141 - PREUD'HOMME

Quando em 1994, com a chegada de Artur Jorge ao Benfica, foi anunciado a contratação de um novo guardião, a perspectiva, que logo saltou à minha vista, da dispensa de um dos jogadores que, no plantel “encarnado”, lutavam por essa posição, não foi do meu agrado. Tenho mesmo que confessar que nem as fenomenais exibições de Preud'Homme no Mundial dos Estados Unidos da América, nem a consequente conquista do prémio para o Melhor Guarda-Redes do referido torneio, foram capazes de me convencer do ganho que um reforço já com 35 anos conseguiria trazer para a baliza benfiquista.
Silvino acabaria por ser dispensado. No entanto, a mágoa de ver partir um dos meus preferidos, depressa seria substituída pelo espanto. Aquilo que evidenciara no torneio norte-americano, e que já antes era em si reconhecido, acabaria por conquistar a minha confiança. Os reflexos, as estiradas "felinas", a sua placidez e uma enorme segurança, confirmavam-se a cada jornada. Preud'Homme continuava a ser, de verdade, um atleta de excepção.
Nos cinco anos que passou em Portugal, não faltaram oportunidades para mostrar toda a sua mestria. Infelizmente, nunca viu o seu esforço recompensado, pois, ao invés do que viveu no Malines, clube de onde tinha saído para a "Luz", nunca ganhou grandes títulos. No emblema belga, entre conquistas domésticas, Preud'Homme conseguiu atingir dois dos seus maiores feitos desportivos: a vitória na Taça dos Clubes Vencedores das Taças em 1988 e a conquista Supertaça Europeia da época seguinte. Tais façanhas levaram-no a ser cobiçado por outros emblemas. Logo a seguir ao triunfo na primeira prova europeia referida, em Julho desse mesmo ano, consta que em pleno aeroporto de Milão, enquanto seguia com a comitiva do seu clube, terá sido abordado por representantes do FC Porto. O convite seria recusado e o guardião haveria de comentar com um jornalista - "Foi engraçado este assalto ao aeroporto mas não vou para lado nenhum. Fico no Malines, onde estou bem"*.
Mesmo sem contar com as prestações dentro de campo, Preud’Homme sempre conseguiu conquistar os adeptos. A simpatia que mostrava, o sorriso que sempre trazia consigo, cativavam as pessoas. O resto, talvez aquilo que nele mais apreciavam os adeptos, conseguia-o com a sua entrega, com o seu profissionalismo. Na "Luz" manteve os hábitos de uma carreira e, para os treinos, era sempre dos primeiros a equipar-se e a caminhar para o relvado e o último a regressar aos balneários.
Terminaria a sua carreira de jogador já passava dos 40 anos. E por mais que a idade possa enganar-nos, deixou os relvados ainda dono de todas as suas melhores capacidades, ainda no topo. O jogo de despedida seria em Lisboa frente ao Bayern de Munique e por cá continuou ainda durante mais algum tempo, ocupando um cargo de director. Acabaria por não resistir ao chamamento do clube do seu coração. De volta ao Standard Liège, que o formara e onde, durante 9 anos, fora profissional, haveria de estrear-se como treinador.
É certo que a sua vida à frente do balneário ainda é recente, contudo já conta no seu currículo com as conquitas do Campeonato da Bélgica (Standard) e da Holanda (FC Twente). Mas de uma coisa podem ter a certeza. Se Preud'Homme conseguir transmitir aos seus pupilos, metade da mística que com ele carregou de “Águia” ao peito, atenção, pois temos “mister” para muitos mais “canecos”.

*retirado do artigo publicado em https://benficahd.blogspot.com, em Junho de 2010

