Concluiria a formação no emblema da sua terra natal. Porém, a passagem dos juniores para os seniores não correria como o esperado e as 4 primeiras campanhas após a dita transição passá-las-ia ao serviço das “reservas” do Varzim. Na sequência desse primeiro desaire, seria apenas na temporada de 1971/72 que o defesa-central finalmente conseguiria convencer os responsáveis técnicos do clube. Após um arranque de carreira um pouco “lento”, a verdade é que daí em diante o jogador impor-se-ia como um elemento fulcral no arranjo táctico dos “Lobos-do-mar”. Ainda assim, com o conjunto do listado alvinegro a manter-se apenas pelas lutas dos escalões secundários, seriam precisos mais alguns anos para que Artur Nogueira Ferreira chegasse ao convívio com os “grandes”.
Depois de ajudar o Varzim a sagrar-se campeão da edição de 1975/76 do Campeonato Nacional da 2ª divisão, Artur seria desafiado a mudar de clube. Com a entrada no Bessa a acontecer na temporada de 1976/77, numa altura em que já contava 28 anos de idade, o defesa-central depressa começaria a conquistar um lugar de destaque no plantel do Boavista. Orientado por Mário Wilson, logo na época inicial com as “Panteras”, o jogador seria chamado à novidade da disputa da Taça dos Vencedores das Taças. Num crescimento deveras rápido, mas condizente com a regularidade, eficácia e maturidade apresentadas dentro de campo, o atleta, na época seguinte, acabaria puxado para os trabalhos dos conjuntos sob a guarda da Federação Portuguesa de Futebol. A estreia, no âmbito da equipa “B” de Portugal, aconteceria a 8 de Março de 1978, num particular frente à França. Seguir-se-ia, numa altura em que o escalão admitia alguns convocados excepcionalmente fora da idade prevista, um jogo pelos “esperanças”. Por fim, com um novo desafio pelos “BB” lusos, viria a 3ª internacionalização a colorir o seu currículo.
No Boavista, já na alçada de Jimmy Hagan, o jogador adicionaria ao palmarés pessoal o primeiro grande título da carreira. Chamado pelo técnico inglês para a final e para a finalíssima da Taça de Portugal de 1978/79, o defesa-central, como um dos titulares indiscutíveis nas “Panteras”, tornar-se-ia num dos elementos fulcrais para a vitória frente ao Sporting. À glória do título ganho, seria também dele o regozijo de, na condição de capitão de equipa, receber o troféu correspondente ao triunfo na “Prova Rainha”. Já na sequência da competição conquistada no Estádio Nacional do Jamor, a colectividade portuense, com Mário Lino como treinador, entraria na disputa da primeira edição da Supertaça. Num “derby” da “Cidade Invicta”, frente ao FC Porto, mais uma vez os “Axadrezados” conseguiriam superiorizar-se ao adversário. Nesse novo sucesso colectivo e depois de ajudar a derrotar os “Azuis e Brancos”, seria novamente de Artur a honra de erguer o “caneco”.
Após 7 épocas ao serviço do Boavista, durante as quais conseguiria somar um total de 231 jogos oficiais, o atleta despedir-se-ia das “Panteras” para, nos derradeiros capítulos como futebolista, ainda cumprir um par de temporadas com as cores do Vitória Futebol Clube. Ao “pendurar as chuteiras” com o termo da campanha de 1984/85, o antigo defesa-central passaria a assumir as funções de treinador. Como técnico-principal, numa senda que começaria ao serviço dos alentejanos do Estrela de Portalegre, Artur construiria uma carreira feita essencialmente em colectividades dos escalões secundários. Para além do já referido, ainda guiaria emblemas como o Oriental, “Os Marialvas”, o Recreio de Águeda, AD Guarda, o Sporting de Lamego, o Gondomar ou o Rio Tinto. No entanto, nesse trilho, o destaque iria para o seu regresso ao Bessa, para trabalhar com o plantel de 1990/91.
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