1333 - BÖLÖNI

Seria na equipa principal do Târgu Mures que László Bölöni, na temporada de 1970/71, haveria de conseguir estrear-se como sénior. Depois dessa campanha inicial, ainda a vogar pelo segundo escalão, o médio, ao lado dos companheiros, passaria a disputar a 1ª divisão romena. Durante várias épocas, destacar-se-ia como um futebolista de grande técnica e com uma capacidade estupenda para entender e organizar o jogo. Essas qualidades haveriam de pô-lo no caminho das selecções do seu país. Com a estreia pelos “AA”, a 24 de Setembro de 1975, a acontecer numa partida frente à Grécia, a carreira do atleta colorir-se-ia com 102 partidas feitas pela Roménia. Nesse percurso, destaque para a sua presença no Euro 84, onde jogaria frente a Portugal, e para o facto de, por altura de “pendurar as chuteiras”, ainda deter o recorde de internacionalizações feitas com as cores da sua nação.
Voltando ao percurso clubístico, os 14 anos ao serviço do Târgu Mures e os 2 troféus de Melhor Jogador do Ano levariam o atleta a ser visto como um dos grandes intérpretes do futebol romeno. Tal estatuto faria com que um dos maiores clubes do país começasse a olhar para o médio como um bom elemento. Com o jogador a ser apresentado pelo Steaua Bucaresti como reforço para a temporada de 1984/85, a sua integração num dos bons planteis europeus da altura, encaminhá-lo-ia para a conquista de várias e importantes competições. Claro está, para além das vitórias em 4 edições do Campeonato e em 3 Taças da Roménia, seriam as provas organizadas sob a égide da UEFA a sublinhá-lo como um dos nomes em destaque na modalidade. Nesse sentido, é impossível esquecer as fabulosas campanhas cumpridas com os “homens do exército” e que encaminharia o atleta para um par de títulos. Com presença a titular em ambas as partidas, primeiro chegaria a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1985/86, ganha frente ao FC Barcelona. Já na época seguinte surgiria a peleja na Supertaça, dessa feita com triunfo perante o Dynamo de Kyiv.
O resto da sua carreira, com o Bloco de Leste já mais aberto ao Ocidente, seria cumprido em emblemas da Bélgica e da França. Com o Racing Jet de Bruxelas a encabeçar a lista, seriam os franceses de Créteil e do Orléans a preencher os derradeiros capítulos da sua caminhada enquanto futebolista. Contudo, mesmo retirado das lides de praticante, László Bölöni não haveria de ficar afastado por muito tempo dos balneários. Ao aceitar o convite do Nancy, o antigo médio encetaria aí a senda como técnico. Após vários anos aos comandos do referido emblema gaulês, onde orientaria Afonso Martins e Mustapha Hadji, surgiria a oportunidade de ocupar o lugar de seleccionador da Roménia. De seguida, como muitos o recordam, viriam as duas temporadas com o Sporting. Em Alvalade a partir de 2001/02, o destaque emergiria com a “dobradinha” logo na campanha de chegada e com a vitória Supertaça Cândido Oliveira do ano seguinte. Igualmente impossível de esquecer, será o facto de ter sido sob a sua alçada que Cristiano Ronaldo viria a estrear-se na equipa principal dos “Leões”.
Ainda como treinador, numa carreira que já vai bem longa, László Bölöni teria a oportunidade de treinar em vários países. Nesse sentido, há que salientar o Campeonato e as 2 Supertaças ganhas pelo Standard Liège. Da mesma maneira não podemos olvidar os regressos a França, onde ficaria à frente de Rennes, AS Monaco e Lens ou ainda as experiências no Médio Oriente com o Al Wahda dos Emirados Árabes Unidos ou com o Al-Khor do Catar. Do seu percurso fazem também parte emblemas como o PAOK, o Panathinaikos, o Antwerp e o Gent. Actualmente (2022/23) o romeno apresenta-se como “timoneiro” do Metz.

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