Estrear-se-ia como sénior, na segunda metade da década de 1980, ao serviço do CSM Resita. Embora a militar no segundo escalão romeno, Nica Panduru, muito por conta das habilidades técnicas, depressa começaria a destacar-se dos demais colegas. Essas qualidades, bem patentes nas suas exibições, levá-lo-ia a ser cobiçado por um dos emblemas de maior tradição na Europa e a transferência para o Steaua Bucaresti confirmar-se-ia na temporada de 1990/91.
Na colectividade da capital da Roménia, Panduru continuaria a sublinhar-se como um intérprete de qualidade superior. Nesse sentido, muito mais do que a afirmação em contexto interno, a preponderância revelada a nível do clube, faria com que os responsáveis federativos arrolassem o seu nome para os trabalhos da principal selecção do país do leste europeu. Com as cores da sua nação, o médio-ofensivo faria a estreia a 12 de Fevereiro de 1992. Chamado por Mircea Radulescu, o jogador, nesse amigável frente à Grécia, daria início a uma caminhada que, para além das 22 internacionalizações “A”, dar-lhe-ia ao currículo a presença no Campeonato do Mundo de 1994. No torneio disputado nos Estados Unidos da América, ao lado de craques como Popescu, Petrescu, Dumitrescu, Raducioiu ou Gheorghe Hagi, o atleta entraria em campo por duas ocasiões e, desse modo, ajudaria a sua equipa a atingir os quartos-de-final da prova.
Voltando ao percurso clubístico, Nica Panduru, como um dos esteios do Steaua Bucaresti, tornar-se-ia numa figura das conquistas do emblema por si envergado. Ao ajudar à vitória em 3 Campeonatos, 1 Taça da Roménia e 2 Supertaças, o jogador veria a sua cotação a subir. No entanto, apesar dos importantes títulos, seriam as competições de índole continental a mudar-lhe o rumo à carreira e numa partida da Liga dos Campeões de 1994/95, o médio acabaria observado por um treinador português – “O Artur Jorge fez questão de me contratar, depois de um Steaua-Benfica. Fiz um golo ao grande Michel Preud'Homme. O Benfica era um histórico, um grande clube e para mim a oportunidade pareceu-me irrecusável”*.
No Benfica a partir da campanha de 1995/96, Panduru experimentaria a instabilidade causada pelos anos da presidência de José Vale e Azevedo. Logo a meio da época de entrada na Luz, o jogador seria emprestado aos suíços do Neuchâtel Xamax. Mesmo regressado a Lisboa, a verdade é que o jogador romeno, muitas vezes acusado de ser pouco batalhador, nunca conseguiria, de forma concreta, conquistar um lugar no “onze” das “Águias”. Ainda assim, os anos passados com os “Encarnados” serviriam para conquistar 1 Taça de Portugal. No entanto, nem o referido título convenceria o atleta a continuar ao serviço da colectividade “alfacinha” e o convite vindo da “Cidade Invicta” fá-lo-ia trocar de camisola.
Na mudança para o FC Porto de 1998/99, Panduru passaria a trabalhar sob a alçada de Fernando Santos. Apesar de pouco utilizado, o médio-ofensivo teria o seu nome inscrito no último dos Campeonatos Nacionais conquistados na inolvidável senda do “Penta”. Porém, a pouca utilização faria com que, na campanha seguinte, fosse emprestado ao Salgueiros. Já o regresso às Antas, em 2000/01, não traria para a sua caminha grandes novidades. Integrado no rol de dispensados, o jogador passaria a trabalhar apenas com a equipa “b”. No decorrer da temporada de 2001/02, ainda seria veiculado por alguns órgãos de comunicação a possível transferência do atleta para os gregos do Panionios. A verdade é que tal nunca viria a concretizar-se e com o termo da época, o internacional romeno decidiria terminar a carreira enquanto futebolista.
Apesar de “pendurar as chuteiras” precocemente, Panduru voltaria a ligar-se ao futebol. Como treinador, o antigo médio tem trilhado o seu percurso essencialmente em emblemas da Roménia. Também passaria pelo papel de Director Desportivo do Steaua Bucaresti e, igualmente no seu país natal, tem emprestado ao papel de comentador televisivo a sua experiência na modalidade.
