E se a carreira de um qualquer astro do futebol se resumisse apenas a um par episódios???!!! Claro, seria injusto! No entanto, a história de Paolo Rossi parece ter ficado perdida em dois momentos!
Ora, já o avançado transalpino tinha vários anos como praticante da modalidade, com passagens pela Juventus, Como, Vicenza e Perugia, quando, em 1980, rebenta o caso "Totonero". O escândalo que envolveu vários clubes e atletas do "Calcio", tinha origem num esquema de apostas, onde os resultados dentro de campo eram combinados. Entre muitos, o nome Rossi é um dos que aparece ligado à dita teia. Apesar de ter sempre alegado inocência, a pena para o atacante acabaria por ser exemplar. Três anos de suspensão (que, mais tarde, acabariam por ser reduzidos para dois), praticamente arruinavam a vida desportiva de um dos melhores pontas-de-lança de Itália. Ele, Paolo Rossi, que ainda dois anos antes, para além de ter sido o melhor marcador da Serie A, tinha feito parte da selecção que havia disputado o Mundial na Argentina, via agora a desolação a bater-lhe à porta.
Como todos concordarão, três anos para um atleta de alta competição, é, para que dela se saia sem qualquer tipo de mazela, uma grande ausência. O afastamento do Euro 80, que ainda por cima era organizado no seu país, era só mais uma das machadadas que Rossi teria de enfrentar pelos anos vindouros.
Abatido animicamente, ainda assim Rossi não baixaria os braços. Apesar de não poder participar em jogos, o avançado continuaria a treinar-se com o plantel do Vicenza, clube detentor do seu passe. Cerca de dois anos passados sobre a leitura da sentença, algo surpreendente acontece! A Juventus, onde o atleta tinha terminado a sua formação e de onde, em meados dos anos 70, havia sido dispensado, decide contratá-lo. Ainda com um ano de suspensão pela frente, o espanto pela aposta de Giovanni Trapattoni no avançado, foi geral. O mais engraçado é que este momento acabaria por ser o sinal de que a sorte de Rossi estava a mudar. Passado pouco tempo a sua pena é reduzida. Ainda consegue participar nas derradeiras rondas do Campeonato de 1981/82, e, sem que nada o fizesse prever, é nomeado como um dos atletas a seguir na comitiva para o Mundial de 1982!
É óbvio que escolha do seleccionador italiano, Enzo Bearzot, não haveria de ser bem acolhida no meio desportivo. Muito criticado pelos adeptos e atacado incessantemente pelos meios de comunicação, o treinador da "Squadra Azzurra" não vacilaria durante um só momento. Já em Espanha, as críticas sobem de tom quando na primeira fase de grupos, a Itália não consegue mais do que três empates. Por esta altura, já todos apontavam o dedo à equipa. As razões eram mais que muitas, e entre os resultados já referidos e umas exibições paupérrimas, o titularíssimo Paolo Rossi ainda não tinha marcado qualquer golo.
Mesmo neste contexto, a Itália lá chega à Segunda Fase de Grupos. Juntamente com Brasil e Argentina, aos transalpinos poucas chances eram dadas na qualificação para as meias-finais. Então, é aí que surge aquele que estava à beira de ser crucificado. Já depois da importante vitória sobre a equipa de Maradona, Rossi faz os 3 golos da vitória sobre o favorito Brasil! Na meia-final volta a marcar os dois tentos que dariam a passagem à sua equipa, para o derradeiro encontro do torneio.
Na final do Santiago de Barnabéu, a Itália defrontava a poderosa Alemanha (R.F.A.). Mais uma vez, e apesar da notória subida de forma, as probabilidades aferidas aos de azul, eram diminutas. A primeira parte não traria qualquer golo. No entanto, aos 12 minutos do segundo tempo, Rossi volta ser fulcral e, com mais um remate certeiro, volta a mostrar o caminho para a vitória.
A Itália acabaria o Mundial de Espanha com um o "placard" a mostrar 3-1 a seu favor. Paolo Rossi, com 6 golos, sagrar-se-ia como o melhor marcador. Para completar o quadro, de idílico que se tinha tornado, o avançado é, igualmente, considerado como o melhor jogador do torneio.
Como seria de esperar, tanta distinção só poderia levar a que a "France Football", nesse mesmo ano, o galardoasse com sua máxima distinção, o "Ballon d'Or". Daí em diante, a sua ligação ao caso "Totonero" foi esquecida. Paolo Rossi era agora conhecido como "Il Bambino d'Oro", e sua cotação subiria ainda mais quando, ao serviço da "Vecchia Signora", conquistaria a Taça dos vencedores das Taças de 1983/84 (frente ao FC Porto), a Supertaça Europeia e a Taça dos Campeões Europeus da época seguinte.
