1028 - ROSÁRIO

Tendo passado pelas “escolas” do Sporting, período durante o qual também chegaria às camadas jovens da selecção portuguesa, a promoção ao patamar sénior afastá-lo-ia, enquanto atleta, do emblema sediado em Alvalade. O Sacavenense, às portas de Lisboa, recebê-lo-ia e, na temporada de 1979/80, acabaria por lançá-lo na competição profissional.
Um ano bastaria para que Rosário voltasse à “alta-roda” competitiva. Apesar de ter uma estatura baixa, a sua habilidade com a bola haveria de compensar alguma da hipotética fragilidade física. Posicionando-se nas alas do ataque, e podendo jogar em ambos os lados, a Académica de Coimbra veria nele um bom reforço para o seu plantel. Na “Cidade dos Estudantes”, o extremo acabaria por fazer uma época de bom nível. Sendo um dos atletas mais utilizados, o seu contributo seria exíguo para manter a “Briosa” no escalão máximo. Todavia, aquilo que mostraria na campanha de estreia na 1ª divisão tornar-se-ia suficiente para que surgissem clubes com disponibilidade para recebê-lo. Nesse sentido, apareceria o Académico de Viseu e a temporada de 1981/82 passá-la-ia na Beira Alta.
Nova despromoção acabaria mesmo por levar o atleta ao escalão secundário. Dessa feita e apesar de competir em emblemas com ambições à subida de patamar, Rosário passaria um largo período sem pisar os palcos maiores do futebol português. Nacional, Marítimo e Estrela da Amadora marcariam a meia-dúzia de anos dessa travessia pela 2ª divisão. Curiosamente, a sua experiência na Madeira quase que devolveria o atacante à 1ª divisão. No entanto, e apesar de em 1984/85 ter ajudado os “verde-rubro” a regressar ao convívio dos “grandes”, o destino empurrá-lo-ia para a Reboleira.
Seria o emblema da “Linha de Sintra” que devolveria Rosário aos palcos principais. Coincidindo essa época de 1988/89 com a estreia dos “Tricolores” na 1ª divisão, o atleta, inevitavelmente, acabaria por inscrever o seu nome na história do clube. Porém, sem tirar importância à referida temporada, haveria de ser a próxima experiência no escalão máximo que mais marcaria o futuro do atacante. Depois da passagem pela União de Leiria, a campanha de 1989/90 ligá-lo-ia ao Estoril Praia. A aposta nos “Canarinhos” levá-lo-ia a ser orientado por Fernando Santos. Durante as 3 campanhas realizadas no Estádio António Coimbra da Mota, muito mais do que a já referida vivência primodivisionária, a relação criada com o treinador haveria de revelar-se muito importante.
Depois de, no decorrer da campanha de 1993/94, ter terminado a sua carreira de futebolista no Alverca, seria ainda durante essa temporada que abraçaria um novo desafio. Como adjunto de Fernando Santos, o regresso ao Estoril Praia daria a Rosário a oportunidade de estrear-se como técnico. Nessa senda, tornar-se-ia no braço direito do actual seleccionador nacional e acabaria por acompanhá-lo no Estrela da Amadora, FC Porto, Sporting, Benfica e em grande parte da sua aventura pela Grécia. Trabalharia também com Sérgio Conceição, que já tinha orientado aquando da passagem de ambos pelo PAOK, adjuvando-o até à partida deste para França. Em 2016 voltaria a aceitar o convite do “Engenheiro” e, ao começar a trabalhar com as cores de Portugal, daria o seu contributo para a vitória no Euro 2016.

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