1515 - AMOREIRINHA

Com o percurso formativo terminado com as cores do Alverca, seria ainda como membro das “escolas” do emblema ribatejano que Eurípedes Amoreirinha seria chamado aos trabalhos da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos sub-18, a estreia com a “camisola das quinas” aconteceria, pela mão de Carlos Dinis, a 6 de Junho de 2002. Essa partida frente à Noruega, a contar para o Torneio Internacional Cidade de Lisboa, serviria de tiro de partida para uma senda que levaria o defesa, em diversos escalões de formação, a atingir os 37 jogos pelos conjuntos lusos. Nesse total incluir-se-iam as presenças em diversos certames de monta, como o Euro sub-19 de 2003, onde Portugal conseguiria o 2º lugar, o Euro sub-21 de 2007 e as 3 participações no Torneio de Toulon, de onde o atleta e os colegas sairiam vitoriosos da edição de 2003.
No que diz respeito à caminhada clubística, a Amoreirinha, ainda em idade júnior, seria dada a oportunidade de fazer a estreia nas competições seniores. Lançado no decorrer da temporada de 2002/03, logo os tempos iniciais de primeira equipa proporcionariam um momento caricato – “Num jogo no Alverca, estava eu a começar a carreira, há um contra-ataque contra o Alverca, junto ao nosso banco, e o mister José Couceiro grita «mata, mata, mata», para eu matar a jogada. Mata, mata? Eu sempre fui um jogador impetuoso e lá fui eu dar uma porrada no adversário. O árbitro chega, dá amarelo e o Couceiro grita: «Porra, miúdo! Mata não é o jogador, é a jogada!»*.
Com uma ascensão deveras positiva, a segunda temporada no conjunto principal do Alverca, depois de consumada a subida de escalão na época anterior, serviria para Amoreirinha fazer a estreia na 1ª divisão. Apesar da pouca experiência do jogador, o defesa, ajudado pela sua polivalência, haveria de impor-se na agremiação ribatejana como um dos nomes mais utilizados. As boas exibições realizadas durante essa temporada de 2003/04, fariam com que começasse a ser cobiçado pelos principais emblemas portugueses. Com o FC Porto já na corrida pela sua contratação, seria o Benfica a convencê-lo a rubricar nova ligação. Na mudança para a Luz, o atleta encontraria, tanto na direita, como no centro do sector mais recuado, uma forte concorrência e esse factor faria com que fosse pouco utilizado por Giovanni Trapattoni.
Mesmo emprestado a meio da campanha de chegada ao Benfica, as partidas disputadas no Campeonato Nacional serviriam para que entrasse no rol de nomes vencedores daquela que é prova de maior destaque no calendário futebolístico português. Já no Estoril Praia, como nos dois anos seguintes, durante os quais seria cedido ao Estrela da Amadora, as indicações dadas pelo defesa, sempre a actuar no cenário primodivisionário, fariam prever um regresso à Luz. A verdade é que tal não ocorreria e o jogador, para a temporada de 2007/08, seria vendido ao CFR Cluj. Todavia, a única época passada na Roménia também não correria de feição, com Amoreirinha, depois de um empréstimo ao UTA Arad, a preferir voltar a Portugal. Curiosamente, os anos seguintes, ainda que na 1ª divisão, revelariam um praticante a perder o fulgor e nas 3 campanhas cumpridas pela Académica de Coimbra, como nas 2 subsequentes já ao serviço do Vitória Futebol Clube, o atleta nunca iria afirmar-se como titular.
Após o termo da época de 2012/13, o que restaria da sua caminhada profissional seria feita pelos escalões secundários. Nesse sentido, Benfica e Castelo Branco, Santa Clara e Penafiel anteporiam os derradeiros capítulos da carreira de Amoreirinha, a qual ainda teria algumas experiências nos “distritais”, nomeadamente no Sampedrense e, para finalizar, no plantel de 2018/19 do Moimenta da Beira.

*retirado do artigo publicado a 06/03/2018, em https://bancada.pt

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