Nascido na histórica vila de Sintra, Ângelo Fernando Conceição Santos, popularizado como Nando, começaria a senda no futebol sénior como atleta a integrar o plantel de 1981/82 do Sintrense. Apesar de ver reconhecidas as suas qualidades, a verdade é que, após esse primeiro passo, ainda demorariam mais alguns anos para que o atleta conseguisse dar o salto para uma colectividade com maiores ambições. Antes ainda, viria a temporada de 1984/85, cumprida nas “distritais” da Associação de Futebol de Lisboa, ao serviço do Sporting de Lourel. Depois, finalmente, surgiria o convite do Estoril Praia e a curta passagem pela Amoreira e que serviria de trampolim para uma carreira de enorme valia.
A época no emblema da Linha de Cascais serviria, essencialmente, para sublinhar Nando como um lateral-direito de grande apetência física, com uma resistência espantosa e que defensivamente, como em acções ofensivas, muito mais do que cumpridor, somava aos movimentos colectivos uma importância impagável. Nessa evolução, seria a apresentação como reforço do Farense que, na campanha de 1986/87, serviria para a estreia do defesa no patamar maior do futebol luso. No Algarve, lançado pelo técnico Dinis Vital, o lateral, com as exibições individuais a cimentarem tal estatuto, ganharia o rótulo de atleta de cariz primodivisionário. Um par de anos volvidos sobre a sua chegada aos “Leões de Faro”, nova oportunidade surgiria e a transferência para o Vitória Sport Clube serviria para confirmar tudo o que aqui vem sendo dito sobre as suas habilidades.
Com a chegada a Guimarães a acontecer na temporada de 1988/89, Nando, como um jogador com bom traquejo e ao dar continuidade ao trabalho e resultados alcançados no Sul do país, facilmente conseguiria impor-se como um dos titulares. Já as novidades surgiriam com a presença do Vitória Sport Clube em competições que, na caminhada do defesa, emergiriam pela primeira vez. No contexto da UEFA, especificamente na Taça dos Vencedores das Taças, o lateral jogaria em ambas as mãos da eliminatória inaugural, que acabaria por ser vencida pelos neerlandeses do Roda. Por outro lado surgiria a participação na Supertaça e, tendo também marcado presença nas duas partidas agendadas para a prova de âmbito nacional, o resultado seria diferente e a colectividade minhota levaria para os seus escaparates o respectivo troféu.
No resto da caminhada feita por Nando ao serviço do Vitória Sport Clube, pouco haveria de mudar em termos desportivos. Tido como um dos principais esteios das manobras tácticas idealizadas pelos diferentes treinadores à frente dos vimaranenses, seria um episódio para além dos relvados que iria, de alguma forma, abanar essa constância. Na preparação da temporada de 1990/91, com os “Conquistadores” a viajar para o Brasil, uma folga no estágio de pré-época terminaria com um incidente gravíssimo – “Vínhamos a regressar ao hotel (…) quando, de repente, havia duas vias e a gente passou ao lado de um carro e sem querer a gente passou por uma poça e molhámos o carro dele. Então, aquilo passou-se de repente, ele pegou numa espingarda, mandou um tiro para dentro do carro e acertou-me a mim. Foi só por isso. Não houve palavras, não houve nada. Foi simplesmente, acho eu, pela água ou não era para a gente e acertou em nós”*.
Os capítulos seguintes a ter deixado a “Cidade Berço” transformar-se-iam, mesmo sem abandonar o cenário primodivisionário, num percurso um pouco mais errante. Surpreendentemente, até pela preponderância revelada até então, Nando, para a temporada de 1991/92, seria emprestado ao Sporting de Braga. Na campanha seguinte e já com o Campeonato Nacional em andamento, dar-se-ia a transferência para o Gil Vicente. Depois viriam a época passada ao serviço do Famalicão e aquela que, com as cores do Beira-Mar, acabaria por tornar-se na última campanha cumprida no principal patamar do futebol Português.
