918 - WALTER

Seria no Caldas que, na temporada 1986/87, Walter faria a transição para o patamar sénior. Depois de 4 campanhas no plantel principal, as suas prestações mereceriam por parte de um dos históricos do futebol português uma atenção mais pormenorizada. A conclusão chegada após essas observações, levaria a que a Académica de Coimbra assinasse um acordo com o atleta. A mudança chegaria pouco tempo depois e no final Verão de 1990 já o lateral-direito trabalhava com o plantel dos “Estudantes”.
Com Mota e, já na segunda campanha, com Crisanto a tomar para si o lugar na direita da defesa, as oportunidades dadas a Walter seriam escassas. Durante os 2 primeiros anos o atleta, à custa da maior experiência dos seus colegas, acabaria por ter que contentar-se com a condição de suplente. No entanto, a partir de 1989/90 tudo mudaria. Nesse sentido, e mesmo sem nunca ter a possibilidade de disputar o nosso escalão máximo, as suas exibições levá-lo-iam a ser cobiçado por emblemas de maior monta.
O clube que haveria de apostar na sua contratação seria o Vitória de Guimarães. A transferência, para a temporada de 1994/95, levaria o jogador à estreia na 1ª divisão. Todavia, a sua chegada ao principal patamar do futebol português acabaria por não ter a resposta esperada. Tanto nos vimaranenses, como, passados dois anos, já com as cores do Leça, Walter não conseguiria tornar-se num pilar para os seus treinadores. Ainda assim, essas 3 épocas serviriam para que o defesa conseguisse chegar a internacional. Tendo dupla nacionalidade, seria por Angola que o futebolista decidiria jogar. Chamado a representar o seu país, o lateral seria convocado para a disputa da CAN (Taça de África das Nações). Em 1996, ao lado do seu irmão Wilson, viajaria para a África do Sul e aí viveria um dos momentos mais altos da sua carreira.
Em 1997, o lateral regressaria aos escalões secundários. A partir desse momento, e no que restaria da sua caminhada, Walter não voltaria ao convívio dos “grandes”. Gil Vicente, Caldas, Nazarenos e Marinhense preencheriam assim o derradeiro terço do seu percurso. No conjunto da Marinha Grande, o defesa decidiria ser a altura certa para pôr um ponto final na carreira de futebolista. Todavia, não seria por muito tempo que ficaria afastado da modalidade. Em 2006, num regresso ao clube que também tinha representado nos escalões jovens, dá os primeiros passos nas tarefas de treinador. Depois das “escolas” do Nazarenos, o antigo jogador daria seguimento à nova actividade. Como uma trajectória que tem sido dedicada aos emblemas da Associação de Futebol de Leira, destaque para a sua passagem pelo Ginásio de Alcobaça.

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