140 - MANTORRAS

Nunca vi jogador algum que conseguisse empolgar o público de tão soberba maneira. Para Mantorras basta levantar-se do banco de suplentes, para que todos nas bancadas se ergam e exaltem, tal como na vitória, aquilo que para eles é o mais querido no futebol, ou seja, a paixão com que um jogador se dá ao emblema que defende.
É nessa sua entrega que o angolano é um verdadeiro tónico. Tanto para espectadores, como para os colegas dentro de campo, a sua abnegação é inspiradora e dá a todos a necessária coragem para lutarem até ao último instante. E como por magia, dos seus pés, as oportunidades lá vão surgindo, transformando-se, muitas delas, nos tão almejados golos. Que opinem os benfiquistas quando em 2004/05, sob a égide de Trapattoni, venceram o Campeonato Nacional. Os desafios até podiam parecer perdidos, mas a entrada do avançado chegava para que a volta no "placard" conseguisse perpetrar-se. Naquele seu jeito meio atabalhoado, em que parecia avançar pelo relvado aos tropeções, Mantorras lá foi conseguindo atingir o seu objectivo e pôr o Benfica na frente! Tantos foram os pontos conseguidos nessa temporada à custa da sua vontade.
Contudo, esse seu querer não foi suficiente para que debelasse as mazelas da grave lesão que o atormentou. Em 2002 magoaria um joelho e por razão de tal episódio, percorreria um calvário que, por entre várias operações, duraria cerca de dois anos. Durante esse período praticamente não jogou e a carreira daquele que era um dos mais promissores atletas da altura, chegou a ser posta em xeque.
Mas cobiça por Mantorras começou muito cedo, ainda este jogava no Progresso, clube do bairro de Sambizanga, em Luanda. De lá saiu, à experiência, para o FC Barcelona e só não ficou porque a última vaga para extracomunitários, acabou ocupada pelo nigeriano Haruna Babangida. A oportunidade para a estreia na Europa recaiu pelo então primodivisionário Alverca. No Ribatejo, uma época bastou para que da "Luz" o quisessem. E se a primeira época de “Águia” ao peito traçou para si um futuro brilhante, a vitória no Campeonato Africano Sub-20 e o prémio da CAF como o Melhor Jogador Jovem do ano, ambos em 2001, vaticiná-lo-iam como uma das maiores promessas do mundo futebolístico. Nessa sua ascensão, foram muitos os que louvaram. Entre tantos, Eusébio chegou a dizer - "Ele tem qualidades especiais e está preparado para um grande futuro"*.
Com o seu crescimento, os adversários começaram a temer a sua força e as defesas tornaram-se cada vez mais impiedosas para consigo. O pedido de António Simões, "Deixem jogar o Mantorras", surgiria no rescaldo de mais um jogo em que só pararam o avançado à força de excessiva "pancada". Talvez tenha sido na sequência de tais lances que o seu joelho enfraqueceu. Seja como for, a verdade é que o angolano, após a malfadada lesão, passou a ser para os treinadores uma opção de recurso, um pronto-socorro mantido no seio dos planteis pela força anímica que transmitia.
Depois de participar no Mundial de 2006, foi essa mesma força que levou Manuel José a inclui-lo nos eleitos para a CAN 2010, disputada em Angola. Parco prémio, dirão, mas um grande exemplo de perseverança para todos os seus companheiros, desse que sempre será um verdadeiro jogador do povo!

*retirado do artigo publicado em https://pt.qaz.wiki/wiki/Mantorras

139 - HIGUITA

Tirando a sua passagem pelos colombianos do Atlético Nacional, onde conquistaria a Copa Libertadores de 1989, René Higuita não tem um registo impressionante de vitórias, nem sequer de presenças noutros grandes emblemas mundiais. Por exemplo, a sua passagem pela Europa fez-se ao serviço do modesto Valladolid de Espanha e, até essa experiência, não correu nada de feição.
Está bem que a sua vida fora dos relvados, com ligações aos cartéis da droga e consumo desses mesmos estupefacientes, muita tinta fez correr nos jornais. Mas isso, de certeza, que não seria suficiente para imortalizá-lo como praticante de futebol. Então, o que o tornou tão famoso?! A resposta quase todos sabem! Higuita era um guardião do mais excêntrico que podia haver. Para além dum visual inconfundível, ele também marcava livres, penaltis e, quando lhe dava na cabeça, abandonava a baliza e enfiava-se no ataque com os seus colegas.
Para verem como era Higuita, a primeira imagem que dele tenho é a de uma grande “trunfa” e de uma bela "bigodaça" que, agarrados ao corpo de um guarda-redes, desatavam a correr campo fora com a bola nos pés. Nos oitavos-de-final do Mundial de 1990, a brincadeira correu-lhe bem até ao meio-campo. Porém, quando Roger Milla, atleta dos Camarões, conseguiu roubar-lhe o esférico as coisas mudaram de sentido. O avançado marcou golo, os africanos venceram o encontro e a Colômbia acabou eliminada do torneio!
Higuita era capaz de tudo. Desde um “erro do tamanho de uma casa”*, como ele próprio classificou o tal episódio em Itália, à jogada mais espectacular, como o mítico "pontapé escorpião", revelado num particular contra Inglaterra. Em Wembley, Jamie Redknapp, que se estreava pelos “AA” do seu país, ao mesmo tempo que enviava um balão, sem nexo, para a área adversária, virava costas ao lance. Não chegaria a ver o "mergulho" para a frente e a defesa com os calcanhares! E só se voltou novamente para a baliza, como o próprio viria a confessar, porque ao ouvir os estridentes aplausos do público pensou que “El Loco” tivesse dado um monumental "frango"!

