1365 - MÁRIO REIS

Formado no Salgueiros, seria no emblema do popular bairro portuense de Paranhos que Mário Reis haveria de cumprir uma grande fatia do seu percurso enquanto futebolista. À parte do primeiro ano como sénior, fazendo fé em alguma informação, passado ao serviço do CD Portugal, o médio ganharia estaleca ao realizar diversas campanhas no conjunto a jogar em casa no Estádio Engenheiro Vidal Pinheiro.
De volta ao Salgueiros na temporada de 1967/68, Mário Reis apanharia o clube a discutir a 2ª divisão. Aliás, para infelicidade de todos os envolvidos, em particular do atleta aqui retratado, o referido período corresponderia a uma longa fase em que o emblema da “Cidade Invicta” estaria afastado do convívio com os “grandes”. Nesse sentido, os anos seguintes à campanha referida no começo deste parágrafo, seriam todos satisfeitos na disputa do patamar secundário. Ainda assim, o traquejo ganho durante mais de uma década permitiria ao médio ser visto, por outras colectividades, como um bom reforço e a mudança de emblema já no final dos anos de 1970 serviria também para alterar um pouco o paradigma da sua caminhada competitiva.
Com o Rio Ave em franca ascensão, a chegada à agremiação sediada em Vila do Conde levaria Mário Reis a participar num episódio histórico do emblema da caravela. Ao encetar a sua senda com o listado verde e branco na temporada de 1977/78, o médio manter-se-ia na 2ª divisão. Porém, em sentido contrário ao que tinha vivido no Salgueiros, a campanha de 1979/80 daria ao atleta, em paralelo com a estreia da colectividade no escalão maior, a sua primeira campanha no patamar máximo do futebol português.
Com a carreira de futebolista a aproximar-se do fim, para além do aludido, Mário Reis ainda teria oportunidade para voltar aos palcos primodivisionários. Sempre como elemento do plantel do Rio Ave, o jogador ainda manteria as funções de atleta durante algumas épocas, duas das quais nos principais palcos lusos. No entanto, com a ideia já moldada às tarefas de treinador, a sua preocupação ficaria mais virada para as funções técnicas. Com esse objectivo em mente, após, interinamente e ao lado de Soares e de Duarte, ter orientado, em 1979/80, o principal grupo “rioavista”, a derradeira campanha enquanto atleta cumpri-la-ia, em paralelo, já no exercício do papel de adjunto.
Como treinador-principal, Mário Reis, com um percurso bem longo, orientaria diversas equipas. Com várias experiências na 1ª divisão, há que exaltar as suas passagens pelo Rio Ave, Salgueiros, Vitória Futebol Clube ou União de Leiria. Contudo, o período mais prolífero da sua caminhada de técnico tê-lo-á vivido à frente do Boavista. Nas “Panteras”, encaminharia os seus discípulos para a final da edição de 1996/97 da Taça de Portugal. No Estádio Nacional do Jamor, já depois de, nas meias-finais, ter eliminado o Sporting, enfrentaria o Benfica e o tão almejado troféu, com o placard a revelar 3-2, iria parar aos escaparates do Bessa.
Logo no ano seguinte, dessa feita com o FC Porto como adversário, surgiria o momento de pelejar pela Supertaça Cândido de Oliveira. Numa competição ainda disputada a duas mãos, os seus pupilos, no agregado das partidas, conseguiriam bater os “Dragões” e enriquecer, com o tal feito, o palmarés de todo o grupo “axadrezado”.

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