1526 - CARVALHO

Terminada a formação no FC Porto, seria ainda como membro das “escolas” do emblema da “Cidade Invicta” que Fernando Carvalho acabaria chamado aos trabalhos das jovens equipas a cargo da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos juniores lusos, o jogador, a 27 de Maio de 1974, pela mão de José Maria Pedroto e ao lado de nomes como Eurico, Lito ou Gomes, ver-se-ia integrado numa peleja frente à Suíça. Já com 1 internacionalização no currículo, chegaria então a altura de subir aos seniores dos “Azuis e Brancos”. Porém, num conjunto a contar para o sector intermediário com nomes como Rodolfo Reis ou Octávio Machado, o atleta poucas oportunidades haveria de conquistar. Ainda assim, depois de um ano passado nas “reservas”, o médio estrear-se-ia na equipa principal e entraria em campo, num jogo a contar para a Taça UEFA de 1975/76, frente aos luxemburgueses do Avenir Beggen.
Com a patente falta de espaço nas Antas, sem abandonar a 1ª divisão, seguir-se-ia no seu percurso desportivo o Beira-Mar, onde, em 1976/77, partilharia o balneário com Eusébio. Já no plantel de 1977/78 do Sporting de Espinho, o médio, que também podia ocupar posições mais recuadas no terreno de jogo, acabaria por destacar-se no colectivo comandado por Mário Morais. Nesse sentido, mesmo sem ser um dos habituais titulares, os números alcançados ao serviço dos “Tigres da Costa Verde” valer-lhe-iam o regresso ao FC Porto. No entanto, tal como anteriormente, Carvalho teria muitas dificuldades para impor o seu jogo, dessa feita, pensado pelo treinador José Maria Pedroto. Ainda assim, a presença numa das jornadas do Campeonato Nacional atribuir-lhe-ia o primeiro título ao palmarés pessoal e o atleta sairia da segunda passagem pelos “Dragões” com a vitória naquela que é a prova de maior monta no calendário futebolístico luso.
A entrada no Varzim de 1979/80 permitiria ao atleta continuar o seu percurso nas contendas do escalão máximo. Todavia, seria o regresso ao Sporting de Espinho a elevá-lo à condição de atleta de cariz indubitavelmente primodivisionário. De volta ao emblema do distrito de Aveiro a partir de 1980/81, o médio afirmar-se-ia como um dos elementos mais importantes do conjunto. Titular ao lado de históricos como Raul, Vitorino ou João Carlos, Carvalho tornar-se-ia numa das figuras de proa das épocas seguintes e o seu trabalho contribuiria, e de que maneira, para a manutenção dos “Tigres da Costa Verde” no patamar maior do futebol luso.
Ao fim de mais 5 campanhas a envergar o listado preto e branco do Sporting de Espinho, em que a última temporada já seria passada em contexto secundário, Carvalho terminaria a sua ligação ao clube. Ao entrar na fase final da carreira enquanto futebolista, o caminho do jogador erguer-se-ia mais errante. Nas 5 épocas a preencher esses 5 derradeiros anos, seriam 5 as colectividades que ainda representaria e, nessa evolução, o União da Madeira, o Freamunde, o União de Lamas, os Dragões Sandinenses e o Pedrouços antecederiam, com o termo das provas agendadas para 1989/90, o “pendurar das chuteiras”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lembro-me dele no meu União da Madeira. Atendendo ao seu historial, é provável que tenha sido trazido pelo treinador Mário Morais.