*retirado do artigo publicado em https://pt.qaz.wiki/wiki/Rene_Higuita

138 - JOÃO PINTO

O aspecto franzino terá feito com que muitos olhassem para si com algum desdém. Puro engano. Um esférico posto nos seus pés sempre foi razão suficiente para logo dissipar qualquer ideia de fragilidade. Dono de uma velocidade e controlo de bola muito acima da média, João Pinto nunca hesitou na altura de carregar contra os seus adversários. No ataque, o frágil menino sempre soube agigantar-se contra os calmeirões e, com uma intrépida agilidade, trilhar caminho por entre as defesas contrárias.
Ainda bem cedo, aos 17 anos de idade, as suas qualidades já garantiam ao jovem praticante um lugar no balneário sénior do Boavista. Porém, seria passado um ano, em 1989, que o título Mundial de sub-20, em Riade, catapultaria o avançado para as “bocas do mundo”. As boas exibições ao serviço da jovem selecção portuguesa, fariam com que o Atlético Madrid, cuja estrela era o extremo Paulo Futre, decidisse apostar no emergente talento luso. "El português", albergando o atleta em sua casa, apadrinharia a ida de João Pinto para a capital espanhola. No entanto, a experiência sairia gorada e sua passagem por Espanha, resumida a jogos na equipa “B” dos "Colchoneros", terminaria no final dessa temporada.
O regresso ao Bessa, já após nova conquista do Campeonato do Mundo de sub-20, dessa feita em Lisboa, traria novo folego à sua carreira. Uma época exemplar, onde seria titular indiscutível, levá-lo-ia a assinar pelo Benfica. No tempo que passaria na "Luz", iria experimentar de tudo: títulos, doenças, jogos memoráveis, encontros violentos e até o despedimento, iriam fazer parte dos seus oito anos de “Águia” ao peito. Com um começo pouco desejado, onde um pneumotórax, contraído após um encontro da selecção, chegou a pôr a sua carreira em risco, os anos seguintes fariam dele um dos mais acarinhados pelos adeptos.
Em 1993/94, Benfica e Sporting lutavam "taco-a-taco" pela liderança do Campeonato. À 30ª jornada, o "derby" em Alvalade oponha os dois rivais lisboetas. As “Águias” começariam a perder, mas uma estupenda exibição de João Pinto e o seu "hat-trick", iriam pôr termo ao intento leonino de vencer o título. O 3-6 ficará, por certo, como a marca de um jogo inesquecível. Tão inolvidável quanto a exibição de João Pinto, merecedora, pela primeira vez na história do jornal “A Bola” da nota 10. Já para não falar dos seus golos! Principalmente o remate bem fora da área, na jogada em que fintou meia equipa, mas também o golo de cabeça.
Outras batalhas travaria. Tornaram-se míticos os embates com Paulinho Santos. Muitas foram as partidas em que trocou "mimos" com o jogador do FC Porto. Resultado das querelas? As óbvias expulsões, o maxilar rachado e a “partida” pregada por António Oliveira que, na condição de seleccionador, obrigou os atletas, nos estágios da selecção, a dormir no mesmo quarto, para que fizessem as pazes.
A importância do avançado, para os lados da “Luz”, depressa começou a ser incontornável. Por abraçar a mística benfiquista, em 1995, após a despedida de Veloso, passou a envergar a braçadeira de “capitão”. Dois anos volvidos e mais um prémio para a sua entrega. Aos 26 anos assinava com o Presidente Manuel Damásio um novo elo com o clube – ligação de 7 anos, considerado, pela longa duração, como "vitalício"! No entanto, a chegada de João Vale e Azevedo iria inverter a sua situação. Várias foram as tentativas para vendê-lo. Depois de várias recusas por parte do jogador, em que sempre negou a saída, o novo líder “encarnado” decidiu, por fim, “despachá-lo” e rescindir o seu contrato. A notícia seria anunciada nas vésperas da partida para o Europeu de 2000. Logo choveram convites de emblemas estrangeiros e de Portugal. A escolha de João Pinto recairia no Sporting, onde, ao formar uma dupla mortífera com Mário Jardel, ganharia o Campeonato Nacional de 2001/02.
O ano 2002 traria também um dos maiores incidentes ocorridos na sua carreira. No Mundial organizado entre o Japão e a Coreia do Sul, torneio de má memória colectiva, após expulsão no jogo que ditaria a eliminação dos portugueses, João Pinto agride o árbitro Ángel Sánchez. Grande foi o seu castigo e o afastamento da selecção seria o primeiro sintoma do “terminus” do seu percurso nos relvados. Depois dos “Leões”, ainda voltou ao Boavista e, por fim, vestiu a camisola do Sporting de Braga.

