Ao surgir no plantel sénior do Leixões ainda na metade inicial da década de 1970, Lúcio teria a primeira campanha de destaque durante a temporada de 1975/76. No decorrer da referida época primodivisionária, o jogador haveria de sobrepor-se ao seu concorrente directo, o guarda-redes João Serrão. Curiosamente, a chegada do Benje, como reforço para o plantel do ano seguinte, devolvê-lo-ia ao banco de suplentes e, para piorar a situação, as prestações colectivas, findo o Campeonato Nacional, levariam à despromoção do emblema matosinhense.
Com a mencionada descida, Lúcio ver-se-ia vetado à disputa do escalão secundário luso. Ainda assim, mesmo afastado dos holofotes maiores do futebol, o guardião conseguiria exibições de tal forma positivas que levariam os responsáveis por outros emblemas a aferirem o atleta como um possível elemento a contratar. Porém, essa situação só viria a concretizar-se passados 5 anos a vogar na 2ª divisão. No Varzim de 1982/83, numa altura que já era um praticante com bastante traquejo competitivo, teria a oportunidade de regressar ao patamar máximo e desse modo encetar aquela que viria a tornar-se na melhor fase da sua carreira.
No Varzim, o “magriço” José Torres seria o primeiro técnico a dar ao guarda-redes a titularidade. Aliás, daí em diante, o jogador tornar-se-ia num dos principais esteios da equipa e um dos elementos que, tirando raras excepções, passaria a ilustrar o “onze” inicial dos “Lobos-do-mar”. Essa preponderância, constante durante a primeira passagem pelo clube, seria suficiente para dar ao atleta o estatuto de histórico. Outro dos factores que contribuiriam para tal avaliação, prender-se-ia com as chamadas aos vários escalões sob a intendência da Federação Portuguesa de Futebol. Nesse sentido, depois de já ter representado, por 4 vezes, o conjunto “olímpico” português, o guardião acabaria por conseguir a sua oportunidade pelos “AA”. Frente a Itália, numa partida a contar para a Fase de Apuramento do Euro 88, o treinador Juca ver-se-ia forçado a substituir o lesionado António Jesus e, com a entrada em campo no Stadio Giuseppe Meazza, Lúcio conseguiria 1 internacionalização com a principal “camisola das quinas”.
Depois da meia-dúzia de anos cumpridos com as cores do equipamento alvinegro, Lúcio decidir-se-ia pela mudança de emblema, passando, a partir da temporada de1988/89, a representar o Tirsense. Ao integrar o plantel dos “Jesuítas” ainda na 2ª divisão, o guarda-redes ajudaria a equipa a voltar ao escalão máximo. Nas duas épocas seguintes, ambas primodivisionárias, manter-se-ia sempre em plano de destaque e, apesar da veterania, conservar-se-ia como um dos nomes mais vezes chamados à titularidade. Porém, com a idade a deixar adivinhar um fim de carreira a aproximar-se, o guardião, com a saída da agremiação sediada em Santo Tirso, poria um ponto final na caminhada entre os “grandes”. Seguir-se-ia o regresso ao Varzim e para finalizar uma caminhada sénior de mais de duas dezenas de anos, o termo do trajecto enquanto futebolista, em 1993/94, já com as cores da AD São Pedro da Cova.
Apesar de arrumadas as luvas, Lúcio não ficaria afastado da modalidade. Como treinador-adjunto, construiria uma longa e sólida carreira. Sobretudo ao lado de Carlos Brito, o antigo guarda-redes passaria por emblemas como Rio Ave, Estrela da Amadora, Boavista, Nacional, Leixões, Penafiel e Freamunde.
1362 - LÚCIO
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