112 - URIBE

Marcou 2 golos nas primeiras partidas ao serviço do Benfica. Um deles de livre-directo frente ao Sporting que, ainda assim, não evitou a eliminação dos “Encarnados” da Taça de Portugal.
Com um começo auspicioso, ainda houve quem pensasse que o chileno contratado ao Colo-Colo em Janeiro de 2000, fosse o estímulo para a ressurreição do emblema lisboeta. Mas a ilusão, mais uma vez, pouco durou e nem José Mourinho, que tentou adaptar o médio-centro a defesa-esquerdo, conseguiu fazer alguma coisa por Uribe!
A promessa, que tinha despontado no Mundial sub-20 realizado em 1995 no Qatar, nunca conseguiu livrar-se do estigma de um jogador lento e limitado de ideias. Não conseguiu destacar-se no Benfica, nem quando surgiu nova oportunidade. Essa chance no futebol português, foi-lhe dada na temporada de 2003/04, quando o Moreirense decidiu apostar na "recuperação" da sua imagem. Tempo perdido, pois nem num clube com objectivos mais comedidos, Uribe conseguiu impor-se.
No entanto, não foi de todo inútil essa nova passagem por Portugal. Pelo menos, o seu regresso serviu para exorcizar algumas ideias antigas. Esses fantasmas, que justificavam o seu insucesso com a instabilidade vivida pelas "Águias", acabariam por desaparecer. Com tal, a conclusão a que podemos chegar é que o "Platini do Chile", ao contrário do seu "homónimo", pouco tem acrescentado ao futebol… Seja esse "acréscimo” dado no campo ou, como bem sabe o francês, nos jogos de bastidores!

111 - PAULINHO CÉSAR "McLAREN"

Baptizado no Brasil, após ter dedicado um golo ao piloto Ayrton Senna, a alcunha "McLaren" nunca pegou em Portugal. Não colou o apelido, nem o jogador!
A história é idêntica a tantas outras. Paulinho César, que era um dos avançados mais carismáticos do Santos, ainda não tinha conseguido justificar uma transferência para a Europa. Essa oportunidade, numa altura em que já não era propriamente novo, apareceu após sagrar-se no Melhor Marcador do “Brasileirão”. Com a consagração atingida em 1992 e bem perto de completar 30 anos, o jogador lá conseguiu a tão almejada chance.  
Apesar de chegar a Portugal como uma vedeta, o avançado nunca brilhou no FC Porto. Em abono da verdade, com 1 golo na conquista da Supertaça, Paulinho César até começou bem. Porém, nesse jogo sofreu uma grave lesão e, a partir daí, tudo mudou.
Ainda assim, poderá sempre dizer que chegou e venceu um Campeonato. Porém, não foi de certeza à sua custa. O veloz atacante que, para além de ser um exímio marcador, também era conhecido por ser um bom construtor de jogadas, poucas vezes foi visto em Portugal. Acabou por voltar ao seu país e, perseguido por uma má sina, nunca mais conseguiu encontrar bom-porto!
O resto da sua carreira transformou-se num verdadeiro corrupio. As constantes mudanças de camisola, para grande desilusão dos seus fãs, acabariam por transformar o "McLaren" num "todo-o-terreno"!

110 - NENÊ

Aterrou em Portugal para representar aquele que, na temporada de 1997/98, era um Sporting de Liga dos Campeões. Apesar de não ser um nome muito sonante, também não houve quem garantisse que o jovem futebolista, não pudesse ser considerado um verdadeiro reforço. A verdade é que o defesa-central era, à altura, uma das boas promessas do futebol brasileiro. Para tal estatuto tinham contribuído duas razões. Um desses factores seriam as exibições ao serviço do Guarani. No entanto, o momento mais importante surgiria com a estreia pelo “Escrete”, quando contava 19 anos apenas e ainda representava o Juventus de São Paulo.
Em Alvalade, o jogador que até tinha dado bons sinais no Brasil, nunca passou de uma hipótese. Existiram, com certeza, uma série de factores responsáveis pelo seu insucesso. No entanto, não podemos dissociar o seu fracasso aos dias conturbados que Sporting acabou por viver. O início dessa época, com uma vitória caseira frente ao AS Monaco, até começou bem. O pior veio depois e passados quatro treinadores e uma "limpeza de balneário" levariam o defesa de volta ao Brasil.
Na temporada de 1998/99 Nenê ainda regressou a Portugal, mas só para ter o privilégio de conseguir sentar-se no banco de suplentes.

