1638 - MANUELZINHO


Atleta com a formação terminada ao serviço do Tirsense, Napoleão Manuel Ferreira Moreira Rego Goiana, popularizado no universo do futebol por Manuelzinho, progrediria para o patamar sénior com as cores dos “Jesuítas”. Essa temporada de 1979/80, com a colectividade a militar na 3ª divisão, daria azo a uma caminhada que, desde início, poria o jovem extremo em contacto com praticantes que também viriam a vingar no principal escaparate do futebol português. Ao longo dos primeiros capítulos da sua caminhada competitiva, o atacante haveria de conviver com Louro, Valério, Nini ou Jaime Graça. No entanto, apesar da companhia, o conjunto nortenho teimaria em manter-se na disputa do mencionado escalão. A mudança de paradigma emergiria na 4ª campanha do avançado como elemento da equipa principal e seria a promoção conseguida com o termo das provas agendadas para 1982/83 a despertar, por parte de outros emblemas, o interesse na sua contratação.
A mudança de Manuelzinho para o plantel de 1983/84 do Varzim promoveria um salto deveras qualitativo na carreira do extremo. Ainda assim, o acréscimo de exigência, resultado da passagem do 3º escalão para a 1ª divisão, não sacudiria as convicções competitivas do jogador. Pelo contrário, o atleta conseguiria impor-se como um dos principais elementos às ordens do “magriço” José Torres. Daí em diante, ao preservar, em grande parte das ocasiões, o estatuto de titular, o atleta começaria a reafirmar a sua presença no “onze” inicial. Porém, a época seguinte à da sua entrada nos “Lobos-do-mar”, numa campanha iniciada sob a intendência de José Alberto Torres para, a partir da 18ª ronda do Campeonato Nacional, passar para o comando de Mourinho Félix, traria o desaire da despromoção. Ainda assim, a passagem pelo degrau secundário seria curta e cumprido um ano no apontado patamar, o avançado retornaria ao convívio com os “grandes”.
De volta à 1ª divisão, a época de 1986/87 não só representaria o termo da ligação de Manuelzinho com o Varzim, mas também viria a confirmar o fim-de-linha do avançado naquela que é a prova de maior calibre no panorama luso de futebol. A verdade é que a referida campanha acabaria também por tornar-se, talvez por razão da forte concorrência por um lugar no “onze”, na temporada mais discreta do jogador a envergar o listado alvinegro. Tal conjuntura empurrá-lo-ia para novas mudanças de emblema. O Desportivo das Aves e o Sporting da Covilhã transformar-se-iam nas suas apostas para os 2 anos seguintes. Todavia, mesmo ao ter em conta a ambição de ambos os clubes, a subida de escalão não viria a concretizar-se. Seguir-se-iam, numa caminhada competitiva a aproximar-se do final, o ingresso no Cinfães e o presumível fim de carreira no Ruivanense. No entanto, após uma paragem sabática, o antigo extremo surgiria, em 1992/93, inscrito no futsal do CCDT Santo Tirso. Após essa passagem pelos pavilhões, tempo ainda para um regresso à variante de 11, ao serviço do plantel de 1993/94 da Associação Recreativa São Martinho.

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