420 - RODRIGÃO

Talvez vá para além da vossa memória, mas a primeira vez que Rodrigão mostrou as suas habilidades em Portugal, não foi quando, em 1993/94, assinou um contrato com o União da Madeira. Dois anos antes o médio tinha passado pelo nosso país… Já estão recordados?
Em 1991, por ocasião do Mundial sub-20 organizado em território luso, na selecção do Brasil, por entre outras figuras que passariam pelas competições portuguesas, casos do treinador Ernesto Paulo, Serginho Fraldinha, Serginho Cunha, Paulo Nunes ou Luiz Fernando estava também um rapaz de seu nome Rodrigo Dias Carneiro. Esse jovem promissor que, por essa altura, já havia conseguido estrear-se pela equipa principal do Flamengo, brilhava nas equipas jovens do “Escrete” e, inclusive, seria chamado a jogar a final do torneio acima referido. No trajecto clubístico, depois de vestir a camisola do Botafogo, a Rodrigão chegaria o convite vindo da Madeira. Aceitado o desafio, o médio-defensivo seria apresentado como reforço dos “Insulares” na temporada de 1993/94, onde voltaria a encontrar-se com Ernesto Paulo. No Funchal, apesar de uma primeira campanha mais modesta, o “trinco” assumir-se-ia como um sustento para o sector intermediário. A valorização conseguida durante os 3 anos passados a envergar a camisola amarela e azul, mesmo tendo de disputar a divisão de Honra de 1995/96, valer-lhe-ia a cobiça de colectividades de outra monta e o Sporting de Braga transformar-se-ia no seu próximo passo.
Na "Cidade dos Arcebispos", Rodrigão voltaria a assumir-se como um elemento importante na estratégia do clube. Tal seria a maneira brilhante como haveria de conseguir impor-se no seio dos “Guerreiros” que, ano e meio após a chegada ao Minho, de Espanha surgira um convite irrecusável. Na La Liga de 1997/98 passaria a envergar as cores do Sporting Gijon. Porém, com a entrada na equipa asturiana, o médio-defensivo perderia a preponderância alcançada anteriormente e a mudança para o Málaga, a militar, na temporada de 1998/99, no escalão secundário de “Nuestros Hermanos”, emergiria como a melhor solução para a sua carreira.
É depois da passagem pelo emblema do sul de Espanha que começam a surgir algumas dúvidas no desenrolar da sua caminhada competitiva. Por um lado, parece certo que Rodrigão terá representado o Manchego e o Guadix, respectivamente nas épocas de 1990/00 e de 2000/01. No entanto, existem fontes a dar o jogador a dividir a campanha em que terá envergado as cores do Málaga, com os venezuelanos do Mineros Guayana. Onde está a verdade? Não consegui saber!
Correcto é dizer-se que Rodrigão terá regressado a Portugal a meio da campanha de 2000/01 e mais uma vez para vestir a camisola do Sporting de Braga. Porém, ao contrário da experiência anterior, o atleta não alcançaria números tão faustosos. Meses depois, o jogador regressaria ao Brasil e é nessa temporada de 2001 que surge mais uma dúvida, pois o Botafogo que desponta no seu currículo, em algumas fontes aparece como sendo o “carioca” e noutras como a colectividade sediada em São Paulo. Já daí para a frente parece haver algum consenso em pôr o “trinco” no Vitória de Pernambuco, Atlético Paranaense e, por fim, no plantel de 2006/07 dos sauditas do Al Hilal.

2 comentários:

Leonni Pissurno disse...

Olá! Parece que confundiram o Rodrigão. Sou pesquisador de futebol, sobretudo do Flamengo, e, pelas minhas anotações, ele teria encerrado a carreira em 2001 mesmo pelo Botafogo de Ribeirão Preto. Um abraço. Confira mais detalhes em: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Rodrigo_Dias_Carneiro .

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Boa tarde;

Muito obrigado pelo seu contributo. Realmente, desde que o jogador em questão deixou Portugal, que a sua carreira passou a ser uma incógnita para mim. Relativamente a essa história da Arábia, não sei se é certa. No entanto essa sua passagem vem registada em vários "sites", como por exemplo:

http://www.foradejogo.net/player.php?player=197205200002

http://www.zerozero.pt/jogador.php?id=30565

Grande Abraço