1539 - MÁRIO WILSON

Depois de passar pelas camadas de formação do Belenenses e da Académica de Coimbra, Mário Valdez Wilson, filho de “Velho Capitão” Mário Wilson, teria a oportunidade de estrear-se na 1ª divisão ao serviço do Leixões. No emblema de Matosinhos, o médio, lançado por António Teixeira, daria os primeiros passos entre os “grandes” do futebol luso. No entanto, a falta de experiência levá-lo-ia a conquistar poucas oportunidades e o jogador, finda a temporada de 1973/74, regressaria à “Cidade dos Estudantes”.
De novo ao serviço da “Briosa”, agora inserido na equipa principal, Mário Wilson mais uma vez demonstraria algumas dificuldades em expor toda a sua habilidade. Seguir-se-ia a entrada no plantel de 1975/76 do Atlético, que levaria o atleta, logo à chegada à Tapadinha, a encetar uma fase bem mais proveitosa da carreira. A manter-se na 1ª divisão, num grupo de trabalho orientado pelo técnico Carlos Silva, o jogador, contrariamente ao ocorrido nos anos anteriores, conseguiria impor-se no “onze”. Daí em diante, enquanto membro da colectividade sediada no bairro de Alcântara, o centrocampista destacar-se-ia como um intérprete de enorme capacidade técnica e com uma habilidade de passe superior à dos demais colegas de equipa.
As exibições de bom nível, conseguidas pelo Atlético, levá-lo-iam a ser cobiçado por outra agremiação lisboeta. No entanto, a envergar a camisola do Benfica a partir de 1977/78, o médio daria de caras com um sector intermediário recheado de estrelas. Ultrapassado nas escolhas de John Mortimore por Toni, Shéu e Vítor Martins, ainda assim, a campanha de entrada na Luz seria, em termos individuais, a mais proveitosa. Reconhecidas todas as competências referidas no parágrafo anterior, a verdade é que Mário Wilson seria amiúde apontado como um elemento sem a garra necessária para vingar de “Águia” ao peito. Tal facto faria com que, durante as 3 temporadas ao serviço dos “Encarnados”, pouco jogasse e com o clube alfacinha a atravessar uma fase mais discreta, o centrocampista deixaria o “Glorioso” sem conquistar qualquer título colectivo.
A Académica de Coimbra, dando continuidade à sua caminhada no escalão maior, recebê-lo-ia como reforço para a campanha de 1980/81. No entanto, de volta à Beira Litoral, o médio, no final da época referida, acabaria por enfrentar a despromoção da equipa. A descida empurrá-lo-ia, pela primeira vez na carreira sénior, para o contexto competitivo da 2ª divisão. Já o regresso ao degrau maior do futebol luso surgiria bem longe dos “Estudantes”. Ao serviço do Farense a partir de 1983/84, Mário Wilson, sem abandonar o estatuto de titular recuperado nos 3 anos com as cores da colectividade conimbricense, destacar-se-ia como um dos bons nomes a actuar no sector intermediário dos algarvios. Porém, a época seguinte à da sua chegada traria ao seu percurso um novo desaire colectivo, com os “Leões de Faro” a falhar o objectivo da manutenção. Daí em diante, o atleta não mais regressaria ao patamar máximo e depois de vestir as cores do Estoril Praia, onde seria treinado pelo seu pai, o jogador retornaria ao Barlavento.
A aproximar-se do termo da carreira enquanto futebolista, Mário Wilson, na temporada de 1986/87 assinaria pelo Louletano. Novamente no Algarve, o médio, em 1988/89, ainda viria a unir-se ao Almancilense, época onde passaria a desempenhar as funções de treinador/jogador. Como curiosidade, falta mencionar a informação fornecida pelo “site” da Federação Portuguesa de Futebol que dá o jogador, após dois longos hiatos, como elemento dos planteis do Oeiras de 1994/95 e de 2001/02.

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