1464 - MANUEL JOSÉ

Com grande parte do percurso formativo feito ao serviço do FC Porto, Manuel José Azevedo Vieira cedo também começaria a ser chamado aos trabalhos sob a intendência da Federação Portuguesa de Futebol. Com a “camisola das quinas", o jovem praticante estrear-se-ia a 17 de Fevereiro de 1996, no Torneio Internacional do Algarve. Essa partida, frente à Rússia, serviria de arranque a uma caminhada que levaria o jogador, ao passar praticamente por todos os escalões, a chegar à equipa “B” de Portugal e a acumular um total de 63 internacionalizações.
Como uma das grandes promessas das “escolas” do FC Porto, Manuel José faria a sua estreia como sénior no decorrer da temporada de 1999/00. Inicialmente no conjunto “B” dos “Dragões”, o centrocampista, sem conseguir fixar-se no plantel principal, passaria a campanha de 2001/02 cedido ao União de Lamas. A evolução demonstrada, logo na época seguinte à do empréstimo, reservar-lhe-ia um lugar no grupo de trabalho à guarda de José Mourinho. No entanto, numa equipa a preparar-se para atingir o topo do futebol europeu e mundial, o médio conseguiria poucas oportunidades para demonstrar as suas habilidades. Ainda assim, entraria em campo numa das partidas a contar para a Taça de Portugal, juntando ao palmarés pessoal a vitória na edição de 2002/03 da “Prova Rainha”.
A falta de espaço no plantel “azul e branco” levá-lo-ia, ainda no discorrer da temporada de 2002/03 a encetar uma nova senda de empréstimos. Académica de Coimbra, Vitória Sport Clube e Vitória Futebol Clube seriam os emblemas a apadrinhar as referidas etapas. Mesmo ao apresentar bons resultados nas diferentes experiências vividas, seria ao serviço do conjunto a jogar em casa no Estádio do Bonfim que o atleta viveria outro dos grandes momentos da sua carreira. Como um dos pilares da equipa, o jogador transformar-se-ia num dos principais elementos a carregar os “Sadinos” até ao derradeiro desafio da Taça de Portugal de 2004/05. No Jamor, com José Rachão como treinador, Manuel José acabaria chamado ao “onze” a defrontar o Benfica. Para melhorar a conjuntura, seria do médio um dos golos que ajudariam a agremiação do listado verde e branco a derrotar as “Águias” e, com o placard final a assinalar 2-1, o almejado troféu sairia do Estádio Nacional em direcção à cidade de Setúbal.
As boas campanhas feitas no âmbito primodivisionário levariam o Boavista a apostar na sua contratação. A passagem pelo Bessa, mesmo sem qualquer título associado, serviria para promovê-lo como um praticante de destinta categoria. O vincar das suas qualidades levá-lo-iam a abraçar outro desafio. Convidado para integrar o plantel de 2006/07 do Cluj, Manuel José tornar-se-ia, com o valor da sua técnica e entendimento do jogo, num dos grandes esteios da associação romena. No que diz respeito às conquistas obtidas, a sua passagem pelo Leste da Europa também emergiria como proveitosa. Num grupo de trabalho onde, durante a sua passagem de 3 anos, encontraria inúmeros nomes bem conhecidos do futebol luso, casos de Tony, Fredy, Cadú, António Semedo, André Leão, Amoreirinha, entre outros, o atleta acrescentaria ao seu palmarés 1 Liga e 2 Taças da Roménia.
De regresso a Portugal na temporada de 2009/10, Manuel José acabaria por ingressar naquele que viria a tornar-se no emblema mais representativo da sua carreira sénior. No Paços de Ferreira, onde actuaria durante 7 épocas, assumir-se-ia sempre como um dos elementos mais importantes para os diferentes treinadores. Como uma das peças centrais das estratégias dos “Castores”, o médio participaria em capítulos inolvidáveis na história da colectividade. Um dos momentos mais importantes surgiria com o 3º lugar na tabela classificativa do Campeonato Nacional de 2012/13, o qual daria a qualificação para a Liga dos Campeões do ano seguinte. Na pré-eliminatória da referida competição, aos pacenses calharia em sorte os russos do Zenit. Apesar de eliminado o conjunto luso e de, com isso, terem saltado para a Liga Europa, destaque para o embate da 2ª mão, em São Petersburgo, onde Manuel José concretizaria 1 golo.
Depois de deixar o emblema sediado na “Cidade dos Móveis” como um dos atletas que, na 1ª divisão, mais representaria o Paços de Ferreira, Manuel José passaria a envergar a camisola de 2016/17 do Leixões. Ainda na aludida época, com a abertura do “Mercado de Inverno”, o centrocampista transferir-se-ia para o Gondomar. Seguir-se-ia, num trajecto competitivo a aproximar-se do fim, o Candal e as disputas no âmbito das competições agendadas no calendário da associação de Futebol do Porto.
Paralelemente aos anos cumpridos na colectividade de Vila Nova de Gaia, Manuel José encetaria sua carreira enquanto técnico. Nessas funções, para além da passagem pelas camadas jovens do Gondomar, o antigo futebolista também teria experiências como treinador-adjunto do Candal e, na época corrente (2023/24), no Vila FC.

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