1468 - RIBEIRO

Terminado o percurso formativo nas “escolas” do Belenenses, seria também ao serviço do emblema do Restelo que Celestino Ribeiro iniciaria o trajecto como sénior. Chamado à equipa principal por António Medeiros, a época de 1977/78 seria um pouco ingrata para o jovem jogador. Tapado por atletas com maior traquejo, casos de Sambinha ou de Carlos Pereira, as aparições em campo do defesa-lateral resumir-se-iam apenas a uma partida a contar para a Taça de Portugal.
A falta de utilização na colectividade lisboeta levaria o atleta a procurar uma solução diferente para a carreira. Com o objectivo de uma evolução positiva a ditar-lhe a necessidade de jogar com alguma regularidade, Ribeiro, para a campanha de 1978/79, escolheria um conjunto dos patamares secundários para dar o passo seguinte na caminhada competitiva. No entanto, com “O Elvas” a disputar a Zona Sul da 2ª divisão, ainda demorariam vários anos até que nova oportunidade surgisse, para o defesa, no degrau máximo do futebol português. Para estragar ainda mais o seu intuito de regressar aos principais palcos lusos, a formação alentejana, nos anos seguintes à sua chegada ao Campo Demétrio Patalino, teimaria em cirandar entre o segundo e o terceiro escalão e, contrariamente aos propósitos do atleta, longe dos lugares classificativos a valer uma promoção.
O contexto desportivo de Ribeiro viria a alterar-se já o jogador era tido como uma das principais figuras do emblema raiano. Com a temporada de 1985/86 a correr de feição para “O Elvas”, o defesa-lateral transformar-se-ia num dos esteios da aludida campanha e, nesse sentido, seria aferido como um dos grandes responsáveis pelo retorno da agremiação alentejana ao panorama primodivisionário. Com o treinador Carlos Cardoso à frente da equipa até à 17ª ronda do Campeonato Nacional da 1ª divisão de 1986/87, para, daí em diante, voltar a trabalhar sob a intendência de António Medeiros, o jogador, apenas atrás do espanhol Carrasco, seria um dos mais utilizados, pelos “Azul e Oiro”, no desenovelar daquela que é a principal prova do calendário futebolístico nacional. Já a época seguinte, tanto em termos individuais, como colectivos, ficaria bem aquém das expectativas delineadas. Com Luís Castro como um dos nomes a recolher a preferência de Mário Nunes e, depois da saída deste, do técnico Vieira Nunes, o atleta passaria para um plano secundário e com o seu clube a não evitar a despromoção, a campanha de 1987/88 seria a última que cumpriria entre os “grandes”.
Apesar da descida de divisão, o jogador manter-se-ia ligado ao “O Elvas” durante mais alguns anos. Já com o termo da campanha de 1990/91, dar-se-ia o fim da sua ligação à formação do Alto Alentejo. Mesmo com essa ideia em mente, não consigo referir-me ao momento como o derradeiro do lateral enquanto atleta, pois, no “site” da Federação Portuguesa de Futebol, existe uma entrada a asseverá-lo como elemento do plantel de 1994/95 do Sporting de São Romão! Curiosidades à parte, o antigo defesa continuaria ligado à modalidade. Já como treinador, numa carreira bem extensa e encetada nas “escolas” da agremiação da cidade fronteiriça, Ribeiro notabilizar-se-ia pelas diversas passagens por emblemas do arquipélago dos Açores, mormente pelo Praiense, Vitória do Pico ou o Lajense.

2 comentários:

Anónimo disse...

Queria apenas rectificar..na época do treinador Mário Nunes, Celestino Ribeiro foi sempre titular até à chegada de Vieira Nunes.Treinou tambem o Borbense e Arronchense....Depois de sair da nossa cidade de Elvas ainda treinou o estoril praia durante 2 épocas, tendo ido depois para o praiense! No arquipélago dos Açores teve também no Desportivo Velense, Flamengos e Boavista do Pico.

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Boa tarde,

Em primeiro lugar deixe-me agradecer-lhe a sua participação.
Relativamente à temporada de 1987/88, tenho de discordar de si, pois nas 22 jornadas em que o Mário Nunes foi o treinador, o Ribeiro apenas actuou em 10. Na melhor das hipóteses, podemos dizer que partilhou a titularidade com outros atletas.

Cumprimentos,

Bruno Vitória