650 - KARAGOUNIS

Tendo feito e terminado a sua formação como jogador do Panathinaikos, Karagounis, na transição para o nível sénior, acabaria por ser cedido ao Apollon Smyrnis. Seria durante o período de empréstimo, que o atleta, na ainda curta carreira, mereceria o primeiro grande destaque. Convocado para o Europeu S-21 de 1998, o médio, ao capitanear e participar em todas as partidas da sua selecção, ajudaria a Grécia a conseguir a medalha de prata.
O regresso ao Panathinaikos na época de 1998/99, dar-se-ia dois anos após a sua partida. Médio ofensivo que, apesar de todas as qualidades como pensador de jogo, era incapaz de virar as costas a uma disputa de bola, rapidamente começaria a ganhar lugar no plantel dos atenienses. Contudo, e apesar de estar inserido numa equipa que lutava pelos lugares cimeiros das competições internas, os títulos, com os rivais do Olympiacos a tomarem a dianteira, teimavam em não aparecer. Apesar desta escassez, as participações nas competições europeias, com enfase para a Liga dos Campeões, seriam suficientes para que Karagounis começasse a merecer todo o tipo de elogios. É nesse evoluir, que da Serie A italiana começam a aparecer os primeiros interessados no seu concurso. Quem haveria de tomar a dianteira, materializando esse interesse na forma de contrato, acabariam por ser os milaneses do Inter.
A sua estreia no “Calcio” acabaria por não trazer tão bons resultados, quanto o projectado. Ainda assim, e apesar de não conseguir a sempre almejada titularidade, Karagounis terminaria essa temporada de 2003/04, com um dos maiores sucessos da sua carreira. Com a principal selecção grega, ele que que tinha conseguido a primeira internacionalização em 1999, haveria de viajar para Portugal. No Euro 2004, logo no jogo de abertura, e ao marcar o golo que derrotaria a nossa selecção, dá o primeiro passo para algo inédito. Já na derradeira partida do torneio, mais uma vez frente à “Equipa das Quinas”, Karagounis, por estar castigado, haveria de estar ausente. Contudo, seria testemunha da maior proeza do futebol helénico e gravaria o seu nome no rol de campeões do Europeu de futebol.
A vitória pela Grécia acabaria por dar novo alento ao seu rumo no clube. No entanto, a temporada que se seguiria em pouco, ou nada, seria diferente da anterior e, no final da mesma Karagounis deixaria o Internazionale.
É já com a Taça de Itália na bagagem, que o médio chega ao Benfica. Nas 2 épocas que passaria de “Águia” ao peito, Karagounis volta a desempenhar um papel importante. Tanto nas provas nacionais, mas principalmente nas competições da UEFA, a dinâmica que traria à equipa, ajudaria os “Encarnados” à chegar a patamares bem altos.
Mesmo como um dos mais bem cotados no plantel do Benfica, Karagounis, no Verão de 2007, toma a decisão de voltar à Grécia. Nesta segunda passagem pelo plantel principal do Panathinaikos, o médio, finalmente, conseguiria os títulos que tanto perseguia. O Campeonato de 2009/10 e a Taça conquistada no decorrer dessa mesma temporada, acabariam por engrossar o currículo do grego.
Apesar de passagens bem sucedidas em termos clubísticos, o grande destaque na carreira de Karagounis, até pelo que já acima foi referido, acabariam por ser os momentos vividos com a equipa nacional. Com participações nos Europeus de 2004, 2008 e 2012, o centrocampista quebraria um curioso recorde. As 8 admoestações conseguidas durante essas três participações, fazem dele o futebolista com mais cartões em fases finais!!!
O ano de 2014, numa altura em que alinhava pelo Fulham, marcaria o fim da sua carreira desportiva. Convocado por Fernando Santos, que já tinha sido seu treinador no Panathinaikos e no Benfica, Karagounis faria o último jogo da sua carreira no Mundial organizado pelo Brasil. Depois disso, aceitaria o convite da Federação do seu país e assumiria o cargo de Director para o futebol.

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