109 - WALTER PAZ

Terminado estava o Mundial sub-20 de 1991, realizado em Lisboa. Walter Paz, resultado de ter sido considerado um dos melhores jogadores do torneio, fazia com que muitos olhos fossem à sua procura. Jogava na altura, no Argentinos Juniors.
Só em 1994, é que alguém na Europa decidiu apostar nele. O risco foi assumido pelo saudoso Sir Bobby Robson que, após convencer o jogador das vantagens em jogar nos “Dragões”, trouxe o atleta para a "Cidade Invicta". À sua chegada mostrou ambição, ao avaliar-se como um médio de pendor ofensivo e capaz de muitas assistências. Porém, nada do que prometeu veio a concretizar-se. Ainda assim, à espera que pudesse emergir, o FC Porto emprestou o futebolista ao Gil Vicente. No entanto, o argentino continuou a nada mostrar. Voltou ao seu país natal e, tirando algumas excepções, nunca conseguiu afirmar-se de forma condizente com as projecções que, durante anos, foram feitas para a sua carreira.
O que sobrou do seu trajecto desportivo foi passado, maioritariamente, em clubes pequenos. Ainda regressou à Europa para representar os escoceses do Dundee United. Todavia, com o avançar da sua caminhada profissional tornou-se óbvio que médio, neto de algarvios, nunca passou de uma promessa por cumprir.

108 - PRINGLE

Todos nós sabemos que "O carteiro toca sempre duas vezes". Comigo não foi diferente, e este antigo trabalhador dos correios da Suécia tocou-me no coração por duas ocasiões!
A primeira vez foi quando chegou a Lisboa vindo do Helsingborgs. A culpa, confesso, não terá sido dele, mas das boas recordações que os seus compatriotas deixaram no Benfica. Essa memória fez-me pensar que o sueco podia ser a solução para a desgraça em que as “Águias” andavam mergulhadas!
A segunda ocasião surgiu quando já poucos davam alguma coisa por ele. Para adoçar um pouco mais a minha ilusão, Pringle, numa partida frente ao Leça, concretizou 2 dos 6 golos marcados em 2 épocas e meia em Portugal!
Durou pouco tempo o meu engano e o avançado, que até ganhou notabilidade nos primeiros anos de carreira como defesa-central, foi vendido para Inglaterra. Ao serviço do Charlton, a sua participação até nem começou por ser, de todo, negativa. No entanto, sucessivas lesões fizeram com que deixasse de ser umas das primeiras escolhas no emblema da metrópole londrina. Para não acabar de forma muito brilhante, e já ao serviço do Grimsby Town, nada melhor que uma perna partida em dois sítios, para deitar por terra a esperança de vir a ser um bom jogador!

107 - BUKOVAC

Quando começou a "importação" de jogadores vindos de leste, Bukovac foi um dos primeiros a chegar a Portugal. Preparava o Sporting a época de 1982/83 e a saída de Inácio para o FC Porto exigia uma resposta célere. A solução encontrada foi o defesa búlgaro (ou sérvio?)*. Porém, a escolha revelar-se-ia pouco, ou nada, acertada e o lateral-esquerdo fez poucos jogos pelo emblema leonino.
Não sei se deixou grandes saudades. Por outro lado, Bukovac deu início a um exercício que ainda perdurou durante alguns anos. Agradeceu o União da Madeira que, na sua entrada para a 1ª divisão, elevou o casamento de jogadores estrangeiros com mulheres portuguesas, a uma prática recorrente.
Após 1 época em Alvalade, o defesa canhoto acabou por tentar a sua sorte no Farense. Com resultados mais consistentes, jogou ainda no Estoril Praia e, salvo confusão da minha memória, vestiu também a camisola do Portimonense. Terminada a sua carreira de jogador, continuou ligado ao meio como empresário. Surpreendentemente, em 2009 surgiu como o elemento a ocupar o lugar de Director Desportivo, na lista do candidato à presidência do Sporting, Paulo Cristóvão.
Mantém-se por Portugal, agora mais ligado ao golfe... Resta saber se ainda é casado com a mesma senhora!

