1448 - CASTIGLIA

Com uma caminhada desportiva difícil de aferir com total segurança, Antonio Mario Castiglia, no que respeita aos anos passados a competir no calendário futebolístico das provas argentinas, dados corroborados por várias fontes, terá representado três emblemas. Por ordem cronológica, o atacante, ainda na divisão maior, vesteria as cores do Lanús, para, nas pelejas do escalão secundário, envergar a camisola do Dock Sud e posteriormente a do Club Almagro. Relativamente às épocas ligadas a essas participações, a única campanha que aparece registada com alguma unanimidade é a de 1952, ou seja, a correspondente à entrada na última colectividade referida. No que respeita às restantes agremiações, os anos cumpridos pelos “Granate”, pelo menos para mim, são uma verdadeira incógnita. Já a união com os “Los Inundados”, segundo diferentes informações, terá sido encetada em 1948 ou então em 1949.
Consensual é a temporada da sua chegada a Portugal. Com a entrada no Atlético a acontecer na época de 1953/54, Castiglia estrear-se-ia a competir na 1ª divisão do Campeonato Nacional. No grupo de trabalho da colectividade “alfacinha”, passaria a ser orientado pelo treinador-jogador Mario Imbelloni, seu conterrâneo, com uma hipotética passagem pelo Dock Sud e com uma grande ligação a outro emblema do bairro de Almagro, o San Lorenzo. Mesmo como estreante nas provas lusas e inserido num plantel que contava com craques como os internacionais Ben David, Carlos Martinho, Germano ou, o também argentino, Mesiano, o extremo, por razão da sua qualidade, conseguiria assegurar um lugar no “onze” da colectividade sediada em Alcântara.
Curiosamente, na tradição do que aqui já foi revelado, na segunda temporada de Castiglia ao serviço do Atlético, também ele assumiria o papel de treinador-jogador. De volta, em exclusivo, às funções de futebolista, o avançado prosseguiria a ligação ao emblema lisboeta sempre na condição de elemento deveras preponderante nas manobras tácticas dos diferentes treinadores. Contudo, com o termo da campanha de 1957/58, após a disputa da 2ª divisão do Campeonato Nacional, o atleta, já a entrar nos anos da veterania, procuraria outro emblema para prosseguir a carreira.
Apesar de continuar nas contendas dos patamares secundários, nos anos a suceder à sua saída da Tapadinha o avançado mudar-se-ia para o Alentejo. Primeiro na cidade de Évora, para depois seguir em direcção à zona raiana, o Juventude e o Campomaiorense surgem, nas poucas fontes encontradas, como os derradeiros emblemas do avançado argentino.
Já como treinador, a somar à experiência referenciada acima neste texto, existem registos que dão contam do seu regresso ao país natal, onde, em 1968, haveria de orientar o Temperley.

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