1469 - LUÍS MANUEL

Com a formação concluída com cores do FC Barreirense, Luís Manuel passaria os anos seguintes a representar outras colectividades. Com a estreia como sénior a acontecer na temporada de 1980/81, o modesto Marítimo Rosarense serviria de arranque para uma caminhada que, durante as primeiras 4 épocas, ainda teria espaço para uma campanha feita pelo Quintajense.
De regresso ao Estádio Dom Manuel de Mello na temporada de 1984/85, o guarda-redes procuraria lançar a sua carreira num sentido mais condizente com a qualidade patente nas exibições até aí conseguidas. Porém, com o FC Barreirense a militar nos patamares secundários, o jogador acabaria por afastar-se do emblema da Margem Sul do Rio Tejo, para, bem mais a norte, tentar mudar o seu destino. A aposta feita no plantel de 1986/87 do Desportivo das Aves, talvez com ideia posta na época feita pelo emblema do concelho de Santo Tirso na 1ª divisão, não afastaria o jogador do cenário competitivo a que estava habituado. Ainda assim, as suas prestações nas duas campanhas cumpridas com o listado vermelho e branco, seriam aferidas de forma positiva e tal avaliação levá-lo-ia a subir mais um patamar.
A entrada no Sporting de Braga faria com que o guarda-redes finalmente conseguisse a tão almejada estreia na 1ª divisão. Porém, nessa temporada de 1988/89, o guardião iria enfrentar a concorrência de um colega de balneário já bem tarimbado. Com o treinador Vítor Manuel a preferir Hélder em seu detrimento, Luís Manuel não entraria muito em campo nesse primeiro ano passado no Minho. Nas campanhas seguintes, mesmo sem agarrar a titularidade de forma inequívoca, o atleta começaria a participar com mais frequência nos embates dos “Guerreiros” e esse crescimento, durante 4 campanhas consecutivas, permitir-lhe-ia manter-se como um dos elementos da colectividade sediada na “Cidade dos Arcebispos”.
A transferência para o plantel de 1992/93 do Farense, mantê-lo-ia no patamar máximo do futebol português. No entanto, contrariamente a uma fácil conquista da titularidade, a mudança para o Algarve faria com que Luís Manuel enfrentasse a competição do internacional brasileiro José Carlos. Nos anos passados no Sotavento, o guardião, sob a intendência do catalão Paco Fortes, cumpriria um par de anos que, em termos individuais, pautar-se-iam por alguma discrição. Seguir-se-ia uma nova aposta. Integrado no grupo de trabalho do Sporting de Espinho, o jogador, apesar de competir no 2º escalão, passaria, de uma forma regular, a conseguir um lugar no “onze” inicial. Como um elemento de enorme experiência competitiva e de qualidade, o guarda-redes transformar-se-ia numa das figuras centrais da colectividade da “Costa Verde”. Como um pilar dos “Tigres”, seria também dele parte da responsabilidade pelo regresso da equipa aos panoramas primodivisionários e 1996/97 tornar-se-ia na 7ª e última época da sua carreira entre os “grandes”.
Após mais algumas temporadas enquanto futebolista, tempo para envergar as camisolas do Imortal, de regressar ao Marítimo Rosarense e de defender os interesses do GD Quimigal, o jogador, com o termo da temporada de 1999/00, decidiria ser a altura certa para “pendurar as luvas”. Afastado das lides de atleta, Luís Manuel não deixaria a modalidade, assumindo-se como técnico. Nessas funções, começaria por treinador de guarda-redes. Mais tarde, aceitaria as funções de treinador-principal e nesse papel, para além de inúmeras passagens pelos escalões secundários portugueses, o antigo guardião teria igualmente a oportunidade de orientar os suecos do Södertälje Fotbollsklubb.

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