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106 - DÍAZ

Diaz é um verdadeiro desafio para a memória! As recordações que retenho deste defesa-central não são muitas. No entanto, lembro-me da sua chegada; lembro-me da pompa com que foi anunciada a sua contratação.
Em 1996, Alejandro Díaz era visto uma das grandes promessas do futebol uruguaio. Aos 22 anos de idade, quando chegou ao FC Porto vindo do Liverpool de Montevideu, dizia-se que era cobiçado por alguns dos "gigantes" da Europa, mormente, Barcelona e Real Madrid. O pior veio depois e o atleta não cumpriu nenhuma das projecções feitas para sua carreira. Nos 3 anos seguintes, os que passou em Portugal ao serviço dos "Dragões", apenas jogou 10 minutos. Nas 2 últimas temporadas, treinou à margem do restante plantel e acabaria por voltar ao Uruguai.
 O seu regresso, nem as várias internacionalizações que tinha conseguido em muitos dos escalões de formação, serviram de base para catapultar, novamente, a sua carreira. Alguns anos mais tarde, segundo um currículo publicado no "site" do seu antigo empresário, Díaz ainda tentou a sua sorte nos italianos do Sambenedettese. Mais uma vez, não teve sucesso.
Após o fim da carreira decidiu continuar ligado ao futebol, no entanto de forma peculiar. O antigo jogador criou uma ONG, cujo objectivo é auxiliar jogadores vítimas das máfias associadas à modalidade!

105 - GIL BAIANO

Não conseguiu atingir a mesma quantidade de emblemas que o "cromo" anterior, mas 9 clubes na carreira não é nada mau! Bem, seria realmente um número a destacar, não fosse esse tipo de registo sinónimo de alguma mediocridade e o reflexo de muitas dispensas.
Voltando a Gil Baiano, é impossível dizer que sua carreira foi espectacular. Admirável, acabou também por ser o atrevimento das suas declarações, aquando da sua chegada a Lisboa. Em 1996, o lateral-direito apresentou-se como um “pé quente” e relembrou os troféus ganhos pelos emblemas anteriores. Não sendo de todo mentira, o que aconteceu no Sporting acabou bem longe de qualquer triunfo pessoal ou colectivo.
Claro que a sua carreira teve êxitos! Um deles, foi a convocatória à selecção brasileira. Porém, a primeira chamada conseguidas pelo defesa, nasceu de um episódio, um tanto ou quanto, caricato. Em 1991, Falcão, o seleccionador da altura, lembrou-se de não listar jogadores que representassem emblemas estrangeiros. Dessa decisão surgiu a oportunidade para o lateral que, desse modo, atingiu a meia dúzia de internacionalizações.
 Gil Baiano também ganhou um “Brasileirão” ao serviço do Palmeiras e vários “estaduais”. No entanto, a imagem que deixou em Portugal, principalmente na memória dos adeptos leoninos, foi a de um jogador sem "chama", a de um jogador lento que demorava a atacar e mais atrasado chegava na hora de defender!

104 - CLÁUDIO ADÃO

Apesar de ter sido, até há bem pouco tempo, um verdadeiro mistério para mim, este avançado brasileiro, cuja estadia em Portugal pode ser, simpaticamente, adjectivada como efémera, no Brasil, pelo qual chegou a internacional, foi considerado um grande jogador.
Cláudio Adão, na sua carreira de mais de 20 anos, passou por 21 emblemas e 5 países diferentes. Apelidado de "Cigano", tal a frequência com que mudou de clube, teve na passagem pelo Benfica, um dos episódios mais fugazes da sua vida como futebolista. Na "Luz", comandado por Sven-Goran Eriksson, o avançado chegou apenas à partida de apresentação da temporada de 1983/84. Tirando o referido encontro, um empate a 2 bolas com o Coventry, não há registo algum, oficial ou não, de outra participação sua com as cores das "Águias".
O atleta, nos dias a seguir ao “amigável”, acabou por deixar Lisboa. Segundo o que foi veiculado por essa altura, o internacional “canarinho”, que nunca teve um contrato assinado, desentendeu-se com a direcção do clube “encarnado” e decidiu regressar ao seu país. Ora, não fossem alguns cromos e afins imagens, bem que poderíamos considerá-lo quase como uma miragem! E a verdade é que, sem ter marcado presença em jogos das nossas provas nacionais, praticamente foi!

FLOPS... E DOS GRANDES!!!

Há os mais discretos e até os exuberantemente alvitrados como verdadeiros Messias. Atacando todas as classes, é no entanto, nas distracções dos ditos "grandes" que o seu voraz engodo é mais notado. Em incidências sazonais, com preferência pelo final do Verão, não há ano algum em que os seus ataques não sejam sentidos. Para ele não há remédios, vacinas ou outra qualquer profilaxia suficientemente fortes para conseguir combatê-los! 
Assim, é por uma questão de prevenção que, neste mês de Março, vamos dar a conhecer vários "Flops... e dos grandes!