*retirado da entrevista de Pedro Jorge da Cunha, publicada a 17/09/2015, em https://maisfutebol.iol.pt
Na colectividade da capital da Roménia, Panduru continuaria a sublinhar-se como um intérprete de qualidade superior. Nesse sentido, muito mais do que a afirmação em contexto interno, a preponderância revelada a nível do clube, faria com que os responsáveis federativos arrolassem o seu nome para os trabalhos da principal selecção do país do leste europeu. Com as cores da sua nação, o médio-ofensivo faria a estreia a 12 de Fevereiro de 1992. Chamado por Mircea Radulescu, o jogador, nesse amigável frente à Grécia, daria início a uma caminhada que, para além das 22 internacionalizações “A”, dar-lhe-ia ao currículo a presença no Campeonato do Mundo de 1994. No torneio disputado nos Estados Unidos da América, ao lado de craques como Popescu, Petrescu, Dumitrescu, Raducioiu ou Gheorghe Hagi, o atleta entraria em campo por duas ocasiões e, desse modo, ajudaria a sua equipa a atingir os quartos-de-final da prova.
Voltando ao percurso clubístico, Nica Panduru, como um dos esteios do Steaua Bucaresti, tornar-se-ia numa figura das conquistas do emblema por si envergado. Ao ajudar à vitória em 3 Campeonatos, 1 Taça da Roménia e 2 Supertaças, o jogador veria a sua cotação a subir. No entanto, apesar dos importantes títulos, seriam as competições de índole continental a mudar-lhe o rumo à carreira e numa partida da Liga dos Campeões de 1994/95, o médio acabaria observado por um treinador português – “O Artur Jorge fez questão de me contratar, depois de um Steaua-Benfica. Fiz um golo ao grande Michel Preud'Homme. O Benfica era um histórico, um grande clube e para mim a oportunidade pareceu-me irrecusável”*.
No Benfica a partir da campanha de 1995/96, Panduru experimentaria a instabilidade causada pelos anos da presidência de José Vale e Azevedo. Logo a meio da época de entrada na Luz, o jogador seria emprestado aos suíços do Neuchâtel Xamax. Mesmo regressado a Lisboa, a verdade é que o jogador romeno, muitas vezes acusado de ser pouco batalhador, nunca conseguiria, de forma concreta, conquistar um lugar no “onze” das “Águias”. Ainda assim, os anos passados com os “Encarnados” serviriam para conquistar 1 Taça de Portugal. No entanto, nem o referido título convenceria o atleta a continuar ao serviço da colectividade “alfacinha” e o convite vindo da “Cidade Invicta” fá-lo-ia trocar de camisola.
Na mudança para o FC Porto de 1998/99, Panduru passaria a trabalhar sob a alçada de Fernando Santos. Apesar de pouco utilizado, o médio-ofensivo teria o seu nome inscrito no último dos Campeonatos Nacionais conquistados na inolvidável senda do “Penta”. Porém, a pouca utilização faria com que, na campanha seguinte, fosse emprestado ao Salgueiros. Já o regresso às Antas, em 2000/01, não traria para a sua caminha grandes novidades. Integrado no rol de dispensados, o jogador passaria a trabalhar apenas com a equipa “b”. No decorrer da temporada de 2001/02, ainda seria veiculado por alguns órgãos de comunicação a possível transferência do atleta para os gregos do Panionios. A verdade é que tal nunca viria a concretizar-se e com o termo da época, o internacional romeno decidiria terminar a carreira enquanto futebolista.
Apesar de “pendurar as chuteiras” precocemente, Panduru voltaria a ligar-se ao futebol. Como treinador, o antigo médio tem trilhado o seu percurso essencialmente em emblemas da Roménia. Também passaria pelo papel de Director Desportivo do Steaua Bucaresti e, igualmente no seu país natal, tem emprestado ao papel de comentador televisivo a sua experiência na modalidade.
*retirado da entrevista de Pedro Jorge da Cunha, publicada a 17/09/2015, em https://maisfutebol.iol.pt
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