1450 - RESENDE

Com os últimos anos de formação a serem divididos entre o Torralta e o Benfica, seria ainda como membro do emblema algarvio que António Luís Amaral Resende acabaria chamado aos trabalhos sob a intendência da Federação Portuguesa de Futebol. Convocado para os agora denominados sub-16, o médio de características ofensivas estrear-se-ia, pela mão de José Augusto, a 20 de Novembro de 1985. Essa partida frente à Suíça, serviria de arranque para uma caminhada de excelência nas camadas jovens lusas. Claro está que o cume dessa caminhada emergiria já como elemento dos sub-20. Orientado por Carlos Queiroz, o atleta seria chamado à edição de 1989 do Campeonato do Mundo da última categoria referida. No certame organizado na Arábia Saudita, o jogador entraria em duas partidas e, desse modo, ajudaria Portugal a vencer o torneio.
Voltando ao seu percurso clubístico, Resende, sem espaço para evoluir nos seniores do Benfica, passaria a temporada correspondente à competição disputada no Médio Oriente emprestado ao Farense. No Algarve, o jovem esquerdino, mais uma vez puxado por José Augusto, conseguiria estrear-se na 1ª divisão. Na senda do escalão maior do futebol luso, seguir-se-ia, já bem mais a norte, o Feirense. Nos “Fogaceiros” voltaria a encontrar-se com alguns dos companheiros da proeza conseguida no torneio saudita, casos de Valido e de Morgado. Porém, num plantel onde também evoluíam outras promessas do futebol luso, como seriam Pedro Martins e Pedro Miguel, as prestações colectivas não seriam suficientemente boas para manter a colectividade do Distrito de Aveiro no convívio com os “grandes”. A descida de patamar arrastaria o médio, já com as cores de outros emblemas, para as competições secundárias e, durante variadíssimos anos, o atleta viveria afastado dos principais holofotes.
Intercalando, na divisão de honra, épocas de bons números com outras de resultados pessoais bem mais modestos, Resende, nos anos subsequentes à saída do emblema de Santa Maria da Feira, envergaria as camisolas do Académico de Viseu, Ovarense, Amora, Rio Ave e Desportivo de Beja. Curiosamente, seria já com o emblema alentejano a militar na 2ª divisão “b” que o médio, pondo fim a um interregno de 8 anos afastado do degrau máximo, conseguiria chamar à atenção de uma colectividade primodivisionária. Apresentado como reforço do Vitória Futebol Clube para a temporada de 1998/99, o jogador, ao juntar-se a Amaral, Brassard e Hélio, seus colegas no Mundial sub-20 de 1989, passaria a ser orientado por Carlos Cardoso. No entanto, a sua estadia de 2 anos na cidade de Setúbal, ficaria muito aquém das espectativas delineadas. Sem praticamente jogar, o atleta deixaria os “Sadinos” para, mais uma vez, passar a vogar pelos escalões inferiores.
Gondomar, Louletano, Juventude de Évora e Quarteirense transformar-se-iam nas últimas etapas da sua estirada enquanto futebolista profissional. Contudo, mesmo ao “pendurar as chuteiras” com o termo da campanha de 2003/04, o antigo jogador manteria a ligação à modalidade. Ainda na agremiação algarvia onde, para além de ter iniciado a sua caminhada formativa, haveria de pôr um ponto final na carreira enquanto praticante, Resende daria os primeiros passos como treinador. Nas funções de adjunto, nas camadas jovens ou como técnico-principal do conjunto sénior, para além das tarefas cumpridas na já referida colectividade, teria ainda passagens pelo Quarteira SC e pelo CHEDUL.

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