1449 - BALTEMAR BRITO

Com os primeiros anos como sénior passados ao serviço do Sport Recife, seria a transferência para o Santa Cruz que, na temporada de estreia pelo novo clube, levaria Baltemar Brito a juntar ao palmarés pessoal a conquista Da edição de 1973 do Campeonato Estadual de Pernambuco.
Apreciado como um defesa-central fisicamente possante e deveras intrépido, os desempenhos do jogador, após mais uma época ao serviço do Santa Cruz, levá-lo-ia a ser cobiçado por emblemas portugueses. No entanto, apesar de bem cotado, a verdade é que a temporada de 1974/75 e a chegada ao Vitória Sport Clube seriam bem diferentes das espectativas criadas inicialmente. Na cidade de Guimarães, numa equipa orientada por Mário Wilson, Baltemar Brito não conseguiria convencer o referido treinador a dar-lhe grandes oportunidades. Sem qualquer partida oficial disputada, seguir-se-iam os escalões secundários e o Paços de Ferreira. Porém, mesmo afastado dos principais escaparates, as 2 campanhas na “Capital do Móvel”, fariam emergir as qualidades do atleta que, com nova mudança de emblema, conseguiria a almejada estreia em desafios da 1ª divisão.
A passagem pelo plantel de 1977/78 do Feirense introduziria Baltemar Brito ao contexto competitivo daquela que é a prova de maior valor no calendário competitivo português. Contudo, para azar do jogador, os desempenhos colectivos dos “Fogaceiros” não permitiriam a sua consolidação no patamar maior do futebol luso. Tal cenário viria apenas a concretizar-se alguns anos depois e com um regresso, pelo meio, ao Paços de Ferreira. Já como elemento do grupo de trabalho do Rio Ave, após a entrada no emblema de Vila do Conde na campanha de 1980/81, a segunda temporada de “Caravela” ao peito levá-lo-ia a cimentar-se como um praticante de cariz primodivisionário. Nessa época de 1981/82, na alçada de Mourinho Félix, o atleta ajudaria os vilacondenses a superar os objectivos inicialmente traçados e a atingir a melhor posição de sempre no Campeonato Nacional, o 5º posto da tabela classificativa.
A suceder à temporada de 1982/83, passada ao serviço do Vitória Futebol Clube, o defesa-central regressaria a Vila do Conde e para participar em outro momento histórico para a agremiação nortenha. Ainda a trabalhar sob a batuta de Mourinho Félix, o Rio Ave encetaria uma brilhante caminhada na edição de 1983/84 da Taça de Portugal, a qual apenas terminaria no Estádio Nacional. Na derradeira ronda da apelidada “Prova Rainha”, Baltemar Brito, dando jus à sua importância para o colectivo, seria chamado à titularidade. Infelizmente para os “Rioavistas”, a sorte sorriria ao adversário e, com o “placard” final a assinalar 4-1, seria o FC Porto a sair do Jamor em posse do almejado troféu.
A escrever os últimos capítulos da carreira enquanto futebolista, Baltemar Brito, a partir da temporada de 1985/86, ainda envergaria a camisola do Varzim. Mesmo tendo em conta a veterania, a verdade é que o defesa, tal como até ali vinha a fazer, conseguiria manter-se como uma figura primordial no idealizar das manigâncias tácticas. Nos 3 anos a trabalhar com os “Lobos-do-mar”, o jogador manter-se-ia como um dos elementos a merecer maior destaque e concluiria a sua caminhada competitiva, no que ao trajecto feito em Portugal diz respeito, com um somatório de 8 campanhas cumpridas entre os “grandes”.
Depois de “penduradas as chuteiras”, Baltermar Brito passaria a dedicar-se às tarefas de treinador. Encetaria esse trajecto por colectividades de menor monta. Todavia, em 2001/02 receberia o convite que voltaria pô-lo nas “luzes da ribalta”. Como adjunto de José Mourinho, com quem chegou a partilhar o balneário nos tempos do Rio Ave, o antigo defesa trabalharia em equipas como a União de Leiria, o FC Porto e o Chelsea, tendo ajudado o “Special One” a vencer diversos troféus, como a Taça UEFA, a “Champions” ou a Premier League. Já ao assumir-se como técnico-principal, os maiores destaques iriam para as suas passagens por agremiações da Líbia, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Luxemburgo ou como seleccionador do Zimbabué.

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