137 - EUSÉBIO

E se vos disser que a contratação do melhor jogador português de todos os tempos terá começado numa "amena cavaqueira" de barbearia?! Espantados?! Segundo é contado, Bela Guttmann terá tido com o treinador que o sucedeu no São Paulo, José Carlos Bauer, um encontro em Lisboa. O clube brasileiro andava em tournée e a conversa, no tal estabelecimento comercial, levaria à revelação, por parte do brasileiro, da existência de um jogador em Moçambique, que ele próprio observara e que tinha, sem sucesso, tentado convencer a sua direcção a contratar. Como já adivinharam, o craque referenciado era Eusébio, um tal jovem que, anos antes, não ficara no Desportivo, filial benfiquista na capital moçambicana porque, como haveria de contar Coluna, “o roupeiro, não sei porquê, disse que não havia mais equipamento para lhe dar”*!
Para azar das "Águias", Eusébio passou a jogar no Sporting de Lourenço Marques, "dependência" do seu grande rival lisboeta. No entanto, não havia de ser esse contratempo que faria desistir o Benfica. Obviamente, o Sporting, o de Lisboa, já tinha dado conta do diamante que tinha em mãos. O que não esperavam é que à mãe de Eusébio não agradasse, em nada, a ideia do seu filho vir para Alvalade sem contrato profissional e para jogar “à experiência”, pelos juniores leoninos. Como resultado dessa indignação, Dª Elisa, tal como já tinha feito anteriormente aquando de uma proposta da Juventus, acabaria por impedir a partida do jovem praticante. No entanto, o Benfica saberia convencê-la. Duzentos e cinquenta contos em “dinheiro fresquinho” e Eusébio passou a estar pronto para embarcar em direcção a Lisboa... sob o nome de Ruth Malosso!!!
Na "Luz" congeminava-se toda maneira possível para defender o novo "tesouro". Para além da identidade falsa, e com medo que alguém, já em Portugal, o desviasse, Eusébio seria levado até à assinatura do contrato, para uma unidade hoteleira no Algarve. Mas a verdadeira protecção, aquela que a mãe queria para o seu filho de 18 anos, foi pedida numa carta enviada a um conterrâneo - "A mãe está a pedir para o senhor Coluna tomar conta de mim, que aqui não conhecemos ninguém"*. Assim foi feito. No dia seguinte o "capitão" levou-o a abrir uma conta bancária, mas segundo o mesmo , "Eu é que fiquei com a caderneta. Todos os meses, quando ele recebia, íamos juntos à Caixa fazer o depósito e eu dava-lhe 500 escudos (...) Depois levei-o ao meu alfaiate e mandei fazer dois fatos para ele. Mandei que ele escolhesse, para ele andar vestido igual aos colegas"*.
Só faltava a estreia. A mesma aconteceria em Maio de 1961, após meses de burocracias, num particular contra o Atlético, vésperas da partida dos “Encarnados” para a disputa da final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Berna. Eusébio não seria aposta na conquista do troféu, mas o "hat-trick" na partida contra o conjunto de Alcântara, passaria a justificar mais oportunidades. Sensivelmente passado um mês, depois de já ter marcado uns quantos golos em jogos oficiais, participaria no Torneio de Paris. Na capital francesa, frente à equipa de Pelé, concretizaria 3 golos, o que levou, anos mais tarde, o craque brasileiro a confessar – "(...) os jogadores do Santos, todos eles, eu próprio, dizíamos que aquele rapaz era um grande jogador"**.
Começava a nascer a fama daquele miúdo que tinha chegado de África. Porém, a confirmação do seu valor aconteceria na final europeia de 1962, a segunda consecutiva para o Benfica. Em Amesterdão, estava o "placard" a favor do Real Madrid, 2-3, quando surge uma grande penalidade. Eusébio preparava-se para cobrar a falta sobre ele cometida, quando Santamaría, defesa adversário, abeira-se dele e chama-lhe "maricon". Eusébio, sem entender, pergunta a Coluna o que é que o espanhol tinha dito. Este pede-lhe apenas duas coisas: "Marca o golo e chama-lhe cabron”***. O remate sairia certeiro; o impropério guardá-lo-ia para si. No final da partida, o avançado sairia em ombros e admirado por muita gente. Entre eles estava o jornalista britânico Desmond Hackett que escreveria: "Eusébio, a Pantera Negra, estraçalhou o Real Madrid”.
Nascia assim o epíteto que passaria a adornar a lenda. Mas, como é lógico, os heróis não se alicerçam apenas em cognomes e a carreira do atacante, que será para sempre um mito, tornar-se-ia num sinónimo de metas ultrapassadas. Para além da já referenciada vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus, atingiria ainda, apesar do desgosto da derrota, mais 3 finais. Vestiria também as camisolas da UEFA e da FIFA. Com as cores do Benfica, o que ainda hoje são recordes, ganharia 11 Campeonatos Nacionais e 7 troféus de Melhor Marcador, sendo que 2 desses prémios permitiram a conquista de 2 Botas de Ouro.
Em 1965 seria o primeiro português a ser agraciado com o prémio Ballon d'Or da France Football. A publicação francesa parecia estar a estender-lhe a passadeira vermelha para aquilo que viria ser um dos grandes momentos da sua carreira. No ano seguinte, em Inglaterra, disputava-se o Campeonato Mundial de Selecções. A equipa portuguesa, que de longe era considerada uma das mais fortes, acabaria por ficar em 3º lugar. "Os Magriços" fariam jogos notáveis. Para a memória ficaria a partida da Fase de Grupos, em que venceriam o Brasil por 3-1, com 2 golos do "Pantera", ou o desafio dos Quartos-de-Final frente à Coreia do Norte, em que, a perder por 0-3, quatro remates certeiros de Eusébio contribuiriam para uma estrondosa reviravolta, que só acabaria nos 5-3.
Tendo o torneio inglês terminado com o atacante luso no 1º lugar da lista de Melhores Marcadores e glorificado como um craque mundial, Eusébio começou a ser cobiçado por outros clubes. Durante o auge da sua carreira muitas foram as propostas para que fosse para o estrangeiro. De Itália a Juventus e o Inter de Milão, ou o Real Madrid de Espanha, por várias vezes apresentaram negócios tentadores, mas que seriam sempre travados pelo então Presidente do Concelho de Ministros. António Salazar, por considerar Eusébio "Património do Estado", impediria sempre a sua saída de Portugal. Anos passados, quando os desabafos já eram possíveis, Eusébio diria – “Então eu mal conheço a pessoa, não é da minha família, como é que podia impedir-me de ir ganhar aquela pipa de massa?”***. Embora contrariado, manteve-se por Lisboa. Já nos últimos anos como futebolista, depois da despedida do Benfica, “voou” até ao Continente americano, onde, entre o Canadá, EUA e o México representou vários emblemas. Nos intervalos regressou e acabou por jogar com as cores do Beira-Mar e União de Tomar.
Nunca serão suficientes os agradecimentos e as homenagens para compensar o que fez pelo "mundo da bola". Há no entanto algumas bem bonitas, como a do poema de Manuel Alegre ou aquela em que Vítor Baptista, sócio do Benfica radicado nos EUA, quis, contrariando a ordem estabelecida, que Eusébio lograsse em vida de uma estátua sua à entrada do Estádio da "Luz".
Sabemos que continuará, por muitos mais anos, tanto como embaixador da Selecção ou do Benfica, a agraciar os fãs com a sua presença... por isso "long live the King"!!!