Ora, já o avançado transalpino tinha vários anos como praticante da modalidade, com passagens pela Juventus, Como, Vicenza e Perugia, quando, em 1980, rebenta o caso "Totonero". O escândalo que envolveu vários clubes e atletas do "Calcio", tinha origem num esquema de apostas, onde os resultados dentro de campo eram combinados. Entre muitos, o nome Rossi é um dos que aparece ligado à dita teia. Apesar de ter sempre alegado inocência, a pena para o atacante acabaria por ser exemplar. Três anos de suspensão (que, mais tarde, acabariam por ser reduzidos para dois), praticamente arruinavam a vida desportiva de um dos melhores pontas-de-lança de Itália. Ele, Paolo Rossi, que ainda dois anos antes, para além de ter sido o melhor marcador da Serie A, tinha feito parte da selecção que havia disputado o Mundial na Argentina, via agora a desolação a bater-lhe à porta.
Como todos concordarão, três anos para um atleta de alta competição, é, para que dela se saia sem qualquer tipo de mazela, uma grande ausência. O afastamento do Euro 80, que ainda por cima era organizado no seu país, era só mais uma das machadadas que Rossi teria de enfrentar pelos anos vindouros.
Abatido animicamente, ainda assim Rossi não baixaria os braços. Apesar de não poder participar em jogos, o avançado continuaria a treinar-se com o plantel do Vicenza, clube detentor do seu passe. Cerca de dois anos passados sobre a leitura da sentença, algo surpreendente acontece! A Juventus, onde o atleta tinha terminado a sua formação e de onde, em meados dos anos 70, havia sido dispensado, decide contratá-lo. Ainda com um ano de suspensão pela frente, o espanto pela aposta de Giovanni Trapattoni no avançado, foi geral. O mais engraçado é que este momento acabaria por ser o sinal de que a sorte de Rossi estava a mudar. Passado pouco tempo a sua pena é reduzida. Ainda consegue participar nas derradeiras rondas do Campeonato de 1981/82, e, sem que nada o fizesse prever, é nomeado como um dos atletas a seguir na comitiva para o Mundial de 1982!
É óbvio que escolha do seleccionador italiano, Enzo Bearzot, não haveria de ser bem acolhida no meio desportivo. Muito criticado pelos adeptos e atacado incessantemente pelos meios de comunicação, o treinador da "Squadra Azzurra" não vacilaria durante um só momento. Já em Espanha, as críticas sobem de tom quando na primeira fase de grupos, a Itália não consegue mais do que três empates. Por esta altura, já todos apontavam o dedo à equipa. As razões eram mais que muitas, e entre os resultados já referidos e umas exibições paupérrimas, o titularíssimo Paolo Rossi ainda não tinha marcado qualquer golo.
Mesmo neste contexto, a Itália lá chega à Segunda Fase de Grupos. Juntamente com Brasil e Argentina, aos transalpinos poucas chances eram dadas na qualificação para as meias-finais. Então, é aí que surge aquele que estava à beira de ser crucificado. Já depois da importante vitória sobre a equipa de Maradona, Rossi faz os 3 golos da vitória sobre o favorito Brasil! Na meia-final volta a marcar os dois tentos que dariam a passagem à sua equipa, para o derradeiro encontro do torneio.
Na final do Santiago de Barnabéu, a Itália defrontava a poderosa Alemanha (R.F.A.). Mais uma vez, e apesar da notória subida de forma, as probabilidades aferidas aos de azul, eram diminutas. A primeira parte não traria qualquer golo. No entanto, aos 12 minutos do segundo tempo, Rossi volta ser fulcral e, com mais um remate certeiro, volta a mostrar o caminho para a vitória.
A Itália acabaria o Mundial de Espanha com um o "placard" a mostrar 3-1 a seu favor. Paolo Rossi, com 6 golos, sagrar-se-ia como o melhor marcador. Para completar o quadro, de idílico que se tinha tornado, o avançado é, igualmente, considerado como o melhor jogador do torneio.
Como seria de esperar, tanta distinção só poderia levar a que a "France Football", nesse mesmo ano, o galardoasse com sua máxima distinção, o "Ballon d'Or". Daí em diante, a sua ligação ao caso "Totonero" foi esquecida. Paolo Rossi era agora conhecido como "Il Bambino d'Oro", e sua cotação subiria ainda mais quando, ao serviço da "Vecchia Signora", conquistaria a Taça dos vencedores das Taças de 1983/84 (frente ao FC Porto), a Supertaça Europeia e a Taça dos Campeões Europeus da época seguinte.
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