1361 - NICOLAU VAQUEIRO

Surgiria na equipa principal do Leixões treinada por António Teixeira, na temporada de 1969/70, e numa altura em que já tinha sido chamado aos trabalhos das equipas de formação de Portugal. Sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol, depois da estreia a 11 de Novembro de 1968, Nicolau Vaqueiro acabaria também convocado para a disputa do Torneio Internacional de Juniores da UEFA de 1969. No certame realizado na antiga República Democrática Alemã, o atacante, ao entrar em campo na partida frente à Itália, daria à sua carreira a 2ª internacionalização.
De volta ao Estádio do Mar, o avançado, apesar da falta de experiência e com o Leixões a fazer parte das pelejas primodivisionárias, apenas demoraria uma temporada para conseguir impor-se como um elemento imprescindível nos trâmites tácticos do emblema matosinhense. Na campanha de 1970/71, num plantel onde também despontavam nomes como Tibi, Teixeira ou Eliseu, o extremo-direito terminaria a referida época como um dos mais utilizados por António Medeiros. Aliás, daí em diante esses seriam os preceitos em que Nicolau Vaqueiro passaria a apresentar-se. Sempre como um elemento de importância fulcral para os esquemas idealizados pelos diferentes treinadores, o atleta começaria a acumular, no currículo, um crescendo de partidas disputadas. Com 7 temporadas cumpridas com as cores dos “Bebés”, o somatório de jornadas feitas pela agremiação, num total de 156 presenças em campo, levá-lo-iam a ser aferido como um dos jogadores da colectividade nortenha com mais presenças no escalão máximo português.
Apesar da temporada de 1975/76 ter voltado a sublinhar Nicolau Vaqueiro como um dos titulares do Leixões e com o clube a conseguir a manutenção no patamar maior, o avançado tomaria a decisão de pôr fim à sua caminhada com o listado alvirrubro e de cambiar de paradeiro. Curiosamente, a transferência para o Sporting de Espinho levá-lo-ia, pela primeira vez na carreira, a abraçar as pelejas dos escalões secundários. Outra grande surpresa viria logo de seguida, com os “Tigres da Costa Verde” a atingirem os lugares com direito à promoção, mas com o atacante a dar preferência a nova mudança.
O ano passado a envergar a camisola do Rio Ave serviria de interlúdio para o regresso do jogador à 1ª divisão. Já no Famalicão, orientado inicialmente por Mário Imbelloni, a verdade é que Nicolau Vaqueiro não revelaria os índices exibicionais de anos anteriores. Sem nunca conseguir elevar-se a uma das escolhas para a linha-da-frente das pelejas da agremiação minhota, essa temporada de 1978/79, em termos individuais, terminaria com resultados abaixo do esperado. Para a frente no tempo, num trajecto a sublinhar-se de forma decrescente, o atacante não mais voltaria ao convívio com os “grandes”. Lusitânia de Lourosa, Desportivo das Aves e o Lousada seriam os emblemas, numa carreira de desportista que terminaria com o fim da época de 1982/83, a colorir a sua derradeira fase enquanto futebolista.
Apaixonado pela modalidade, Nicolau Vaqueiro passaria a abraçar as tarefas de treinador. Numa longa caminhada, mormente dedicada a emblemas a competir nos escalões secundários, o técnico ainda passaria pela 1ª divisão, em experiências à frente do Leixões e do Farense. Recentemente assumir-se-ia como dirigente e, na temporada de 2021/22, regressaria ao Trofense para desempenhar as funções de Team Manager.

Sem comentários: