1421 - FERNANDO CRUZ

 

Antes do fim do percurso formativo, feito com as cores do Vitória Futebol Clube, Fernando Cruz começaria a dar indicações de ser um jogador com qualidades acima da média. De estatura elevada, o jovem avançado, ainda como elemento dos juniores da agremiação setubalense, seria chamado aos trabalhos da Federação Portuguesa de Futebol. Ao serviço dos agora conhecidos como sub-16, o atleta, a 24 de Fevereiro de 1979, faria a estreia com as cores lusas. Essa partida frente a Israel, orientada por Peres Bandeira e ao lado de nomes como Dito, Jaime Magalhães, João Pinto, Bandeirinha ou Mário Jorge, tornar-se-ia no tiro de partida para uma caminhada durante a qual, ao passar por vários escalões, somaria um total de 29 internacionalizações. Nesse rol de partidas feitas com a “camisola das quinas”, há ainda a destacar as chamadas ao Torneio Internacional de Juniores da UEFA de 1980 ou às edições de 1981 e de 1982 do Torneio de Toulon.
Aferido como uma grande promessa, a 18ª jornada do Campeonato Nacional de 1979/80, com Fernando Cruz ainda em idade júnior, tornar-se-ia na ronda da sua promoção às pelejas da equipa principal dos “Sadinos”. Depois dessa partida sob a alçada do inglês Jimmy Hagan, o avançado rapidamente conseguiria conquistar um lugar no “onze” do Vitória Futebol Clube. Já como um dos elementos mais utilizados do plantel, o jogador começaria a alimentar a cobiça de emblemas de maior monta. Quem acabaria por apostar na sua contratação haveria de ser o Sporting. Porém, com a entrada em Alvalade a ocorrer na campanha de 1983/84, as suas prestações ao serviço dos “Leões” ficariam aquém do projectado e, nas duas temporadas de “verde e branco”, o atacante poucas presenças em campo somaria ao currículo.
O insucesso da sua passagem pelo Sporting não impediria que o avançado continuasse a esgrimir-se em contexto primodivisionário. De volta à cidade de Setúbal na época de 1985/86, Fernando Cruz exibir-se-ia a um bom nível. Contudo, a campanha de retorno ao Vitória Futebol Clube terminaria, na que à sua carreira diria respeito, com uma inédita despromoção. Ainda assim, o atleta manter-se-ia pelo Bonfim e ajudaria, com apenas um ano cumprido no patamar secundário, a nova promoção. Curiosamente, o jogador, ao invés de continuar o percurso profissional na colectividade setubalense, preferiria aceitar o desafio lançado pelos responsáveis do Farense. No Algarve faria 3 temporadas. Todavia, apesar de as 2 primeiras terem sido realizadas no convívio com os “grandes”, seria a derradeira campanha passada no sul do país que traria outro momento histórico à sua caminhada competitiva. Numa contenda agendada frente ao Estrela da Amadora, Paco Fortes convocá-lo-ia para a última ronda da Taça de Portugal. Com um golo marcado na final e a consequente presença na finalíssima, a edição de 1989/90 da “Prova Rainha”, mesmo com a vitória a sorrir ao adversário, emergiria como um acontecimento inolvidável.
Com a saída do Farense, o trajecto do avançado tornar-se-ia bem mais errante. Seguir-se-iam, no máximo com uma época passada em cada clube, o Sporting de Espinho, a última presença na 1º divisão com as cores do União da Madeira, Louletano, Atlético, Lusitano de Évora, Ovarense e o final da carreira no plantel de 1995/96 do Torres Novas.
Depois de “pendurar as chuteiras”, Fernando Cruz ainda voltaria a ligar-se à modalidade como treinador, com o principal destaque para a experiências no “O Elvas”.

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