento preponderante nas manobras tácticas do conjunto madeirense. Nesse sentido, já com o fim da temporada de 1976/77 à vista, o atleta também seria escolhido para aquela que viria a tornar-se na partida a selar a primeira subida do clube ao escalão principal do futebol português. Frente ao Olhanense, numa ronda disputada no Estádio dos Barreiros, o treinador Pedro Gomes haveria de chamá-lo o ao “onze” inicial e, com o encontro a terminar num 4-0 favorável aos da casa, Tininho daria o seu contributo para a concretização da subida dos “Leões do Almirante Reis” – “Sempre que me lembro desse momento vem-me sempre à cabeça a enchente do Estádio dos Barreiros, quase 30 mil pessoas. Havia gente por todos os lados de pé a apoiar o Marítimo. Só de me lembrar começo a ficar todo arrepiado”*.
Com o início da caminhada de Tininho na 1ª divisão a acontecer na temporada de 1977/78, a mencionada campanha, em termos individuais e também colectivos, corresponderiam às projectadas expectativas. Curiosamente, mesmo ao manter-se como um dos titulares e de ver a sua equipa conseguir a manutenção, o jogador decidir-se-ia pela mudança de emblema e, num regresso ao patamar secundário, assinaria por um emblema do continente. No Rio Ave a partir de 1978/79, a época de estreia pelos vilacondenses daria ao currículo do atacante nova promoção. Porém, ao contrário do ano vivido com o Marítimo no convívio com os “grandes”, o atleta já não conseguiria alcançar números tão faustosos. Talvez por essa razão, a sua preferência para o passo seguinte acabaria por levá-lo de volta à ilha da Madeira, opção que haveria de pôr um fim ao seu trajecto primodivisionário.
Daí em diante, Tininho passaria a alterar períodos a representar emblemas madeirenses, com novas passagens por colectividades do continente. Nacional da Madeira, União de Leiria, União da Madeira, Torreense e Câmara de Lobos preencheriam o resto da sua carreira. Numa senda um pouco errante, mas que ainda prolongaria o seu trajecto no futebol por quase uma década, o jogador decidiria “pendurar as chuteiras” com o termo da campanha de 1988/89.
*retirado do artigo escrito por João Sá, publicado a 15/05/2021 em www.csmaritimo.org.pt
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