1381 - BERNARDINO PEDROTO


Filho de José Maria Pedroto, António Carlos Bernardino, mais conhecido no mundo desportivo como Bernardino Pedroto, seguiria as passadas do pai e acabaria por fazer carreira no “jogo da bola”. Ainda como atleta das camadas de formação do Benfica, o médio, pelas qualidades demonstradas, chegaria aos trabalhos das equipas sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol. Com a “camisola das quinas”, o jovem praticante seria chamado à estreia a 11 de Novembro de 1971. Com José Augusto como treinador, a partida dos juniores frente à Suíça daria início ao percurso que, embora curto, ainda permitiria ao jogador outra presença pelo conjunto luso, dando ao currículo do centrocampista um total de 2 internacionalizações pelos actualmente denominados sub-18.
Já como sénior do Benfica, a qualidade dos planteis “encarnados” no início da década de 1970, que para o sector intermediário incluíam nomes como Jaime Graça, Vítor Martins ou Toni, poucas oportunidades daria ao jogador. Ainda assim, o ensejo emergiria e, após ter trabalhado com Jimmy Hagan na época anterior, a 16ª jornada do Campeonato Nacional de 1973/74 daria ao médio, pela mão de Fernando Cabrita, a ocasião para a estreia com a principal camisola das “Águias”. No entanto, esse embate frente ao Boavista, em que o atleta acabaria escolhido para o “onze” inicial, seria insuficiente para dar continuidade ao seu trajecto no Estádio da Luz e, finda a temporada, o futebolista mudaria de rumo.
O passo seguinte dá-lo-ia na direcção daquele que viria a tornar-se num dos emblemas mais representativos da sua ligação ao futebol. No Vitória Sport Clube a partir de 1974/75, com uma época de arranque discreta, começaria por trabalhar com Mário Wilson. Já com Fernando Caiado como timoneiro, atingiria a titularidade e, ao saltar do banco de suplentes, acabaria a disputar a final da Taça de Portugal de 1975/76. Daí em diante, manter-se-ia com um dos esteios do conjunto minhoto e, durante 5 temporadas consecutivas, Bernardino Pedroto cimentar-se-ia como uma das figuras da colectividade sediada na “Cidade Berço”.
Seguir-se-ia o interlúdio de 2 anos na Madeira, com as cores do Marítimo. Depois, nunca tendo perdido o estatuto de titular na experiência vivida no Funchal, viria o regresso a Guimarães onde, na temporada de 1981/82, teria a oportunidade de trabalhar sob a intendência do seu pai. Dessa nova passagem pelo Minho, Bernardino Pedroto encetaria a ligação que, com a mudança do treinador Manuel José para o Algarve, o levaria a envergar a camisola do Portimonense. No Barlavento desde a campanha de 1983/84, o médio faria parte do plantel que, fruto do 5º lugar obtido no Campeonato Nacional de 1984/85, atingiria a inédita qualificação para as competições continentais. Já época correspondente à eliminatória da Taça UEFA disputada frente ao Partizan de Belgrado, jogos em que não entraria em campo, transformar-se-ia na da sua despedida do clube e, pondo fim a um ciclo de 13 épocas primodivisionárias, no termo da sua caminhada entre os “grandes”.
Com a mudança para o Silves em 1986/87 a representar o fim do seu trajecto enquanto futebolista, a passagem pela agremiação algarvia serviria também para o antigo jogador encetar a sua carreira como técnico. Nessas funções, com ligações a vários emblemas lusos, o treinador viveria o apogeu em Portugal nos anos em que, na disputa da 1ª divisão, estaria à frente de emblemas como Vitória Sport Clube, Gil Vicente e Campomaiorense. Contudo, os grandes títulos conquistá-los-ia em Angola. Com a tirada de 13 anos pelo referido país africano a levá-lo a diferentes emblemas, os troféus embelezar-lhe-iam o currículo. Ao vencer 3 Campeonatos pelo ASA e outros 2 ao serviço do Petro de Luanda, Bernardino Pedroto ainda enriqueceria o palmarés pessoal com as conquistas de 4 Supertaças e 1 Taça de Angola pelos “Aviadores”.
Já no regresso a Portugal, Bernardino Pedroto voltaria a rubricar nova ligação aos “Conquistadores”, destacando-se o trabalho como Coordenador do futebol feminino do Vitória Sport Clube.

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