Joaquim Marques da Rosa, popularizado no mundo do futebol pelo diminutivo Quim, nasceria na Póvoa de Varzim e, como tantos na sua terra natal, teria no mar a fuga para pobreza – “Aos 14 anos fui para a pesca da sardinha numa catraia a remos e à vela que era do meu cunhado. Ia sempre a chorar mas tinha que ser porque a minha mãe mandava e era preciso ajudar a família”*. Desde muito novo, a faina passaria a moldar-se ao seu quotidiano. No entanto, outra actividade manter-se-ia nos tempos livres como a predilecta e os “jogos da bola”, disputados aos Domingos com os amigos, mudariam a sua vida.
Como resultado dessas pelejas desportivas, Quim haveria de ser convidado para representar o Varzim. Integrado na equipa de juniores, logo passaria de destacar-se como um defesa-central batalhador, corajoso e seguro. Ainda assim, o seu ganha-pão continuaria a estar nas linhas e redes de pesca e o jogador, muito para além do tempo passado com a camisola alvinegra, manteria as actividades marítimas, como a prioridade do seu dia-a-dia. Tudo mudaria aquando do convite dos dirigentes do clube poveiro para que assinasse um contrato profissional. Já na equipa principal, conquistaria um lugar de relevo e inscreveria o seu nome como um dos históricos futebolistas dos “Lobos do Mar”.
Inicialmente nas disputas dos patamares secundários, não demoraria muito tempo para que Quim experimentasse o sabor das contendas maiores do futebol português. Tendo entrado para os seniores varzinistas na temporada de 1960/61, o defesa transformar-se-ia numa peça fulcral para a ascensão da colectividade nortenha ao convívio com os “grandes”. A tão almejada subida aconteceria com a classificação conseguida no final da campanha de 1962/63, com a consequente promoção a levar o clube à estreia na 1ª divisão. Logicamente, esse Campeonato Nacional de 1963/64 também ficaria registado como o passo inicial do atleta no maior degrau luso. Orientado por Artur Quaresma e ao lado de outros nomes bem populares no futebol do Varzim, tais como Fernando Ferreira, Sidónio, Justino ou Salvador, a sua presença no esquema táctico do referido treinador, e dos seguintes, manter-se-ia deveras relevante e a importância revelada levá-lo-ia a apontar a outros voos – “Tive convites para jogar no Guimarães e no FC do Porto, mas o Varzim não vendeu a minha carta. Representei a selecção militar e fui chamado à selecção A e B, para defrontar a Espanha, em Córdoba. Perdemos 3-0, mas não cheguei a jogar”*.
Com as possíveis transferências chumbadas pelos directores do Varzim, Quim manteve-se no clube por vários anos, dos quais viriam a destacar-se as 8 temporadas consecutivas vividas na 1ª divisão. Em suma, o defesa passaria 16 anos com a equipa principal dos “Lobos do Mar”, número apenas ultrapassado pelo também defesa-central Alexandre. Contudo, muito mais do que alicerçada em algarismos, a sua carreira desportiva, dedicada em exclusivo aos “Alvi-Negros”, seria sublinhada pela paixão à modalidade e pelo respeito com todos os que com ele viriam a cruzar-se.
*retirado do artigo de José Peixoto, publicado a 22/04/2016, em www.correiodoporto.pt
Como resultado dessas pelejas desportivas, Quim haveria de ser convidado para representar o Varzim. Integrado na equipa de juniores, logo passaria de destacar-se como um defesa-central batalhador, corajoso e seguro. Ainda assim, o seu ganha-pão continuaria a estar nas linhas e redes de pesca e o jogador, muito para além do tempo passado com a camisola alvinegra, manteria as actividades marítimas, como a prioridade do seu dia-a-dia. Tudo mudaria aquando do convite dos dirigentes do clube poveiro para que assinasse um contrato profissional. Já na equipa principal, conquistaria um lugar de relevo e inscreveria o seu nome como um dos históricos futebolistas dos “Lobos do Mar”.
Inicialmente nas disputas dos patamares secundários, não demoraria muito tempo para que Quim experimentasse o sabor das contendas maiores do futebol português. Tendo entrado para os seniores varzinistas na temporada de 1960/61, o defesa transformar-se-ia numa peça fulcral para a ascensão da colectividade nortenha ao convívio com os “grandes”. A tão almejada subida aconteceria com a classificação conseguida no final da campanha de 1962/63, com a consequente promoção a levar o clube à estreia na 1ª divisão. Logicamente, esse Campeonato Nacional de 1963/64 também ficaria registado como o passo inicial do atleta no maior degrau luso. Orientado por Artur Quaresma e ao lado de outros nomes bem populares no futebol do Varzim, tais como Fernando Ferreira, Sidónio, Justino ou Salvador, a sua presença no esquema táctico do referido treinador, e dos seguintes, manter-se-ia deveras relevante e a importância revelada levá-lo-ia a apontar a outros voos – “Tive convites para jogar no Guimarães e no FC do Porto, mas o Varzim não vendeu a minha carta. Representei a selecção militar e fui chamado à selecção A e B, para defrontar a Espanha, em Córdoba. Perdemos 3-0, mas não cheguei a jogar”*.
Com as possíveis transferências chumbadas pelos directores do Varzim, Quim manteve-se no clube por vários anos, dos quais viriam a destacar-se as 8 temporadas consecutivas vividas na 1ª divisão. Em suma, o defesa passaria 16 anos com a equipa principal dos “Lobos do Mar”, número apenas ultrapassado pelo também defesa-central Alexandre. Contudo, muito mais do que alicerçada em algarismos, a sua carreira desportiva, dedicada em exclusivo aos “Alvi-Negros”, seria sublinhada pela paixão à modalidade e pelo respeito com todos os que com ele viriam a cruzar-se.
*retirado do artigo de José Peixoto, publicado a 22/04/2016, em www.correiodoporto.pt
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