Por sair de casa, ainda muito novo, para jogar nas camadas jovens do Cannes, Zinedine Zidane acabou bastante acarinhado pelos responsáveis do clube. A primeira prova disso teve como protagonista um dos dirigentes que, ao vê-lo perturbado por estar longe de casa, convidou-o para ir morar consigo e com a sua família. A segunda história passou-se já o antigo médio pertencia aos quadros principais do referido emblema gaulês e por razão do primeiro golo por ele marcado. Ao que parece a promessa do Presidente já era antiga e acabou por ser paga numa vitória frente ao Nantes, corria a temporada de 1990/91, a terceira do jogador como sénior. O prémio: um Peugeot 205 vermelho.
Sensivelmente 4 anos após a estreia sénior e sem ser um elemento muito consensual entre os adeptos, os quais acusavam o atleta de não jogar bem nas partidas difíceis, Zidane viu surgir o convite do Bordeaux. Ao aceitar o convite, 1992/93 transformou-se na temporada da mudança do médio-ofensivo para os Girondins da afamada região vinhateira, onde, umas épocas mais tarde, veio a ser treinado por Toni. No sudoeste gaulês, o jogador encontrou uma ambição e um nível futebolístico superior ao que estava habituado. É certo que no Cannes já tinha provado o sabor das grandes competições – havia feito a estreia na Taça UEFA frente ao Salgueiros – mas em abono da verdade, a mudança conduziu-o por um caminho melhor. No emblema sediado na região da Nova Aquitânia começou a conviver com um plantel recheado de belíssimos jogadores, onde podemos destacar os nomes de Lizarazu ou de Dugarry. Tal ambiente, com toda a competitividade inerente, fê-lo melhorar muito as suas capacidades futebolísticas. Pelo crescimento revelado, foi chamado à estreia na principal selecção francesa e apesar de nunca ter conquistado a Ligue 1, conseguiu chamar a atenção de emblemas de maior monta.
É certo que foi pelo Bordeaux que conseguiu o primeiro título, isto é, a Taça Intertoto de 1995/96. No entanto, muito mais importante para o evoluir da sua carreira, que cresceu igualmente à custa da chegada à final da Taça UEFA da época referida no começo deste parágrafo, foi a notoriedade que começou a ganhar a nível internacional. No âmbito desse crescimento, o Manchester United tornou-se num dos nomes a cogitar-se como a nova morada de Zidane. Contudo, o destino do gaulês veio a desenhar-se, literalmente, em sentido oposto. Foi assim que, em 1996, ano em que venceu o título de Melhor Jogador da Liga francesa, o médio mudou o rumo da sua caminhada para Itália. Com a Juventus a tornar-se na sua nova casa, o jogador acabou empurrado para o estrelato. Foi com a entrada no Calcio que a vida profissional do craque começou a tomar os contornos daquilo que hoje conhecemos, com as vitórias, tanto a nível individual, como colectivamente, a sucederem-se. As conquistas de 1 Supertaça UEFA, 1 Taça Intercontinental, 2 Scudettos e 1 Supertaça italiana elevaram-no para um patamar de excelência. Ainda assim, seriam os dois golos de cabeça na final do Mundial de 1998 – vitória da França, por 3-0, frente ao Brasil – que o catapultaram como um dos maiores intérpretes da sua época.
Ainda sobre o Mundial de 1998, aos jornalistas, Zidane tinha prometido vencer o torneio de selecções disputado no seu país. Cumpriu e o maior reconhecimento chegou, ainda nesse ano, ao ser laureado com as duas maiores distinções individuais que um futebolista pode almejar: o Ballon d'Or da France Football e o FIFA World Player of the Year. Ora, por essa altura, já o médio-ofensivo, revelava a plenitude das suas capacidades. Era um jogador de uma técnica refinada, com um drible estonteante, uma visão de jogo primorosa e uma capacidade de passe mortífera. Em resumo, um verdadeiro “número 10”! Por tudo isso, também pelo Europeu conquistado, em 2000 voltou a vencer o FIFA World Player of the Year que repetiu, já como jogador do Real Madrid, em 2003. Aliás, foi para a capital espanhola que, pouco tempo depois da sua segunda consagração, o atleta viajou. Ao chegar aos "Merengues", onde, ao longo dos anos, encontrou estrelas como Luís Figo, Roberto Carlos, Casillas, Raul ou Beckham, a sua transferência transformou-se num novo recorde mundial e os 75 milhões de euros gastos na mudança de emblema sublinharam a inscrição do seu nome no rol daqueles que ficaram conhecidos como os “Galácticos”.
Se o objectivo do ajuntamento de tantos craques em Madrid era o de dominar, incontestavelmente, o futebol, é verdade que tal meta ficou um pouco aquém. Claro, no meio de tanta classe, os títulos também foram aparecendo e as vitórias na Champions League de 2001/02, na Supertaça UEFA, na Taça Intercontinental e na “La Liga”, as três em 2002/03, mereceram um bom destaque. Já 2006 marcou o final da brilhante carreira de Zidane. Não sem antes, como tantos recordarão, do episódio mais polémico da carreira do gaulês. Nesse ano, a final do Mundial disputado na Alemanha, pôs, frente a frente, a França e a Itália. E se é verdade que o facto de estar a perder o jogo já era suficientemente perturbador para o médio, mais danado ficou quando Marco Materazzi, defesa-central transalpino que ficou conhecido por tudo menos pelo “fair-play”, decidiu vilipendiar o nome de alguns familiares de "Zizou". Bom, a reacção do francês todos a conhecemos e a mesma, essa famosa cabeça no peito do seu adversário, está hoje imortalizada numa estátua, autoria do artista franco-argelino Adel Abdessemed.