No escalão secundário, Nando ainda cumpriria outra temporada no plantel da aludida colectividade de Aveiro. Já numa fase descendente da sua caminhada enquanto futebolista, o destaque para os regressos primeiro ao Sintrense e posteriormente ao Sporting de Lourel.
*retirado da reportagem da RTP, a 17/07/1990, publicada em https://arquivos.rtp.pt
A época no emblema da Linha de Cascais serviria, essencialmente, para sublinhar Nando como um lateral-direito de grande apetência física, com uma resistência espantosa e que defensivamente, como em acções ofensivas, muito mais do que cumpridor, somava aos movimentos colectivos uma importância impagável. Nessa evolução, seria a apresentação como reforço do Farense que, na campanha de 1986/87, serviria para a estreia do defesa no patamar maior do futebol luso. No Algarve, lançado pelo técnico Dinis Vital, o lateral, com as exibições individuais a cimentarem tal estatuto, ganharia o rótulo de atleta de cariz primodivisionário. Um par de anos volvidos sobre a sua chegada aos “Leões de Faro”, nova oportunidade surgiria e a transferência para o Vitória Sport Clube serviria para confirmar tudo o que aqui vem sendo dito sobre as suas habilidades.
Com a chegada a Guimarães a acontecer na temporada de 1988/89, Nando, como um jogador com bom traquejo e ao dar continuidade ao trabalho e resultados alcançados no Sul do país, facilmente conseguiria impor-se como um dos titulares. Já as novidades surgiriam com a presença do Vitória Sport Clube em competições que, na caminhada do defesa, emergiriam pela primeira vez. No contexto da UEFA, especificamente na Taça dos Vencedores das Taças, o lateral jogaria em ambas as mãos da eliminatória inaugural, que acabaria por ser vencida pelos neerlandeses do Roda. Por outro lado surgiria a participação na Supertaça e, tendo também marcado presença nas duas partidas agendadas para a prova de âmbito nacional, o resultado seria diferente e a colectividade minhota levaria para os seus escaparates o respectivo troféu.
No resto da caminhada feita por Nando ao serviço do Vitória Sport Clube, pouco haveria de mudar em termos desportivos. Tido como um dos principais esteios das manobras tácticas idealizadas pelos diferentes treinadores à frente dos vimaranenses, seria um episódio para além dos relvados que iria, de alguma forma, abanar essa constância. Na preparação da temporada de 1990/91, com os “Conquistadores” a viajar para o Brasil, uma folga no estágio de pré-época terminaria com um incidente gravíssimo – “Vínhamos a regressar ao hotel (…) quando, de repente, havia duas vias e a gente passou ao lado de um carro e sem querer a gente passou por uma poça e molhámos o carro dele. Então, aquilo passou-se de repente, ele pegou numa espingarda, mandou um tiro para dentro do carro e acertou-me a mim. Foi só por isso. Não houve palavras, não houve nada. Foi simplesmente, acho eu, pela água ou não era para a gente e acertou em nós”*.
Os capítulos seguintes a ter deixado a “Cidade Berço” transformar-se-iam, mesmo sem abandonar o cenário primodivisionário, num percurso um pouco mais errante. Surpreendentemente, até pela preponderância revelada até então, Nando, para a temporada de 1991/92, seria emprestado ao Sporting de Braga. Na campanha seguinte e já com o Campeonato Nacional em andamento, dar-se-ia a transferência para o Gil Vicente. Depois viriam a época passada ao serviço do Famalicão e aquela que, com as cores do Beira-Mar, acabaria por tornar-se na última campanha cumprida no principal patamar do futebol Português.
No escalão secundário, Nando ainda cumpriria outra temporada no plantel da aludida colectividade de Aveiro. Já numa fase descendente da sua caminhada enquanto futebolista, o destaque para os regressos primeiro ao Sintrense e posteriormente ao Sporting de Lourel.
*retirado da reportagem da RTP, a 17/07/1990, publicada em https://arquivos.rtp.pt
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