*retirado do artigo publicado em https://expresso.pt, a 15/12/2010
**retirado do artigo de João Malheiro, publicado em http://www.destak.pt, a 18/04/2010
***retirado de https://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.60, publicado a 16/02/2008, por “Ednilson”

136 - MAGNUSSON

Há uns anos atrás li uma entrevista em que Mats Magnusson falava dos seus últimos anos de carreira no emblema da sua terra natal, o Helsingborg. Nela contava como, depois dos treinos, ficava a ajudar uma das jovens promessas do clube a melhorar as suas qualidades de avançado. Esse rapaz dava pelo nome de Henrik Larsson e o treino consistia em, na sequência de cruzamentos, rematar à baliza, mas com um pormenor... sempre à primeira!
Nem mais, essa foi a imagem com que fiquei do sueco. Um jogador que dispensava os elementos assessórios nas suas jogadas, que privilegiava a simplicidade e que, ao aliar essas ideias ao poderio físico, conseguia uma tal eficácia no ataque que, ainda hoje, faz dele um dos melhores atacantes de que tenho memória na "Luz".
Vindo do Malmö FF em 1987, muito deu ao Benfica nas 5 temporadas que passou de “encarnado”. Não foi apenas com os seus golos, que até deram ao atleta o lugar cimeiro na lista de Melhores Marcadores de 1989/90, que Magnusson contribuiu para os sucessos colectivos! O avançado era um batalhador nato. O seu 1,88m e os mais de 80 kg permitiam-lhe desempenhar a função de "pivot" e desgastar os defesas adversários, assistindo os companheiros no ataque. Que o digam Vata e Rui Águas! Essas parcerias fizeram com que as "Águias" pudessem chegar longe tanto nas competições internas, como nas provas europeias. Em 1988, e dois anos mais tarde, o Benfica chegou à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Porém, tanto na primeira edição referida, frente ao PSV Eindhoven, como na seguinte contra o AC Milan, o ponta-de-lança haveria de ser eclipsado. Duas brilhantes duplas de centrais, respectivamente Ronald Koeman com Ivan Nielsen e Franco Baresi com Costacurta conseguiriam maniatar os intuitos do goleador. O Benfica perderia ambos os jogos e tal facto acabaria por alimentar a única pecha que ainda hoje é apontada à sua carreira, ou seja, a ideia de que falhava nos ditos “jogos grandes”.
Ainda assim, nunca saiu dos corações benfiquistas. Nem por essa altura, nem quando, resultado de uma grave lesão sofrida durante o Mundial de 1990, começou a perder o protagonismo na equipa. Para esse carinho, muito também terá contribuído toda a sua boa disposição, o sorriso sempre presente na sua face e o amor que continua a jurar ao clube lisboeta.

