É curiosa a maneira como o destino por vezes entra na nossa vida ou como, com antecedência, somos alertados para o devir do nosso caminho. Com Travassos passou-se exactamente isso. Nasceu em Lisboa, na Quinta do Lumiar. Talvez o nome não diga muito à maioria. No entanto, consigo dar-vos uma pista para que logrem entender as primeiras linhas deste texto! Nesse sentido, posso falar-vos da bancada nova do antigo Estádio de Alvalade! Pois é, o famoso atacante nasceu no mesmíssimo lugar onde, anos mais tarde, veio a erguer-se a referida estrutura da “casa” leonina. O mais engraçado é que a tal premonição chegou a estar em perigo. Conta-se que o avançado, ao decidir prestar provas no Sporting, foi aferido como franzino demais para a prática desportiva. O treinador Jesef Szabo terá mesmo aconselhado o jovem futebolista a comer mais batatas com bacalhau, acabando por recusar o seu ingresso nos “Verdes e Brancos”.
Pela razão acima exposta e porque no Barreiro também tinha a garantia de emprego, Travassos arribou caminho para a Margem Sul. No GD CUF, onde veio a estrear-se como sénior na temporada de 1943/44, o avançado, mesmo a disputar o 2º escalão, rapidamente começou a despertar a atenção de outros emblemas nacionais. Então, surgiu no seu encalço o FC Porto. Com o “namoro” encetou-se mais uma das típicas ”novelas” do futebol luso. Depois de apalavrado o acordo com os “Dragões”, apareceu o Sporting a esconder o atleta algures em Torres Vedras, enquanto tentava um acordo com o emblema fabril. Mais uma vez, surgiram os “Azuis e Brancos” a conseguirem convencer o atacante a viajar para o Norte. Já na "Cidade Invicta", talvez por um misto de culpa e de paixão pelo clube lisboeta, o jogador tomou a decisão de telefonar aos “Leões” e acabou a informá-los do seu paradeiro.
Com o fim do imbróglio, o atacante veio mesmo a assinar pelo emblema do coração. No novo colectivo, a inteligência revelada em campo, a maneira fácil como punha os outros colegas a jogar e a uma técnica irrepreensível, garantiram-lhe o espaço no "onze" do Sporting. Com a sua chegada e com a contratação de Vasques, ambos a entrar no clube na temporada de 1946/47, ficava completa aquela que foi a linha avançada mais famosa do futebol português ou como o jornalista Tavares da Silva a baptizou, "Os Cinco Violinos". Essa portentosa equipa leonina, onde também couberam, para além do atleta já referido neste parágrafo, Peyroteo, Albano e Jesus Correia, acabou a dominar o cenário competitivo luso no final dos anos de 1940 e durante uma boa parte da década de 1950. Por essa razão, o palmarés do interior-direito transformou-se num rol de troféus deveras faustoso e a incluir as vitórias em 8 Campeonatos Nacionais, 1 Campeonato de Lisboa e 2 Taças de Portugal.
Apesar do sucesso conseguido dentro de fronteiras, nada mais o projectou internacionalmente que a chamada à selecção da UEFA. Nunca antes um futebolista português tinha tido tamanha honra. Diz-se que Travassos estava de férias na Costa da Caparica quando recebeu a boa-nova. Como estava parado há algum tempo, decidiu pelos próprios meios e para não fazer má figura durante a partida, recuperar a boa forma física. Nesse desafio disputado em Belfast, a 13 de Agosto de 1955, o atacante cotou-se como um dos melhores em campo e tal desempenho valeu-lhe o epíteto, pelo qual ficou conhecido para o resto da vida, do "Zé da Europa".
Pela razão acima exposta e porque no Barreiro também tinha a garantia de emprego, Travassos arribou caminho para a Margem Sul. No GD CUF, onde veio a estrear-se como sénior na temporada de 1943/44, o avançado, mesmo a disputar o 2º escalão, rapidamente começou a despertar a atenção de outros emblemas nacionais. Então, surgiu no seu encalço o FC Porto. Com o “namoro” encetou-se mais uma das típicas ”novelas” do futebol luso. Depois de apalavrado o acordo com os “Dragões”, apareceu o Sporting a esconder o atleta algures em Torres Vedras, enquanto tentava um acordo com o emblema fabril. Mais uma vez, surgiram os “Azuis e Brancos” a conseguirem convencer o atacante a viajar para o Norte. Já na "Cidade Invicta", talvez por um misto de culpa e de paixão pelo clube lisboeta, o jogador tomou a decisão de telefonar aos “Leões” e acabou a informá-los do seu paradeiro.
Com o fim do imbróglio, o atacante veio mesmo a assinar pelo emblema do coração. No novo colectivo, a inteligência revelada em campo, a maneira fácil como punha os outros colegas a jogar e a uma técnica irrepreensível, garantiram-lhe o espaço no "onze" do Sporting. Com a sua chegada e com a contratação de Vasques, ambos a entrar no clube na temporada de 1946/47, ficava completa aquela que foi a linha avançada mais famosa do futebol português ou como o jornalista Tavares da Silva a baptizou, "Os Cinco Violinos". Essa portentosa equipa leonina, onde também couberam, para além do atleta já referido neste parágrafo, Peyroteo, Albano e Jesus Correia, acabou a dominar o cenário competitivo luso no final dos anos de 1940 e durante uma boa parte da década de 1950. Por essa razão, o palmarés do interior-direito transformou-se num rol de troféus deveras faustoso e a incluir as vitórias em 8 Campeonatos Nacionais, 1 Campeonato de Lisboa e 2 Taças de Portugal.
Apesar do sucesso conseguido dentro de fronteiras, nada mais o projectou internacionalmente que a chamada à selecção da UEFA. Nunca antes um futebolista português tinha tido tamanha honra. Diz-se que Travassos estava de férias na Costa da Caparica quando recebeu a boa-nova. Como estava parado há algum tempo, decidiu pelos próprios meios e para não fazer má figura durante a partida, recuperar a boa forma física. Nesse desafio disputado em Belfast, a 13 de Agosto de 1955, o atacante cotou-se como um dos melhores em campo e tal desempenho valeu-lhe o epíteto, pelo qual ficou conhecido para o resto da vida, do "Zé da Europa".
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