Sensivelmente 4 anos após a estreia sénior e sem ser um elemento muito consensual entre os adeptos, os quais acusavam o atleta de não jogar bem nas partidas difíceis, Zidane viu surgir o convite do Bordeaux. Ao aceitar o convite, 1992/93 transformou-se na temporada da mudança do médio-ofensivo para os Girondins da afamada região vinhateira, onde, umas épocas mais tarde, veio a ser treinado por Toni. No sudoeste gaulês, o jogador encontrou uma ambição e um nível futebolístico superior ao que estava habituado. É certo que no Cannes já tinha provado o sabor das grandes competições – havia feito a estreia na Taça UEFA frente ao Salgueiros – mas em abono da verdade, a mudança conduziu-o por um caminho melhor. No emblema sediado na região da Nova Aquitânia começou a conviver com um plantel recheado de belíssimos jogadores, onde podemos destacar os nomes de Lizarazu ou de Dugarry. Tal ambiente, com toda a competitividade inerente, fê-lo melhorar muito as suas capacidades futebolísticas. Pelo crescimento revelado, foi chamado à estreia na principal selecção francesa e apesar de nunca ter conquistado a Ligue 1, conseguiu chamar a atenção de emblemas de maior monta.
É certo que foi pelo Bordeaux que conseguiu o primeiro título, isto é, a Taça Intertoto de 1995/96. No entanto, muito mais importante para o evoluir da sua carreira, que cresceu igualmente à custa da chegada à final da Taça UEFA da época referida no começo deste parágrafo, foi a notoriedade que começou a ganhar a nível internacional. No âmbito desse crescimento, o Manchester United tornou-se num dos nomes a cogitar-se como a nova morada de Zidane. Contudo, o destino do gaulês veio a desenhar-se, literalmente, em sentido oposto. Foi assim que, em 1996, ano em que venceu o título de Melhor Jogador da Liga francesa, o médio mudou o rumo da sua caminhada para Itália. Com a Juventus a tornar-se na sua nova casa, o jogador acabou empurrado para o estrelato. Foi com a entrada no Calcio que a vida profissional do craque começou a tomar os contornos daquilo que hoje conhecemos, com as vitórias, tanto a nível individual, como colectivamente, a sucederem-se. As conquistas de 1 Supertaça UEFA, 1 Taça Intercontinental, 2 Scudettos e 1 Supertaça italiana elevaram-no para um patamar de excelência. Ainda assim, seriam os dois golos de cabeça na final do Mundial de 1998 – vitória da França, por 3-0, frente ao Brasil – que o catapultaram como um dos maiores intérpretes da sua época.
Ainda sobre o Mundial de 1998, aos jornalistas, Zidane tinha prometido vencer o torneio de selecções disputado no seu país. Cumpriu e o maior reconhecimento chegou, ainda nesse ano, ao ser laureado com as duas maiores distinções individuais que um futebolista pode almejar: o Ballon d'Or da France Football e o FIFA World Player of the Year. Ora, por essa altura, já o médio-ofensivo, revelava a plenitude das suas capacidades. Era um jogador de uma técnica refinada, com um drible estonteante, uma visão de jogo primorosa e uma capacidade de passe mortífera. Em resumo, um verdadeiro “número 10”! Por tudo isso, também pelo Europeu conquistado, em 2000 voltou a vencer o FIFA World Player of the Year que repetiu, já como jogador do Real Madrid, em 2003. Aliás, foi para a capital espanhola que, pouco tempo depois da sua segunda consagração, o atleta viajou. Ao chegar aos "Merengues", onde, ao longo dos anos, encontrou estrelas como Luís Figo, Roberto Carlos, Casillas, Raul ou Beckham, a sua transferência transformou-se num novo recorde mundial e os 75 milhões de euros gastos na mudança de emblema sublinharam a inscrição do seu nome no rol daqueles que ficaram conhecidos como os “Galácticos”.
Se o objectivo do ajuntamento de tantos craques em Madrid era o de dominar, incontestavelmente, o futebol, é verdade que tal meta ficou um pouco aquém. Claro, no meio de tanta classe, os títulos também foram aparecendo e as vitórias na Champions League de 2001/02, na Supertaça UEFA, na Taça Intercontinental e na “La Liga”, as três em 2002/03, mereceram um bom destaque. Já 2006 marcou o final da brilhante carreira de Zidane. Não sem antes, como tantos recordarão, do episódio mais polémico da carreira do gaulês. Nesse ano, a final do Mundial disputado na Alemanha, pôs, frente a frente, a França e a Itália. E se é verdade que o facto de estar a perder o jogo já era suficientemente perturbador para o médio, mais danado ficou quando Marco Materazzi, defesa-central transalpino que ficou conhecido por tudo menos pelo “fair-play”, decidiu vilipendiar o nome de alguns familiares de "Zizou". Bom, a reacção do francês todos a conhecemos e a mesma, essa famosa cabeça no peito do seu adversário, está hoje imortalizada numa estátua, autoria do artista franco-argelino Adel Abdessemed.
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