135 - JARDEL

Ainda no Brasil, a sua maneira de jogar pedia que as equipas fossem construídas à sua volta, para servi-lo. Espantosamente, havia nisso algo de muito razoável e os resultados, todos aqueles números que dele brotavam, justificavam que assim fosse.
Luiz Filipe Scolari entendeu bem essa peculiaridade e quando, do Vasco da Gama, o levou para o Grêmio de Porto Alegre, alicerçou no avançado toda a táctica colectiva. O jogador apenas pedia que a bola fosse entregue bem lá no alto, à sua mercê... uma cabeçada fazia o resto! Assim foi. Em desnorte, sem saberem de onde e como aparecia, os defesas facilmente eram ludibriados pelas suas movimentações; as bolas não paravam de entrar nas redes adversárias e, impotentes, os oponentes iam assistindo aos abraços que repetidamente davam corpo aos festejos de golo.
Jardel não tardou muito a catapultar o conjunto gaúcho para a conquista, em 1995, da Copa Libertadores e, na temporada seguinte, para a vitória na Recopa Sul-Americana. Os seus golos ajudavam a equipa e, com tal “veia goleadora”, também ele ganhou. Ainda em 1996, depois de goradas as transferências para o Benfica e para o Glasgow Rangers, viajou para a Europa para representar o FC Porto. Por cá, a sua estadia só serviu para que apurasse ainda mais as suas habilidades. Nos três anos como "Dragão" conseguiu concretizar mais golos do que jogos realizados. Essa sua façanha permitiu-lhe ser sempre o Melhor Marcador do Campeonato Nacional e, em 1999, alcançar a sua primeira Bota de Ouro.
Após uma curta passagem pelo Galatasaray, onde atingiu o topo da lista dos goleadores "turcos" e ainda venceu uma Supertaça Europeia, Jardel regressou a Portugal. Já ao serviço do Sporting voltou a ganhar o troféu de Melhor Marcador dos Campeonatos Europeus. Porém, como tantas vezes é hábito, o Céu parece viver paredes-meias com o Inferno. O exemplo de Jardel viria a ser disso uma prova irrefutável. Problemas de família e, como próprio afirmou, as “más companhias”*, levaram-no ao abuso de drogas. A má forma física rapidamente começou a evidenciar-se e do "Super Mário" de outrora pouco passou a restar. A rescisão com o clube de Alvalade, no qual ainda conseguiu sagrar-se campeão nacional, foi só o início da sua desgraça. Daí em diante, um rol de contratos, más exibições e as resultantes dispensas levaram-no aos “quatro cantos do mundo”. Nem Itália (Ancona), nem Inglaterra (Bolton), nem Espanha (Alavés) ou até mesmo o regresso ao Brasil e posteriormente a Portugal (Beira-Mar), conseguiram devolver o craque aos momentos de glória.
Finalmente liberto dos hábitos que arruinaram o final da sua carreira, mas numa idade onde a destreza de pernas já não ajuda a um regresso condigno, Jardel tem andado, parece-me que desesperadamente, à procura do reconhecimento perdido. Nessa sua demanda tem promovido as capacidades que, no seu entender, ainda poderão ser úteis a um grande clube – "Estou óptimo. Aguento tudo, faço até dois jogos seguidos se for preciso"**. Por outro lado, também é normal ouvir dele desabafos como – "Nunca devia ter saído do FC Porto"**.

*fonte https://caras.sapo.pt, em artigo publicado a 27/04/2008
**retirado do artigo de Pedro Jorge da Cunha, publicado em https://maisfutebol.iol.pt, a 02/11/2010

134 - CANTONA

"L'Enfant Terrible"... nunca um epíteto suou tanto a eufemismo quanto este! Duvidam?! Então, vejamos!
Quando, após um bem-sucedido empréstimo ao Martigues, voltou à casa que o formou, o Auxerre, a agressão ao colega Bruno Martini serviria para Eric Cantona encetar uma memorável lista de habilidosas arruaças. Logo no ano seguinte, para enriquecer o seu currículo, uma entrada sobre um oponente levou-o, por um par de jogos, a engrossar a lista dos atletas castigados. Pouca coisa, dirão vocês! Esperem…
Lado-a-lado com o mau feitio, começava também a despontar um "génio da bola". Tal facto fez com que o Olympique de Marseille, numa transferência recorde, decidisse arriscar no rebelde rapaz. Porém, e se na cabeça dos responsáveis pelo clube, a ideia da sua conduta era avaliada como o comportamento de uma criança traquina, o erro de tal apreciação depressa emergiria. Num particular contra o Torpedo de Moscovo, irritado por ter sido substituído, Eric Cantona acabaria a chutar a bola contra os adeptos e de seguida rasgaria a camisola, atirando-a para o chão! Conclusão: para juntar ao castigo de um ano que já tinha na selecção por, nos “media”, ter ofendido o seleccionador gaulês, o avançado ficaria, também no clube, suspenso por um mês!
Para mal de Cantona, a paciência tem limites e no Olympique de Marseille depressa passou de forte aposta, à lista dos atletas a “emprestar”. Seguir-se-ia o Bordeaux e, já no ano seguinte, o Montpellier. Porém, e se no primeiro emblema não há registos de qualquer confusão, na colectividade seguinte a história seria outra. Atirar as chuteiras contra Lemoult, um dos seus colegas de balneário, quase levaria o jogador à expulsão do clube. Valer-lhe-ia a intervenção de alguns dos companheiros, nomeadamente Laurent Blanc e Carlos Valderrama, para que a redução do castigo resultasse apenas em alguns dias.
No final da época voltaria a Marselha, mas nada de melhor tinha a sua postura. Constantes quezílias com o treinador Raymond Goethals, levariam a sua equipa a "despachá-lo" para o modesto Nîmes. Aí, a sua senda continuou! Num jogo para o Campeonato francês atirou a bola ao árbitro, e como se isso não chegasse, em pleno julgamento, ofenderia todos os responsáveis pela sua pena, aumentando o seu castigo em dois meses.
Se em França parecia que ninguém tinha mão nele, a única saída aconselhável era continuar a sua carreira no estrangeiro. Após uma tentativa falhada por parte do Sheffield United, é o Leeds United que acabaria por contratá-lo. Em apenas meia temporada, ajudaria o clube a conquistar a Liga inglesa e tal feito levá-lo-ia até Manchester. Rapidamente conseguiria transformar-se num ídolo dos "Red Devils". Associado à ressurreição do emblema britânico, a sua chegada coincidiria com a Conquista de um novo Campeonato, algo que já não acontecia desde 1967. Daí para a frente foi como previsto. Por um lado, jogadas e passes brilhantes, golos, uma entrega inabalável e uma gloriosa série de títulos. No revés, o feitio ruim, as agressões a policias e a jornalistas, ofensas a árbitros e cuspidelas em adeptos do Leeds. Mas no meio de tanto há um episódio impossível de esquecer. Num jogo contra o Crystal Palace, após mais uma expulsão, Cantona agride, com um espectacular golpe de uma arte marcial qualquer, alguém que estava na bancada. Afinal o dito espectador não passava de um reles “hooligan” e, ainda hoje, o antigo avançado recorda o momento como o mais admirável da sua vida futebolística - "Acredito que é um sonho para alguns dar um pontapé neste tipo de gente. Assim, eu fiz por eles, para que ficassem felizes"*.

*adaptado do artigo publicado em https://www1.folha.uol.com.br, a 04/03/2011

133 - POBORSKY

Destacar-se-ia como a estrela maior de uma República Checa que, em 1996, viria a ser a grande surpresa do Europeu de futebol disputado em Inglaterra. Karel Poborsky e a sua selecção chegariam à final, onde seriam derrotados pela congénere alemã. Pelo caminho, para amargo dos portugueses, um chapéu do médio a Vítor Baía, bastaria para, nos quartos-de-final, afastar a equipa lusa do torneio.
As boas exibições conseguidas pelo atleta depressa acossariam a cobiça dos grandes da Europa e, logo nesse Verão de 1996, o Slavia de Praga acordaria a transferência do craque para o Manchester United. Porém, a concorrência dentro do grupo era feroz e na sombra de Beckham, Pobrorsky não tardou muito a decidir-se por um clube onde pudesse jogar mais sem, contudo, abdicar do êxito e dos títulos. Mais uma vez escolheria mal. O Benfica atravessava a pior fase da sua história. A titularidade, facilitada também à custa de colegas de qualidade dúbia, foi uma constante na sua passagem pelo emblema de Lisboa. Já as conquistas ficariam todas pelo desejo. Mesmo assim, o médio ficaria para sempre no coração dos adeptos. Alcunhas como o "TGV da Luz" mostrariam toda a força e velocidade que o checo conseguiria dar ao lado direito do sector intermediário benfiquista. Todavia, não foi só a capacidade física e a entrega que fizeram dele um dos preferidos do "terceiro anel". Técnica tinha de sobeja e quando o seu "drible" engatava, nada, nem equipa alguma, o detinha. Lembro-me de um golo, concretizado no decorrer da temporada de 1998/99, onde deixou metade dos jogadores do Sporting de Braga para trás!
Mas por mais vontade que haja, a nabice vigente na equipa benfiquista acabaria por esgotar-lhe a bondade. O internacional checo acabaria por forçar a sua saída, jurando, ainda assim, a sua fidelidade - "(…) em Portugal só jogo no Benfica"*. Apesar do especulado convite por parte do Sporting, seria nos italianos da Lazio que continuaria a sua carreira. Época e meia depois, em 2002, regressaria ao país natal para representar o Sparta de Praga. Acabaria também por voltar ao seu primeiro clube, o SK Ceské Budejovice, do qual, hoje em dia, é Presidente e, em parte, dono!

*retirado do artigo publicado em https://www.record.pt, a 06/01/2001

132 - VÍTOR PANEIRA

Dizia-se ter sempre a mesma finta! Exagero talvez, mas a caricatura feita ao seu movimento típico, um "drible" curto com que (agora sim, pode dizer-se) repetidamente ludibriava os adversários, não era mais do que o sublinhar da simplicidade de processos com que alimentava uma apuradíssima eficácia!
Vítor Paneira nunca necessitou de grandes exuberâncias. Era a desfaçatez com que ultrapassava os defesas contrários, os cruzamentos milimétricos feitos "à linha" ou a constância com que corria o lado direito do meio-campo, que exaltavam o seu jogo. O médio era um ás e, ainda no FC Famalicão, as suas exibições depressa o notabilizaram. A prospecção do Benfica rapidamente mostrou interesse na sua aquisição e da selecção chegou a convocatória para o grupo que, em 1987, disputaria o Torneio de Toulon.
Passado esse Verão e apesar de contratado pelas “Águias”, Vítor Paneira não iria de imediato para a "Luz". O empréstimo de um ano, acertado com o Vizela, serviria para que o jogador ganhasse mais estaleca e como alínea de compensação acordada entre os dois emblemas, pois o atleta já havia celebrado previamente um acordo com o clube minhoto.
Na ida para Lisboa, depressa conquistaria a sua oportunidade. Nada, nem a total falta de experiência na 1ª Divisão, nem o facto de partilhar o balneário com os, à altura, vice-campeões europeus, parecia melindrar o jovem futebolista. Afirmar-se-ia de "pedra e cal" no onze titular benfiquista com a mesma naturalidade que caracterizou a sua carreira. Em seguida, viveria as merecidas conquistas, onde se destacam a presença na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1990 e a vitória em 3 Campeonatos Nacionais e em 1 Taça de Portugal.
Mas de peripécias também é feita a história de um Homem. Uma delas, aquela em que, por razão de ter sido acusado de deserção, fê-lo interromper a carreira e passar uns tempos numa prisão militar, deve ter chegado para o susto! Outro momento caricato surgiria com a injustificável purga perpetrada por Artur Jorge. Vítor Paneira, com 28 anos e no auge da carreira, acabaria por ver o seu nome na lista de dispensas do Benfica. Com o fim da temporada de 1994/95, não tardariam a surgir propostas pelos seus serviços. Por paixão aos “Encarnados”, recusaria o Sporting e preferiria juntar-se ao plantel do Vitória de Guimarães. Contrariando aqueles que o apontavam com excendentário, mostrar-se-ia capaz de continuar ao mais alto nível competitivo. O prémio para as suas boas exibições viria em 1996, quando, para o Europeu de Inglaterra, seria chamado a juntar-se ao grupo de seleccionados por António Oliveira.

131 - LUIS ENRIQUE

A capacidade de construir jogadas para o seus companheiros, o seu empenho em arruinar as avançadas contrárias e até o faro que sempre mostrou para o golo, fizeram dele um dos mais completos jogadores do futebol espanhol dos últimos tempos. O reflexo do que acabei de dizer, acabou por revelar-se no rol de diferentes posições desempenhadas por si. Ora, dentro de campo só não foi defesa-central e guarda-redes!
Possivelmente, terá sido a sua polivalência uma das razões que despertou a atenção do Real Madrid para os seus desempenhos. A época, a 1990/91, era apenas a sua segunda como sénior e a primeira em exclusivo na equipa principal. No entanto, o jovem médio, com 14 golos, acabaria por ter uma boa cota parte de responsabilidade no exemplar percurso do Sporting Gijon, com o emblema asturiano a classificar-se para as provas europeias.
Depois de concluída a sua mudança para os “Merengues” no Verão de 1990, o jogador viveria um começo um tanto inconstante. Chegaria a ser equacionado o seu empréstimo, mas as suas prestações, já com Jorge Valdano no comando técnico da equipa madrilena, começariam a evoluir positivamente e Luis Enrique, conquistada a titularidade, venceria o seu primeiro Campeonato em 1994/95. Porém, o seu crescimento como estagnaria na época seguinte. A desastrosa campanha do Real Madrid, com o 6º lugar na “La Liga”, e o fim do seu contrato levariam o jogador à Catalunha. Na cidade onde em 1992 tinha ganho a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, passaria a representar o FC Barcelona. Nas 8 campanhas passadas com os “Blaugrana”, aliaria aos títulos – 2 Campeonatos; Taça das Taças; Supertaça Europeia; etc. – as suas melhores prestações, conseguindo, à excepção do derradeiro ano, ultrapassar sempre a dezena de golos por temporada.

CROMOS PEDIDOS 2011

À beira de completarmos o 1º aniversário, desafiámos, em tom de dedicatória, todos os nossos leitores a escolher jogadores que ainda não tivéssemos "colado" e que gostassem de ver no nosso blog. Após, sensivelmente, mês e meio de disputada votação, em que a popularidade de uns atletas emergiu mais do que a de outros, damos por concluída a nossa sondagem!!! Aqui ficam os resultados desse sufrágio e durante os próximos dias, os do mês de Junho, esperamos a vossa visita aos "Cromos Pedidos"!!!

Preud'Homme (41 votos)
Mantorras (17 votos)
Higuita (16 votos)
João Vieira Pinto (10 votos)
Eusébio (9 votos)
Magnusson (8 votos)
Jardel (8 votos)
Cantona (7 votos)
Poborsky (7 votos)
10º Vítor Paneira (6 votos)
Luis Enrique (6 votos)